quinta-feira, 30 de outubro de 2014

conter o avanço de uma democracia participativa no Brasil. Afinal, quem tem medo da sociedade civil?

A reação negativa das presidências da Câmara e do Senado Federal e dos partidos de oposição ao governo federal diante do decreto 8243 de 2014, que institui a Política Nacional de Participação Social, é uma tentativa de conter o avanço de uma democracia participativa no Brasil. Esta tentativa busca, fundamentalmente, proteger os interesses daqueles grupos sociais que, historicamente, já tem acesso privilegiado ao Estado, porém é apresentada ao público como defesa do princípio da separação dos poderes.

Contrariamente à oposição, juristas do porte de Fabio Konder Comparato, Celso de Mello e Dalmo Dallari entendem que o decreto respeita a Constituição Federal e não fere o princípio da separação dos poderes. Lendo o decreto, constata-se que a política se aplica apenas a administração pública federal, dando extensão e detalhamento a processos participativos já existentes e com menção explícita aos limites estabelecidos na legislação em vigor. Por exemplo, artigo 10 do decreto apresenta diretrizes para a constituição de novos conselhos e para a reorganização dos conselhos já constituídos “ressalvando o disposto em lei”. Já o parágrafo segundo do mesmo artigo afirma que a “publicação das resoluções de caráter normativo dos conselhos de natureza deliberativa vincula-se à análise de legalidade do ato pelo órgão jurídico competente”. Ou seja, tais mecanismos de participação operarão nos limites da legislação existente e não substituirão os representantes eleitos pelo povo na função de legislar. A democracia representativa pode ser também participativa. Além disso, são várias as regras voltadas a garantir a transparência, a responsabilidade, a diversidade e a rotatividade de representação nestes mecanismos de participação, o que minimiza o risco de se constituírem como objetos de cooptação da sociedade civil pelo Estado. Basta ler o texto.

Mais do que isto, o decreto é uma resposta direta da Presidência da República às mobilizações de massa que ocorrem no Brasil desde 2013. É uma medida que contribui para solucionar o problema do “você não me representa”. Não é à toa que a oposição principal ao decreto vem do partido DEM, um grupo político conservador, vinculado a oligarquias, que é também um desdobramento direto do partido dominante da ditadura militar (ARENA). Estes grupos conservadores tem procurado utilizar as mobilizações em massa apenas para desestabilizar o governo Dilma, sem terem um compromisso real com o povo. Afinal, quando surgem propostas para aprofundar a participação popular na democracia brasileira, eles trabalham contra elas (desde as propostas de reforma política à política nacional de participação social). Basta lembrar que o DEM, então sob a sigla PFL, esteve na base de sustentação do governo Fernando Henrique Cardoso, que, por anos, abusou das medidas provisórias para legislar sem precisar de aprovação imediata do Parlamento. Mas, agora, o DEM resolve defender a separação dos poderes e a independência do poder legislativo. Num nível mais prático, a própria tática utilizada pelo DEM para se opor ao decreto — a obstrução de votações na Câmara através do uso da fala em plenário e da ausência voluntária de parlamentares — já é sugestiva de uma política feita “na marra”.

Ao tentar conter a participação social na administração pública federal, mesmo quando se propõe que esta ocorra dentro dos limites da lei, a oposição e as presidências do Congresso Nacional só mostram, uma vez mais, que não nos representam. Afinal, quem tem medo da sociedade civil?

Por Felipe Amin Filomeno

soltando impropérios contra os resultados das eleições



Cara pessoa,

Você que está aí, neste momento, soltando impropérios contra os resultados das eleições, chega mais: queria te dizer umas coisas. Você não sabe, mas atualmente você está, pela primeira vez, experimentando os incômodos de ser a oposição. Durante muitos anos você esteve na situação e ninguém te vencia. Você não aprendeu a perder. Dói, não é? Mas a vida é assim mesmo. Saber lidar com a derrota é um processo que exige calma, humildade e educação. Vivemos num país que aprende pouco a pouco a ser democrático. E numa democracia, embora você não tenha aprendido em casa (pelo menos parece não ter aprendido), prevalece a vontade da maioria.


Houve chances de acontecer exatamente o contrário (já que ao final, tivemos que escolher entre apenas dois candidatos): o seu lado venceria e o nosso ficaria ao deus dará. Sofreríamos também. Mas eu acredito que não estaríamos tão nervosos quanto vocês. Sabe por quê? Porque aprendemos desde cedo o sabor da derrota.

Nascemos num país opressor. De 1500 a 1808, o Brasil era uma colônia de Portugal. Nada do que saía daqui era para nós. Vivíamos num país exuberante, mas nada era nosso. Depois, veio a família real e ela soube impor do mesmo modo sua autoridade, sua violência, seus impostos. Em 1822, dizem, o país se tornou independente. Não porque houve uma revolução, mas porque o próprio filho do rei assim quis. Então, o brasileiro continuava não decidindo seus próprios rumos. Faça as contas: de 1500 a 1888 (388 anos), quem trabalhava de verdade nesse país o fazia sob chibatadas. E esse regime trabalhista acabou, não porque os escravos se rebelaram, mas porque a filha do rei assim o quis. O decreto da princesa teve consequências. E no ano seguinte, nos tornamos uma república. Não porque houve lutas pelo fim do império, mas porque pessoas como você, que sente que está perdendo seu privilégio de prevalecer sobre os outros, decidiram que o rei já não era um bom negócio. E o expulsaram do poder.

Começou então um sistema político comandado por coronéis, que definiam quem iria praticar a tal da "alternância de poder". Eu e meus amigos, se vivêssemos naquele período, morreríamos lutando para mudar as coisas. Porque aquele era um sistema muito autoritário. Tão autoritário quanto você, que não aceita divergências. Mas um dia, um senhor esperto foi lá e deu o golpe. Eu sei que você teve educação, que estudou nas melhores escolas, então você sabe o nome do ditador mais amado do Brasil, que governou o país durante 15 anos e ainda foi eleito novamente alguns anos depois. Foi ele que fundou a sua tão amada Petrobrás, sabia?

Os anos democráticos pós 1945 não foram nada fáceis. Isso porque o brasileiro não aprendeu a viver bem nesse sistema. Mas durou uns bons anos. Poucos anos a menos que os que estamos vivendo no momento atual. de 1945 a 1964, as pessoas podiam votar. E votava-se no presidente e no vice. Eles não formavam necessariamente a mesma chapa. O povo escolhia um e outro, separadamente. Acontece que pessoas como você, cara pessoa que lança seus impropérios contra o processo democrático que se concluiu ontem, dia 26 de outubro, saíram às ruas pedindo intervenção militar porque morriam de medo da ameaça socialista representada por um homem chamado João Goulart. A marcha da família foi um dos passos decisivos para que houvesse o golpe militar. E assim começou aquele que foi o regime político mais cruel já vivido no país. Não era permitido falar, não era permitido que mais de 5 pessoas se reunissem em local público, não era permitido falar nada contra o regime. A censura foi apenas a faceta mais suportável do período militar. Naquela época, pessoas como eu e muitos de meus amigos, acabariam torturados, massacrados em porões escuros e, se possível, expostos em situação de humilhação pública. Você que defende o golpe militar, você não sabe do que está falando.

