domingo, 28 de setembro de 2014

Não tem mais pesquisa que de jeito.

Embora todos soubessem que o Datafolha não poderia ter outro resultado senão o crescimento da diferença entre Dilma Rousseff e Marina Silva, a tarde de hoje foi marcada por uma intensa especulação na Bolsa.

O motivo? Os boatos de que a Veja trará, amanhã, trechos bombásticos de um suposto depoimento do doleiro Alberto Yousseff que, em troca de um (na prática) perdão judicial distribuiria as mais pesadas acusações contra políticos e autoridades.

Ricardo Noblat, que se tornou um dos mais “ofendidos” viúvos de Marina Silva já adianta a podridão em seu blog. Depois tirou a nota. Mas vários sites “ameaçam” com um novo e rocambolesco escândalo como “ultima ratio” para evitar aquilo que até Marcos Paulino, diretor do Datafolha, admitiu ser possível: Dilma liquidar a eleição no primeiro turno.

Chegamos a um “vale-tudo” que envergonha qualquer sentido de Justiça, porque qualquer coisa que se publique – a não ser que seja apenas banditismo jornalistico, simples invenção – será pior, porque banditismo policial e judiciário, com o vazamento seletivo de acusações que, até o momento, nada têm de sólido senão a palavra de um criminoso e olhe lá que ele tenha dito de fato o que se publica.

É simples: se a revista Veja quiser dizer que Alberto Yousseff me acusa de ter recebido um milhão de dólares para aprovar qualquer coisa enquanto estive no Governo, dirá e pronto, muito embora o amigo aqui não saiba o que é um milhão, o que dirá de dólares.

E não pode sequer se defender poque é o “dizem que ele teria dito”…

Mas se a revista não estiver, pura e simplesmente, inventando, tudo é pior.

Formou-se uma inegável cumplicidade desde o caso dos supostos depoimentos de Paulo Roberto Costa.

Não se viu nem o Juiz Sérgio Moro, responsável pelo processo, nem os promotores, nem os delegados federais manifestarem qualquer indignação com a quebra do sigilo pelo qual eram os responsáveis e que, rompido, pode ter ajudado até a eventuais envolvidos a destruir provas.

Agora, repetir-se esta parceria quadrilhesca entre a Veja e os policiais federais ou promotores públicos que decidem o que e a quem vazar informações que têm a subscrevê-las só a palavra de um criminoso desesperado.

Pior, porque embora meia-dúzia de pilantras pudessem aquadrilhar-se com um doleiro já preso, processado e “delator premiado” no caso do Banestado, qualquer finório de alto coturno ia se servir de gente menos exposta que Yousseff, que tinha um neon piscando “doleiro” na testa que só um energúmeno como André Vargas pode dizer que não sabia”.

Estamos assistindo o impensável: os agentes da Polícia Federal, publicamente, dando apoio à candidata de oposição, em troca de melhorias funcionais e os delegados federais a ponto de fazer um “eleição” para impor – não de direito, mas de fato – um diretor da Polícia Federal de sua preferência.

Normal? Alguém poderia imaginar os agentes do FBI americano engajados na campanha eleitoral, fazendo discursos em atos políticos?

Quem sabe fazemos o mesmo com as polícias estaduais ou até com as guardas municipais?

É o resultado de ter-se um ministro (assim mesmo, sem maíúscula) como José Eduardo Cardozo.

No século 20 tínhamos as conspirações militares a ameaçar a democracia. Agora, baixamos de nível: basta meia dúzia de policiais para desestabilizar um Governo.

Mas, afinal, se até treinar tiro ao alvo na presidenta eleita pode, esperar o que, não é?

O que salva o povo brasileiro é a sua lucidez em perceber que não temos, em muitos dos grandes veículos de comunicação, uma imprensa.

Temos lixo.

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

RS Mais Igual garante renda para famílias em extrema pobreza em Cacequi

Nesta terça-feira (24), o programa RS Mais Igual chegou ao Vale do Jaguari para realizar as últimas reuniões de inclusão de famílias no programa. O roteiro começou com um encontro em Cacequi, onde 292 famílias serão beneficiadas com a transferência de renda e inclusão produtiva. 

O secretário adjunto da Casa Civil, Roberto Nascimento, citou que os programas sociais de transferência de renda auxiliaram para que o Brasil saísse do Mapa da Fome da ONU: "Temos a primeira geração de crianças que não passam fome, mas queremos mais que isso. Queremos que vocês se qualifiquem, tenham melhores empregos e mais renda". 

Neste sentido, o prefeito de Cacequi, Flávio Machado, destacou que o Bolsa Família e o RS Mais Igual, além de atuarem na distribuição de renda, aquecem a economia local: "Temos que aproveitar as oportunidades e o RS Mais Igual é uma chance de trabalharmos alinhados. Somos parceiros e vamos trabalhar para que as pessoas possam viver melhor". 