O regime militar brasileiro foi um dos mais duradouros da América Latina. Foram ao todo 21 anos. Quando acabou, não foi porque o povo finalmente pôde votar, mas porque alguns deputados o quiseram. Votaram contra ou a favor das eleições diretas. E aquelas eleições foram ainda mais acirradas que estas que você presenciou ontem. Ganharam as eleições diretas por um único voto de diferença. O povo assistia a tudo nas ruas. Não acredito que os políticos se sentiam ameaçados por algum tipo de insurgência. As manifestações eram feitas por pessoas que aprenderam a tentar, tentar, tentar e quase nunca conseguir. Pessoas que sonhavam com o regime que viria somente 4 anos depois.

Aí sim, pudemos votar em paz. Demorou 489 anos. Mas mesmo assim não foi fácil. O brasileiro não sabia escolher. O primeiro presidente eleito pelo voto direto foi tirado do cargo à força, como você bem se lembra. O impeachment de Fernando Collor de Melo nos obrigou a ser governados por Itamar Franco, e o brasileiro não sabia que havia votado também nele.

Hoje já contamos 25 anos de regime aparentemente democrático. E ainda não aprendemos a escolher. Não sabemos que deputados e senadores são tão importantes quanto o presidente da república. Achamos até hoje que todo governante pode fazer o que bem quiser. Não entendemos o sentido de ter 3 poderes. Em alguns governos, como o do nosso mais recente ex-candidato mineiro, forças ocultas (dinheiro por baixo dos panos) fazem com que os outros dois poderes sejam servis ao executivo. Mas dito assim, talvez você não compreenda.

Me desculpe pensar assim, cara pessoa. Tenho motivos para achar que, por mais estudos que você tenha tido, você não sabe discernir as coisas. Senão vejamos:

O que te incomoda no governo atual, todo mundo sabe: a corrupção. Mas se te pressionamos, acabamos descobrindo que não é qualquer corrupção que te incomoda. Somente a corrupção petista te causa revolta. A corrupção dos outros todos te parece natural. Você poderia, no lugar de demonstrar tanto ódio, expor para nós o quanto você mesma ou mesmo é uma pessoa repleta de probidades e honestidades, mas no lugar disto, nos assusta com palavras senhoris. Ouço você dizendo: "puta, vagabunda, leviana" (https://www.facebook.com/video.php?v=865037350187374), como se ser mulher implicasse em obedecer ao poder de algum macho. Como se vender o corpo fosse algo menos ignominioso do que agredir os outros, como você faz. Você diz: "nordestino ignorante, não sabe votar". Como se você mesmo soubesse fazer isso. Como se a sua verdade fosse superior à nossa. Você nos assusta com o que diz. Nos ameaça.

Você nos informa que haverá uma ditadura bolivariana comunista neocubana. Nós ficamos aqui meio bagunçados com esses termos, tentando entender o que é que isso quer dizer. Mas veja, Cuba é hoje um país em crise. Pobre e repleto de dificuldades, ao passo que o Brasil é reconhecidamente uma potência em ascensão. Eu sei que você já sabe disto, afinal, você tem dinheiro e já viajou muito para Miami, para a Europa. Você sabe como o mundo tem se interessado cada vez mais pelo Brasil. E se isso te consola, um governo que incentiva tanto o consumismo não tem a menor chance de se tornar socialista. Ou você não sabe que num regime comunista, uma das primeiras coisas que deixa de existir é a propriedade privada? Se tem uma coisa que (se eu disser infelizmente, isso te assusta?) não vai ser tocada é aquilo que é seu.

O Brasil é hoje a maior liderança econômica da América Latina. Há muito mais chances da Venezuela se brasilizar, do Equador, da Bolívia se brasilizarem, do que o Brasil venezuelar. Então, pode ficar tranquila, cara pessoa, quanto a isso.

Provavelmente, seu candidato perdeu muitas das chances de vencer nessas eleições exatamente por causa de você. Porque você cospe na direção das pessoas, porque você se sente mal quando tem que dividir lugares que você sempre achou que eram de luxo, quando não passavam de lugares que eram direito de todos: o avião, a universidade, o asfalto, a livraria. Você não gosta que sua empregada tenha os mesmo direitos que você. (E o que ela te fez para merecer isso?). Você assustou e continua assustando todos nós com suas ameaças.

Aprenda, querida pessoa, que estamos numa democracia. Se você acredita nos seus ideais, continue lutando por eles. Não desista. Mas não tire isso que custou tanta vida e tantos séculos para existir nesses trópicos. A democracia é o poder do povo. Eu sei que você estudou a etimologia dessa palavra na escola. Eu sei que você entende o que estou dizendo.

Nós, uma maioria não muito maior do que a da sua turma, conseguimos fazer prevalecer o nosso voto de confiança nessa pessoa que nos governa hoje. Só uma vez mais nós demos esse voto de confiança. E você, que é uma pessoa educada, vai respeitar. Eu sei que vai.

Um beijo carinhoso,
do Leo.

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

diga que está pouco se fodendo para os humanos aqui do Brasil do sul ou do norte


             Tentei ficar quieto, mas não me aguentei.
             Sou de uma família tradicional e de classe média alta brasileira, e fui o único a votar na Dilma.
        Nos últimos anos tive o privilégio de morar por 2 anos em Estocolmo, trabalhando e estudando. E digo o que pouca gente imagina: na maior parte da Suécia não existe luxo.
       Eu morei num prédio onde moravam médicos, lixeiros, músicos, advogados, e atendentes de super mercado. Juntos. Eu vi pessoas muito ricas andando de bicicleta no inverno, e aproveitando a vida comendo sanduíche sentado no chão de um parque (não num shopping). Donos de agências que atendem Pepsi, NBA, RedBull almoçando comida feita em casa num tupperware sentados na mesma mesa que eu que era imigrante e o Estagiário Assistente de Escritório.
        Eu vi meninas como essas da foto andando sozinhas às 3h da manhã em áreas vazias, olhando o mapa no iphone usando shortinho meia bunda e regatinha que mostra o lado do peito ouvindo a música nova da Lykke Li no último volume e cantando. E passaram do meu lado na mesma calçada sem nem atravessar a rua. Sem medo.

Sem. Medo.
        Tudo isso, que nós brasileiros invejamos tanto e dizemos que ‘lá fora é muito melhor’ só se consegue com uma coisa: igualdade social.
        A Suécia não chega a ter 10 milhões de pessoas, e a igualdade lá vem sendo praticada desde o início. 
           O Brasil tem 200 milhões e a desigualdade aqui vem sendo praticada desde o primeiro instante. O que isso implica?
        Implica que se você, pessoa que gosta tanto da Europa, quer que o Brasil fique um pouco mais parecido com lá, abraçar a causa da igualdade social é uma necessidade. E ela pode acontecer de duas formas: rápido ou devagar.
        Rápido está fora de questão, mas devagar é sim possível. Eu pergunto: Qual é o problema se o país precisa crescer 1% ao invés de 6% para que o Brasil saia do mapa mundial da fome? Ou para que o analfabetismo acabe? Ou o saneamento básico?
Você se preocupa mais com o quanto cai na sua conta do que com quantas pessoas conseguem comer, escrever o próprio nome ou defecar em um lugar decente?
        Crescimento de economia é uma coisa, é cálculo do PIB que soma em valores monetários todos os bens e serviços finais produzidos no País. 
Já o IDH mede expectativa de vida, analfabetismo, educação, padrão e qualidade de vida e entre outras coisas também o PIB per Capita.
         ‘O país tem que voltar a crescer’, foi slogan de uns e é opinião de todos, mas o que é ‘crescer’?
         Crescer é PIB para poucos como sempre foi no Brasil? 
          Ou crescer é IDH, com PIB mais distribuído para todos?
           O Brasil não tem meios de gerar mais dinheiro do que o que já circula dentro dele (seria lastro para controle) ou seja, a riqueza que existe dentro do Brasil precisa sim ser melhor distribuída para que você possa ter aqui, aonde suas netas e netos irão nascer, uma qualidade de vida mais parecida com a da Europa. Sem medo.
Sem.
Medo.
           Mas como dinheiro não cresce em árvore, pra que isso aconteça, tem que mexer no que é teu. 
           Só que quando alguém fala em mexer no que é teu, ninguém mais quer igualdade social, e todo esse papo vai por água a baixo. Certo?
Certo.
Amigo, a verdade é: egoísmo não combina com igualdade social. Ninguém gosta de dividir as duas últimas preciosas bolachas favoritas.
Se você quer ser egoísta, ao menos seja sincero e diga que está pouco se fodendo para os humanos aqui do Brasil do sul ou do norte que torcem junto contigo pro Neymar Jr. na Copa do Mundo. Que tanto faz se eles sabem ler, escrever ou tem o que pôr na barriga. Então faça sua trouxinha de dólares e ajude a sustentar alguma ONG que ajuda algum 'vagabundo' na África. Não vou te julgar ou tentar te convencer. Mas é isso o que penso.

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Bolça Família - Desculpas pelos xingamentos preconceituosos contra vocês, nordestinos e nortistas.


Potter: "Aviso aos preconceituosos: o Nordeste não definiu a eleição sozinho"
Colunista rechaça a onda de mensagens preconceituosas contra nordestinos nas redes sociais após a derrota de Aécio Neves para Dilma Rousseff na eleição presidencial
por Luciano Potter27/10/2014 | 00h40

Foto: Reprodução / Twitter


Acabada a matemática que garantiu mais 4 anos ao PT no governo federal — capitaneados por Dilma Rousseff — e as redes sociais foram inundadas de preconceitos. E a população do Norte e do Nordeste começou a ser bombardeada. Muitos dos que não concordaram com o resultado do pleito destilaram ódio xingando e acabando com a índole e o cérebro de quem nasceu nessas regiões brasileiras.

Destruir seres humanos por região geográfica além de feio é crime. Achar que quem pensa diferente de você é um imbecíl, é tacanhez. Os 700 mil votos de diferença pró-Dilma no Rio de Janeiro e os 500 mil votos, também pró-Dilma, em Minas Gerais, contribuíram, e muito, para a reeleição da presidente. Ou seja:se Aécio vencesse nesses Estados, se essas diferenças fossem a favor dele, o Brasil teria uma eleição ainda mais acirrada.

O Bolsa Família garantiu votos ao PT. Absurdamente claro. Ela diminuiu a pobreza e esse texto não é sobre ela. Mas não foi somente ela que garantiu a reeleição. Além disso, a migração para o Sudeste vem diminuindo nos últimos 10 anos. Nem a “tese” de que “ganham” o Bolsa Família no Nordeste e vão para São Paulo viver cabe mais (também outro assunto).


Entendo a raiva de antipetistas. Manchetes de corrupção surgem com assiduidade contra o partido. Muitos brasileiros até entendem corrupção em outras siglas, mas se sentem traídos quando essa palavra está linkada ao PT: um partido que surgiu se inflando de ética desde o seu nascedouro. O PT apanhou feio nessa eleição. Perdeu Estados, perdeu maioria em municípios, viu quase metade da população brasileira votar contra ele. E a culpa disso também é do Partido dos Trabalhadores. 

O discurso de separar contribuiu. Pobres e ricos, etc versus ETC, tudo isso ajuda no preconceito de achar que Norte e Nordeste brasileiro pensam errado. Mas, intrínseco, em cada tuíte ou postagem contra um nordestino está o absurdo do preconceito, da estupidez e do mais perigoso sentimento humano.

Amigos preconceituosos: ser assim mancha sua timeline. Acaba com a possibilidade de entendimento e de crescimento do país. Mas pior que “botar a culpa” no Norte e no Nordeste é errar o alvo. Minas Gerais e Rio de Janeiro, dois ricos e populosos Estados da federação, dois gigantescos colégios eleitorais brasileiros, principalmente as Minas Gerais que, outrora, foi governada por Aécio, no final das contas, se o PSDB tivesse vencido neles, a faixa de presidente poderia ter ido para o peito do neto de Tancredo Neves. Um 60% a 40% (votos válidos) pró-Aécio em Minas garantiria vitória, por exemplo (mesmo sabendo que o norte do Estado tem penetração forte do governo federal, o que uma vitória tucana derrubaria). Sem precisar dos votos do Nordeste, por exemplo. Importante: quando FHC foi eleito, nas duas vezes, venceu no Nordeste. Naquela época não existia Facebook para eu ver preconceito ou ele não existia? Aliás, também deu Collor no Nordeste em 1989.

E só não estou escrevendo um texto contra os preconceituosos do Facebook e do Twitter que chamam todo mundo que votou no 45 de playboy e patricinha porque Aécio perdeu. Se tivesse ganho, inevitavelmente isso aconteceria.

Desculpas pelos xingamentos preconceituosos contra vocês, nordestinos e nortistas. Muita gente não soube avaliar bem o pleito mais emocionante da nova democracia brasileira. E muita gente é preconceituosa mesmo.

Da pré-adolescência à democracia facebookiana: a liberdade também tem seus limites



Obra "Liberdade", de Zoravia Bettiol, 
na orla do bairro Ipanema Poa Rs.

                O Facebook é um site prestador de serviços de “rede social” que foi criado por Mark Zuckerberg e alguns colegas de faculdade nos Estados Unidos, oficialmente lançado no ano de 2004. No início, era utilizado somente para comunicação entre os estudantes da Universidade de Harvard, mas em seguida se expandiu a outras universidades norte-americanas, até tornar-se público. É um site que admite o cadastro de qualquer pessoa com mais de 13 anos de idade, mas está comprovado que existem mais de 7,5 milhões de crianças menores de 13 anos que constroem seus perfis no Facebook e convivem virtualmente com os adultos, leem o que eles postam e compartilham. Aliás, a palavra “compartilhar” nunca foi tão utilizada por nós. Dividir, partilhar, distribuir, repartir ou compartir está entre as suas significações, mas “com + partilhar” pode significar a tomada de posição em relação a algo e parece que tem a ver com sentimentos de pertencimento.
             No Brasil, de acordo com pesquisas recentes, são mais de 47 milhões de brasileiros que acessam o site todos os dias e publicam informações pessoais ou profissionais, suas fotos e opiniões sobre os acontecimentos cotidianos. Somos o segundo país que mais utiliza esta rede social, depois dos Estados Unidos. Em época de eleição, aumentou a propaganda política virtual e também a liberdade de nos manifestarmos sobre os candidatos escolhidos, o que pode sinalizar uma nova fase da democracia brasileira e do uso da internet. Entretanto, tornou-se motivo de preocupação a postagem pública de comentários preconceituosos sobre os eleitores e os seus candidatos, o que parece ir de encontro à legislação vigente e à nossa própria evolução humana. Usar o Facebook para ofender uma pessoa por sua opção de voto declarada e falar mal de sua origem cultural ou social, ou do modo de se expressar, de vestir, do peso e dos hábitos pessoais dos candidatos que concorrem ao segundo turno das eleições para presidente no Brasil, é, no mínimo, uma demonstração da nossa imaturidade democrática.
                 Em processo, avançamos na tecnologia e na comunicação e ainda aprendemos a nos relacionar com os nossos semelhantes e as nossas diferenças. É como se, mimados, estivéssemos vivenciando uma pré-adolescência tardia sem termos completado os 13 anos necessários para utilizar o Facebook, ou os 16 para votar.

Marcia Morales Salis – gestora cultural, moradora do bairro Ipanema


sábado, 25 de outubro de 2014

A velha RBS - abrido o bico.

    Blog do Tide Lima www.Tidelimajr.blogspot.com 14 de abril de 2014.             

        O editorial do jornal Zero Hora desta quinta-feira, 10, contra os reajustes para os servidores públicos, antecipa a campanha eleitoral naquilo que é a linha divisória entre duas concepções políticas: a do atual governo gaúcho e a daquela empresa e seus candidatos à sucessão.
        Já virou uma prática rotineira e saudável, em vários países do mundo, empresas de comunicação declararem abertamente suas posições políticas e, em períodos eleitorais, declarar apoio a este ou aquele candidato ou candidata. Jornais como New York Times, Washington Post, Le Monde e, mais recentemente, no Brasil, O Estado de São Paulo, anunciaram de modo transparente os candidatos e os programas que estavam defendendo. Essa prática ainda é pouco usual no Brasil.
     No Rio Grande do Sul, além de não ser usual, ela tem uma particularidade: o maior grupo de comunicação do Estado, a RBS, além de não revelar à população a candidatura e as ideias que apoia, sistematicamente cede candidatos para a arena política, normalmente comunicadores de rádio e/ou tv com grande exposição midiática. Os casos de ex-funcionários do grupo que viraram candidatos são bem conhecidos: Antonio Britto, Sergio Zambiasi, Paulo Borges, Ana Amélia Lemos, apenas para citar alguns. Nas eleições do ano que vem, dois pesos pesados da empresa poderão estar em cena: a própria Ana Amélia Lemos (provável candidata ao governo do Estado) e Lasier Martins (possível candidato ao Senado ou à Câmara).
       A empresa não admite nutrir simpatias programáticas por seus quadros-candidatos, mas, nas últimas semanas, o noticiário de alguns de seus principais veículos já começou a ensaiar um possível programa para essas candidaturas, em nível estadual e federal. Na noite desta segunda-feira, o programa RBS Notícias iniciou uma série sobre o Pesadelo da Saúde no Estado. Antes da exibição da primeira reportagem, em dois intervalos comerciais dos jornais, propaganda paga do Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Sul (Simers) pedia para que a população não fosse ao SUS amanhã e quarta porque os médicos farão uma paralisação “em defesa da saúde e contra as medidas eleitoreiras do governo federal”. Entre as “medidas eleitoreiras”, aliás, está justamente procurar resolver um dos problemas apontados na reportagem: a dificuldade da população mais pobre ter acesso a médicos.
      É a segunda série no atual governo, conforme informa a própria reportagem. A primeira, em 2011, denunciou o “caos na saúde”. Entre o caos e o pesadelo não é feita nenhuma menção ao mercado privado dos planos de saúde e ao “cuidadoso” atendimento que ele presta à população pobre do país. O caos transformado em pesadelo mora exclusivamente no setor público e pega uma carona nos protestos de rua de junho. A saúde é apontada como uma das principais reivindicações dos manifestantes. Com uma estética típica de programas eleitorais, a reportagem retrata em tom dramático problemas de algumas pessoas pobres com dificuldade para ter acesso aos serviços públicos de saúde. Problemas reais, obviamente. Mas uma realidade contada só pela metade.
      Além de não fazer nenhuma menção ao avanço do setor privado que transforma doença em mercadoria, na metade ocultada do telespectador, também (não) estão as escolhas, políticas, candidatos e governantes defendidos pela RBS nas últimas décadas que defenderam o Estado mínimo, as privatizações, a sacralização do mercado e a criminalização do setor público. Nada é dito sobre como essas escolhas e políticas impactaram a saúde pública no Estado e no país. O ocultamento da história também pode ser um pesadelo para uma democracia.
      A RBS não só apoiou – e segue apoiando – esse ideário como participou ativamente de sua implementação como ocorreu, por exemplo, no caso da privatização da Companhia Riograndense de Telecomunicação (CRT). E em muitos outros casos. Segundo pesquisa realizada por Suzy dos Santos (do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Culturas Contemporâneas da Faculdade de Comunicação da UFBa e Sérgio Capparelli (do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Informação da Fabico/UFRGS), a RBS esteve presente em praticamente todos os momentos do processo de privatização das telecomunicações no país. Em 16 de dezembro de 1996, esse processo atingiu seu ápice no Rio Grande do Sul, quando ganhou a licitação para a privatização de 35% da CRT, comandada pelo então governador Antônio Britto (ex-funcionário da RBS), através do consórcio Telefônica do Brasil. A história é bem conhecida na aldeia.
     Logo em seguida, o grupo deflagrou uma guerra sem quartel contra o governo Olívio Dutra, do primeiro ao último dia. O caos, então, aterrissou na área da segurança e as manchetes se repetiam: caos, pesadelo, medo…No dia seguinte à eleição de Germano Rigotto, em um momento de transparência pós-parto, o jornal Zero Hora publicou um editorial saudando o fim daquele governo de conflitos e retrocesso e a chegada de um governo empreendedor. Na área da segurança, José Otávio Germano é anunciado como o homem que iria afastar o caos dos dias de José Paulo Bisol e Olívio Dutra. Logo no início, Germano anunciou a sua filosofia de trabalho: “a polícia agora vai atuar sem freio de mão”. Essas histórias também são bem conhecidas e sua repetição justifica-se apenas para lembrar que a RBS não é uma entidade a-histórica. Ela faz parte das escolhas que conduziram o Rio Grande do Sul ao ponto onde está hoje. Só que nunca assume isso. Nunca. Lembrar tudo isso é um revanchismo anacrônico? Talvez. Há quem chame de memória, ou de história. E há quem ache também que essas coisas, memória e história, são necessárias para entender os problemas do presente.
    Obviamente que a saúde pública é um problema no Brasil, assim como a educação, a segurança e outros serviços públicos que ainda sofrem problemas de financiamento. O que também é um problema é a falta de transparência de empresas de comunicação que professam uma ideologia fundamentalista de mercado, a qual têm como alvo preferencial as instituições públicas, os governos, os servidores públicos e qualquer coisa que possa “atrapalhar” os negócios. As políticas públicas, na maior parte das vezes, ocupam o noticiário acompanhadas de palavras como “escândalo”, “pesadelo”, caos”…Dos servidores públicos, mais recentemente, o interesse recai principalmente sobre o seu salário, cercado de permanentes suspeitas.
       Regularmente, a RBS produz seminários, séries de reportagens, grandes campanhas para apontar problemas, fazer diagnósticos e apresentar soluções para o Estado. Não há nada de errado nisso. O que é questionável é fazer tudo isso omitindo da população as suas próprias escolhas, crenças e responsabilidades. E a RBS é uma organização que tem data de nascimento, história e, portanto, passado: apoiou a ditadura, o golpe civil-militar que derrubou o governo presidente João Goulart, as privatizações (da saúde, inclusive), o discurso do Estado mínimo (na saúde também), os desertos verdes, o valor sagrado do mercado, foi contra o desarmamento e, no início, combateu iniciativas como o Orçamento Participativo, o Fórum Social Mundial. A linha editorial dos veículos do grupo está sempre pronta a apontar as mazelas do setor público e a silenciar sobre a responsabilidade do setor privado pelos problemas estruturais do país. Não é acaso que, na página de Zero Hora na internet, a editoria de Economia apresente na seção “O Rio Grande que dá certo” apenas “cases” do setor privado. Não há uma linha sequer sobre algo vindo do setor público que esteja “dando certo”.
       Nossa história é feita de nossas escolhas. Ao omitir as suas escolhas e as suas respectivas responsabilidades, a RBS alimenta aquele que pode ser um dos piores pesadelos para uma democracia: a aversão pela memória e pela história. A empresa, assim como muitas outras no país, tem uma dívida pesada com a democracia brasileira. Já que parece disposta a antecipar a campanha eleitoral, poderia também anunciar já quem são seus candidatos e candidatas e seus respectivos programas.


fonte> http://rsurgente.wordpress.com/

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Sartóri, ventríloquo ou marionete.

             Fato nunca antes visto na história do RS: Durante debate agora pela manhã, Sartori é orientado a cada resposta por seu marketeiro, que escreve numa folha e fica o tempo todo mostrando as respostas que o candidato deve dizer. O fato já vinha acontecendo nos outros debates, mas agora a imagem foi captada. Quem vai escrever as "instruções" de seu governo?

Sobre o slogan ‘Meu partido é o Rio Grande’ e Sartori


“Fico envergonhado quando vejo um candidato andando por aí e gritando ‘Meu partido é o Rio Grande’. Se esse fulano tivesse um mínimo de formação política deveria dar-se conta da grosseira e tamanha contradição nos próprios termos! Pois ‘partido’ é ‘parte’! Como vai ser o ‘todo’, o Rio Grande?

Quem quer ser democrata, deve saber no mínimo – o bê-á-bá da democracia e da política – que uma democracia implica uma pluralidade de ideias e de valores, que formam exatamente um partido, com uma plataforma partidária, com sua filosofia e seus princípios!

Por isso uma sociedade que queira ser democrata é constituída por diferentes partidos que representam as forças vivas da nação! Agora, apelar para a ‘união’, principalmente durante uma propaganda em que se deve apresentar um projeto e uma proposta, é exatamente a estratégia fascista e nazista, totalitária! A única desculpa num caso é a ignorância.

Gritar esse slogan fascista passa a se constituir numa estratégia ideológica com a finalidade de enganar e iludir os ingênuos, levados pela emoção. Essa é a arma ideológica a que apelaram Hitler, Mussolini e outros fascismos. Apelar para a ‘união’, quando o que se deveria apresentar são exatamente as ‘diferenças’, para a população poder escolher entre essas diferentes propostas! Qual o projeto? No que se distingue dos outros? O resto é ‘totalitarismo’. Mas o que vemos é que em lugar de colocar com maturidade e fundamento o PROJETO, faz-se uso de afirmações gerais, slogans emotivos e enganadores!

Pode-se ver aqui o despreparo grosseiro de candidatos e partido que não possuem identidade, adaptam-se interesseiramente ao que mais interessa no momento. As respostas evasivas e generalizadas são uma prova clara do que se vê, ouve ou lê. É tempo de pensar, e estar atento a propostas e estratégias que enganam incautos! E nem é preciso pensar muito para se perceber que em âmbito nacional a estratégia é parecida: alguém que grita, repete slogans e frases feitas, mas sem fundamento!”

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Pedrinho Guareschi é professor de Filosofia, Teologia e Letras. Tem experiência na área de Psicologia, com ênfase em Psicologia Social, atuando principalmente nos seguintes temas: mídia, ideologia, representações sociais, ética, comunicação e educação. Trabalhou como professor convidado da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) e atualmente exerce a mesma função na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

terça-feira, 21 de outubro de 2014

+1 AÉCIOPORTO

O candidato tucano à Presidência da República, Aécio Neves, terá muito o que explicar nos próximos dias.


Após o escândalo envolvendo o uso de dinheiro público para a construção de um aeroporto particular em Cláudio (MG), outra pista de pouso está sob suspeita.


De acordo com o site Tijolaço, a pista para aviões e, até mesmo, jatinhos, foi asfaltada em Montezuma, no interior de Minas, durante a gestão de Neves.

A matéria traz link da publicação no Diário Oficial de Minas Gerais.

Segundo a reportagem, a família do tucano tem negócios na região.

A empresa Perfil Agropecuária e Florestal, que pertenceria a Aécio e à sua irmã Andréa Neves, também está localizada na pequena cidade.

Leia mais na Agência PT de Notícias http://bit.ly/1ueUnQ7

Sartori, Brito e Yeda, vampiros da educação.

Cpers divulga nota em repúdio à manifestação de Sartori ao portal Terra; candidato pede desculpas

sartori no cpers bernardo
Sartori no encontro promovido no Cpers| Foto: Bernardo Jardim Ribeiro/Sul21
Da Redação**
O Cpers-Sindicato divulgou na tarde desta segunda-feira (20) nota de repúdio à manifestação do candidato José Ivo Sartori, da coligação O Novo Caminho para o Rio Grande (PMDB, PSD, PSB, PPS, PSDC, PHS, PT do B e PSL), dada em entrevista ao Portal Terra, na qual o peemedebista faz uma brincadeira com a questão do piso do magistério, em uma alusão à peça usada em revestimentos e construções.
Na entrevista, que foi ao ar no portal na manhã desta segunda-feira (20), o candidato está falando sobre política salarial para a categoria, recordando que não assinou, no primeiro turno, documento da entidade, na qual havia, entre outros itens, compromisso com a implantação do piso para os professores. No vídeo Sartori está falando desta agenda com o Cpers, mas nãos e recorda momentaneamente do nome atríbuído ao padrão salarial inicial da categoria, é lembrado pelos jornalistas presentes, e fala “Piso, eu vou lá no Tumelero, que eles têm um piso melhor”.
A coligação divulgou nota (veja abaixo) no início da noite desta segunda-feira (20), alegando que o trecho em que Sartori faz a alusão à questão do piso foi apresentada ao público de forma editada, sem o devido contexto. O candidato pediu desculpas “por qualquer mal-estar causado” e reforça “respeito” aos professores.
Confira a nota do Cpers:
“O Cpers-Sindicato manifesta estranheza e preocupação com o modo pelo qual o candidato ao governo do Estado, José Ivo Sartori, tratou o tema do Piso Salarial dos educadores, em entrevista concedida ao portal Terra (20/10/2014). Estivemos mobilizados nos últimos quatro anos para exigir do atual governo o cumprimento da Lei do Piso e seguiremos mobilizados no próximo governo, seja ele qual for.
Acreditamos que esse tema não deve ser objeto de chacota ou brincadeiras por conta de quem tem a responsabilidade de propor alternativas para qualificar a nossa educação e valorizar o trabalho dos professores e de todos os trabalhadores em educação.
Somos educadores e lutamos diariamente para oferecer um ensino de qualidade, mesmo com as adversidades da nossa profissão. Por isso, não admitimos que os trabalhadores em educação sejam tratados com falta de educação e respeito.
O Cpers-Sindicato é uma entidade de todos os educadores e, enquanto tal, não tem preferência partidária. Não podemos, entretanto, aceitar que postulantes ao governo do Estado brinquem com coisas sérias. Conclamamos a sociedade gaúcha a defender, junto conosco, o Piso Nacional dos professores dentro do Plano de Carreira, medida essencial para garantir uma educação pública de qualidade.”
Apoio: CUT, CTB, CNTE, SINPRO, SINTAE, FeteeSul

Confira a nota da coordenação da coligação O Novo Caminho para o Rio Grande:
“A direção da campanha O Novo Caminho para o Rio Grande esclarece que o candidato José Ivo Sartori, que também é professor, teve um trecho de 27 segundos – de uma entrevista de 54 minutos – retirada de um contexto onde ele fazia referência à promessa não cumprida de pagamento do piso salarial dos professores.
Sartori pede desculpas por qualquer mal-estar causado, reforçando o respeito que tem pelos professores e lembrando que quem não respeita o Magistério é o candidato Tarso, do PT, que assinou a lei e não cumpre ao não pagar o piso aos professores.”

* Com informações da assessoria do Cpers

* Editada às 20h21min, para acréscimo da nota oficial da coordenação da coligação O Novo Caminho para o Rio Grande

CPERGS -Educação não é construção civil, com todo respeito a este importante setor da economia.

A divulgação de um trecho de uma entrevista do candidato José Ivo Sartori (PMDB) ao Portal Terra, nesta segunda-feira, causou enorme polêmica nas redes sociais, levando as campanhas do peemedebista e do PT, de Tarso Genro, a divulgarem notas oficiais, o mesmo acontecendo com o Cpers. Na entrevista, que ganhou versões na Internet. Sartori é questionado sobre o piso do magistério e, sua resposta, editada de inúmeras maneiras em postagens na Web, pode ser interpretada de maneiras distintas por quem a assiste.


Numa das interpretações, editada pela campanha de Tarso, o trecho da entrevista foi reduzido a 27 segundos, transformando-se em vídeo viral no decorrer da tarde. “Sim, o piso... eu vou lá no Tumelero e eles te dão um piso melhor. Lá tem piso bom...”, comentou, arrancando risos dos entrevistadores. A versão provocou outras postagens, algumas, acompanhadas de comentários críticos, outras de citações mais agressivas. 

Diante da repercussão, a campanha do PMDB divulgou nota dando sua versão sobre o ocorrido: “A campanha esclarece que o candidato José Ivo Sartori, que também é professor, teve um trecho de 27 segundos de uma entrevista de 54 minutos retirada de um contexto onde ele fazia referência à promessa não cumprida de pagamento do piso salarial dos professores”. No texto, Sartori pede desculpas pelo mal-estar causado e reforça o respeito pelos professores, “lembrando que quem não respeita o magistério é o Tarso, que assinou a lei e não cumpre ao não pagar o piso aos professores”.

Em resposta, a direção de campanha do PT afirmou que, em sua manifestação, Sartori tenta transferir responsabilidade de uma “declaração infeliz”. “Sartori foi extremamente desrespeitoso sobre antiga reivindicação dos professores. Isso não é assunto para piada. Quem tem que dar explicações é Sartori, que sequer se compromete a pagar o piso, caso fosse eleito. Esse episódio desnuda o personagem incapaz de fazer ataques”, avaliou Carlos Pestana, coordenador da campanha de Tarso.

Diante da repercussão, a entidade dos professores também se pronunciou por nota. “O Cpers manifesta estranheza e preocupação com o modo pelo qual o candidato tratou o tema do piso salarial dos educadores (...). Acreditamos que esse tema não deve ser objeto de chacota ou brincadeiras por conta de quem tem responsabilidade de propor alternativas para qualificar a educação e valorizar o trabalho dos professores e dos trabalhadores em educação”, expressou a nota.

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Sartori, Brito, Yeda, Marina, Aécio, gauchada não merecemos este futuro.



Sartori é um quadro político orgânico e deixa bem claro pra todos, que, se governador for, colocará em prática o programa ao qual sempre defendeu, ou seja: a instituição de um estado liberal que reduz o poder de intervenção do estado na busca da melhoria da qualidade de vida do conjunto dos indivíduos da sociedade.

Ora, quando Sartori afirma que vai cortar gastos, ele está explicitamente afirmando que pretende reduzir os investimentos feitos pelo poder público. O povo gaúcho já sentiu na pele a política do déficit zero e sabe os prejuízos sociais que ela causou.


Dos últimos três governadores, Tarso é o que que mais investiu em segurança, em educação, em saúde e também na geração de emprego e renda. E comprovou que a melhor maneira de se enfrentar a crise econômica é com o fortalecimento do estado.

Aqui no RS a taxa de desemprego é de 3,5%. É a menor taxa de desemprego dos últimos 22 anos. Isto significa que os gaúchos estão aproveitando as oportunidades criadas, e o nosso estado está gerando mais emprego e renda. Por sua vez, este crescimento aumentou a arrecadação do estado e com isso, Tarso foi o governador, dentre todos os atuais governadores do Brasil, que mais reduziu a dívida do seu estado com a União, segundo divulgou o jornal Folha de São Paulo.

Com Tarso, mais servidores públicos foram contratados, mais brigadianos estão protegendo a nossa sociedade, mais professores estão qualificando a nossa educação, milhares de escolas foram reformadas, centenas de hospitais públicos foram revigorados e milhares de estudantes estão sendo beneficiados com o Passe Livre. E ainda assim a dívida do estado não cresceu, ela diminuiu.

Já com Britto e Yeda do déficit zero, o estado viveu um caos pela fissura dos seus gestores em cortar gastos, e no em tanto, com eles a dívida do estado aumentou.

Entre Tarso e Sartori há uma Imensa diferença de se enfrentar a ruína financeira que hoje o estado vive.

A política defendida pelo Sartori vêm de berço. E é por isso que ele espontaneamente afirma "vou cortar gastos públicos". O gringo não esconde de ninguém que defende a velha política da direita pela busca do estado mínimo, já outrora implementada por FHC, Britto e Yeda.

É preciso compreender a diferença dos projetos em disputa e a consequência que cada um terá na vida da sociedade gaúcha.

Um forte abraço e boa luta pra todos nós!

Tangos e Tragédias - Tarso Genro.



Hique Gomez vota em Tarso Genro (PT):

"Meu voto é, na verdade, para que o Brasil não entregue as grandes conquistas dos últimos anos e para que siga se firmando entre as grandes nações do mundo! Sob um mar de acusações recíprocas, sabemos que em governos anteriores havia aquela expressão 'Tudo acaba em pizza'. Pois bem; acabou-se a Pizzaria Brasília! Nada acaba em pizza! Mérito da presidente Dilma.

O Brasil precisa se firmar! Nosso sonho está triunfando, isso se mostra não só na vida prática das pessoas que saíram da miséria, mas também na vida do industrial que precisa produzir mais para atender as demandas do mercado.

Pouco se fala no processo eleitoral quais dos candidatos terá força e capacidade para uma queda de braços nas relações internacionais. Eu acho que Dilma tem e terá. Eu acho que Tarso tem e terá. Hoje muitos querem desfrutar da situação internacional que o Brasil conquistou! Mas poucos têm esta capacidade.

O que todos queremos é um país com economia forte e com uma infraestrutura que atenda todos os setores sem agredir a natureza e preparado para as mudanças que virão nos próximos anos.

Entre as coisas que mais me mobiliza na candidatura de Tarso é o investimento pesado no parque eólico com meta de tornar o Rio Grande do Sul independente e com energia limpa! O nosso sistema de energia é muito frágil. Não precisa cair muita água para que bairros inteiros fiquem sem energia. O aquecimento global é uma realidade. Os governos tem que se antecipar, quem não se preparar pode esperar o pior.

Já aquecimento da economia brasileira se dá qualificando as pessoas com instrução. No nosso Estado foram 300 mil pessoas atendidas com cursos de qualificação técnica = melhora de salários = aquecimento da economia.

Pela primeira vez, o Estado deu aumento de 76% ao professores. Nos investimentos em saúde, Tarso foi o que mais se aproximou da meta estipulada no orçamento de 12%. Nos consta que o Rio Grande do Sul cresce mais do que o Brasil!

Na cultura, entre outros dados importantes, foi iniciada a construção do Teatro da Ospa com 100% das verbas disponíveis. Isso trará um avanço não só no estudo da música, mas no fomento de toda a área, assim como na qualidade dos concertos que são apresentados pela Ospa, a qual ainda não é um bem de interesse popular, mas na medida em que as pessoas possam ter acesso fácil e ver os concertos numa sala adequada, isso pode, sim, vir a ser um costume de uma faixa cada vez maior da população. É um sonho... O grau de complexidade apreciado em uma obra de arte pode sim ajudar a uma pessoa simples a processar muitos outros dados na sua própria vida cultural. É importante as pessoas terem acesso ao que de melhor se faz na área da música universal hoje, já que a fome não é mais uma demanda emergente.

A restauração da Casa de Cultura Mario Quintana e o os investimento no Multipalco colocarão o Estado numa excelente posição cultural. As informações sobre o aumento do PIB da metade Sul com o polo naval, em alinhamento com ações do governo federal, com a própria indústria gaúcha fornecendo insumos, é uma ótima notícia para uma zona do Estado que estava empobrecida e volta a crescer. Empreendimentos na área vem mudando o perfil social com a geração de empregos, renda e formação com o Pronatec.

Todavia, todos os dados positivos do governo de Tarso para mim não seriam suficientes se a sua conduta ética não fosse a mais transparente diante da opinião pública. No caso, sua conduta é irrepreensível. Sem dúvida nenhuma, Tarso!"

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Ivo Sartóri esta irregular, não tem partido.

             A mesma conversa mole do “Eu não tenho partido”. “Meu partido é o Rio Grande”. “Vamos unir o Rio Grande”.

          E ao mesmo tempo vem embutido o preconceito à política e a todos que fazem política. Se associam a grande mídia nacional, que já derrubou dois Presidentes da República, semeando no Senso Comum esta ideia de que é possível estar “acima da política partidária.

1- Então por que Sartori até hoje não se desfiliou do PMDB?

2-Por que junto com Britto vendeu parte do Patrimônio do Estado?

3-Por que junto com Britto aprovou e implementou O PDV, Plano de demissão voluntária, que diminuiu as estruturas e serviços públicos do Estado para a população?

4-Por que Sartori aprovou a privatização e os pedágios mais caros do Brasil para as Rodovias Gaúchas?

5-Sartori foi o responsável na Assembléia Legislativa, da aprovação da renegociação da Dívida do Estado com a União em 1995. O Estado pagava 7% da sua Receita de prestação da Dívida. Ela aumentou para 13,5% da Receita, tirando do Estado as condições de investimento maior e agora, de forma hipócrita e sacana, tenta dizer que a responsabilidade é do Governo Tarso, que a esta renegociando para voltar a dar condições ao Estado de investir mais em serviços para a População.

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Aécio Neves, levava malas de dinheiro.


Ex de Aécio joga “caca” no ventilador. “Ele levava malas de dinheiro e diamantes para Aspen”

Andréa Falcão: advogada, centrada e extremamente rigorosa. Esta é a ex-esposa de Aécio que vem assombrando o esquema montado em torno de seu ex-marido

(reprodução) Ex-esposa de Aécio Neves, Andréa Falcão mora no Rio de Janeiro com a filha do casal, Gabriela. Ela e Aécio foram casados por oito anos. Separados há catorze anos, Andréa tem hábitos saudáveis e esportivos sendo considerada pelos amigos uma atleta. Discreta e reservada, poucos sabem de suas atitudes que colocam em risco o projeto de Poder construído pela família Neves após a morte de Tancredo.
     Embora apresentado como político, Aécio Neves na verdade é apenas um produto comercial como tantos outros disponíveis no mercado, fruto de pesados investimentos publicitário. A início patrocinado por seu padrasto, o falecido banqueiro Gilberto Faria, em curto espaço já servia ao pesado esquema de desestatização e desnacionalização da economia montado pelo ex-presidente FHC.
        Eleito em seu primeiro mandato de deputado federal e Constituinte por Minas Gerais pelo PMDB, Pimenta da Veiga viu em Aécio a possibilidade do PSDB se apropriar da imagem de Tancredo Neves. Porém, como hoje, na época Aécio não tinha gosto pela política, tinha que ser constantemente cobrado e policiado.
      Entretanto, como sua carreira política tornava-se cada vez mais lucrativa, montou-se em sua volta uma eficiente estrutura com membros de sua família e políticos que viram nele a parceria ideal para ocupar o espaço político deixado por seu avô, Tancredo. Contudo, seus familiares e parceiros não contavam com um fato novo, o casamento de Aécio com Andréa Falcão.

A FARSA
         Segundo amigos de Andréa, rígida por princípios, passou a questionar o comportamento de Aécio e a farsa montada para manter sua imagem. À amigos ela reclamava que isto impedia que Aécio amadurecesse.
                  Separada de Aécio em 1998, procurou organizar sua vida, porém, com a eleição de Aécio para governador em 2002, no intuito de passar para a população uma imagem de homem de família, o esquema passou a utilizar sua filha Gabriela, sendo histórica a presença da mesma em sua posse.
             Sabedora do que realmente ocorria, Andréa passou a questionar esta utilização com receio de que a exposição, as companhias e hábitos de Aécio fossem prejudiciais à sua filha. Entretanto, o esquema montado em torno de Aécio insistiu, mesmo diante de sua recusa.
            Esta prática foi bastante reduzida nos últimos anos de governo de Aécio Neves, contudo, o mal já havia sido concretizado. Com a denúncia dos deputados mineiros Sávio Souza Cruz (PMDB) e Rogério Correia (PT) de enriquecimento ilícito dos irmãos Andréa e Aécio Neves perante a Procuradoria da República e Receita Federal descobriu-se uma gigantesca movimentação financeira de Aécio nos Estados Unidos.
           Constatou-se que os maiores depósitos coincidiam com as datas das viagens de Aécio Neves a Aspen, uma estação de esqui no Colorado, para onde Aécio se dirigia sobre a justificativa de que estaria levando a filha para esquiar. As suspeitas aumentaram ao se descobrir que as viagens foram feitas em jatinho fretado sem que sua bagagem passasse por qualquer alfândega, seja no Brasil ou USA.
          A área de inteligência da Receita Federal descobriu que uma integrante da inteligência da PMMG, conhecida como PM2, havia relatado uma discussão entre Aécio e Andréa Falcão, onde ela, de maneira enérgica, reclama; “deixe minha filha fora dos seus rolos, não quero que fique utilizando ela para servir de justificativa para você fazer o que faz”, Aécio pergunta. “Que rolo?”; Andréa Falcão responde; “levar estas malas de dinheiro e diamante para Aspen”.
           Este procedimento encontra-se desde o final do ano passado nas mãos do procurador geral, Roberto Gurgel, parado. Segundo amigos de Andréa Falcão, se ela for convocada a esclarecer os fatos ela irá contar tudo que sabe para defender sua filha. Pelo visto a família Neves finalmente terá a oportunidade de constatar que Andréa Falcão sempre falou sério.

O senador Aécio Neves, consultado sobre o tema que seria abordado na matéria, optou por nada comentar e Andréa Falcão recusa-se a falar com a imprensa.

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BIANCHINI - Sempre foi coerente e vai transformar Santiago.

Em 2011 - História escrita.


Vereador Bianchini em Porto Alegre


*Da esquerda para a direita: Fabiano Pereira (Secretário de Justiça e Direitos Humanos do Gov. do RS), vereador Miguel Bianchini (Santiago), Major André (SJDH) e Júlio Garcia (Casa Civil) - na SJDH.



*Júlio Garcia (Casa Civil), vereador Miguel Bianchini, João Motta (Secretário do Planejamento, Gestão e Participação Cidadã do Gov. do RS -  SEPLAG) e Pedro Correa (Seplag) - na SEPLAG



*Júlio Garcia, vereador Adeli Sell (Presidente do PT de Porto Alegre) e o vereador Miguel Bianchini - no Chalé da Praça XV.

***

A agenda do vereador Miguel Bianchini em Porto Alegre 

--Acima,  breve registro fotográfico da agenda realizada pelo vereador santiaguense Miguel Bianchini em Porto Alegre no último dia 28/09 (na qual tive o prazer de acompanhá-lo).   

--Miguel Bianchini, um dos mais destacados parlamentares terrunhos, atualmente filiado ao PP, está em ruptura com esse partido e deverá anunciar, nos próximos dias, sua nova opção partidária (PT ou  PPL). Ambos  já formalizaram convite visando  tê-lo nos seus quadros.  

-- Além da reunião com o  Secretário de Planejamento, Gestão e Paticipação Cidadã, companheiro João Motta, a agenda contemplou reunião-almoço com o vereador Adeli Sell (Presidente do PT da capital gaúcha),  reunião com o Secretáro Fabiano Pereira (Justiça e Direitos Humanos) e com a Secretária Chefe da Casa Civil Adjunta, Mari Perusso (também Presidenta Estadual do PPL - Partido Pátria Livre).  

--Seja qual for a decisão final de Bianchini, há que respeitar-se. (por Júlio Garcia, especial para o blog 'O Boqueirão').

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Direto da Rua dos Poetas . - Miguel Bianchini uma história na política de Santiago.

Direto da Rua dos Poetas . Inverno de 2010 - Muito Frio.


                 O governador Tarso Genro então candidato em Santiago quando de sua primeira visita e caminhada a rua dos Poetas , foi extremamente bem recebido pelo Advogado e Historiador Dr. Valdir Amaral Pinto que lhe presenteou com livro de seu Pai Adelmo Simas Genro, que morou longos anos nesta querida cidade e trabalhava, se não estou enganado no prédio do atual escritório do Dr. Valdir Amaral Pinto.



                        Neste dia foi a sabatina da direção do PT Vale do Jaguari, Sidi Santos e Tide Lima, passamos nesta e em tantos outros. E que venha mais. 



                          A piada do dia para Tarso Genro, contei que um grande amigo o Eri casado com a professora Rosane Voltobel, afirmava com convicção que Tarso ganharia no primeiro turno, e eu estava convencido disto. Tarso dava rizada, isto nunca tinha acontecido na história do rio Grande, por esta ele também nunca esqueceu a profecia do meu amigo Eri e minha loucura. Deu na pinha.



                            Momento inesquecível  Miguel Bianchini apresenta seu apoio incondicional ao candidato Tarso, momento histórico e divisor de águas em nossa cidade. O PP de Santiago começava a vazar água.