O secretário de Assistência Social, Alex Wancura, falou sobre o significado da inclusão do município no programa: "Nós que vivemos o dia a dia sabemos da importância desses recursos para quem realmente precisa. É um benefício para toda comunidade cacequiense".

Na próxima semana, no dia 30 de setembro, a Caravana do RS Mais Igual chega aos municípios de Santiago e São Francisco de Assis. No Vale do Jaguari, são 897 famílias beneficiadas, o que representa mais de 3,3 mil pessoas com acesso à renda, serviços públicos e cursos de qualificacão profissional. O RS Mais Igual já realizou 88 Caravanas e incluiu mais de 80 mil famílias, com um investimento mensal de R$ 6 milhões. 


Texto: Joice Proença

domingo, 21 de setembro de 2014

Na região Vale do Jaguari Microcrédito Gaúcho beneficia empresários.


            Na região Vale do Jaguari, 494 empreendedores investiram em seus negócios R$ 2,2 milhões provenientes do Microcrédito Gaúcho, o maior sistema de financiamento e apoio a empreendedores formais e informais do país.
           O Programa já injetou R$ 439,2 milhões na economia do Rio Grande do Sul. Até agosto, mais de 77,2 mil empreendedores de 453 municípios recorreram aos recursos oferecidos pelo programa, que foi implantado em 2011 pela Secretaria da Economia Solidária e Apoio à Micro e Pequena Empresa (Sesampe) - em parceria com o Banrisul e apoio das Instituições de Microcrédito (IMs), cooperativas e prefeituras municipais.
         Ao avaliar os resultados, o titular da Sesampe, Carlos Luiz Rohr, assinalou que o microcrédito está chegando àqueles que querem empreender. O microcrédito tem sido demandado por empreendedores individuais, pela economia popular solidária, pela agricultura familiar, pelos microprodutores rurais, microempresas e artesãos. Pode ser acessado de forma individual ou através de grupos solidários. É uma referência para todo o país por se tratar de um crédito produtivo e orientado e que tem no agente de oportunidade, treinado e capacitado pela Sesampe, um fator fundamental para o crescimento do programa. 

Como funciona
      Cabe ao agente de oportunidade acompanhar o planejamento e a execução para tornar viável o negócio projetado. Podem ser concedidas pelas instituições de microcrédito operações entre R$ 100,00 e R$ 15 mil. O microcrédito é uma modalidade de financiamento produtivo em que o tomador do empréstimo recebe dinheiro e assessoria técnica. Os juros incidentes sobre o financiamento é de apenas 0,41% ao mês com prazo de resgate de até 24 meses
      Os recursos financeiros disponibilizados pelo programa são oriundos do Banrisul e garantidos pelo Fundo de Apoio à Microempresa, ao Microprodutor Rural e à Empresa de Pequeno Porte - Funamep. Instituído pelo Decreto Estadual nº 48.164/2011 o microcrédito tem como foco fomentar e consolidar uma rede operacional formada por instituições operadoras que atuam junto aos empreendedores populares de pequenos negócios, através da oferta de recursos para atividades produtivas, visando incentivar a geração de trabalho e renda, a inclusão social e a promoção do desenvolvimento local.

Municípios com contratos firmados na região

Cacequi 93 operações – R$ 450.015,28

Capão do Cipó 1 operações – R$ 10.101,01

Jaguari 1 operações – R$ 2.020,20

Nova Esperança do Sul 12 operações – R$ 46.923,01

Santiago 277 operações – R$ 1.294.709,88

São Francisco de Assis 98 operações – R$ 414.984,54

São Vicente do Sul 6 operações – R$ 42.666,65

Unistalda 6 operações – R$ 29.797,95

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

No tempo da Ditadura - Lasier Martins, 2º Vice-presidente da Mocidade da ARENA

Ana Ávila

No debate entre os candidatos ao Senado na tarde desta segunda-feira (15), na Rádio Guaíba, Olívio Dutra (PT) afirmou que Lasier Martins (PDT) teria integrado a mocidade da Arena na década de 1960, durante a ditadura militar. O trabalhista negou a informação, publicada no jornal Correio do Povo em 13 de abril de 1966. “Eu nunca entrei na mocidade da Arena. Eu disse a ele (Olívio) que me apresentasse alguma assinatura. Eu me lembro que eles pretendiam fazer um diretório da mocidade da Arena e haviam me convidado, mas eu nunca compareci”, afirmou Lasier por telefone ao Sul21.

No dia 27 de outubro de 1965 foi publicado o Ato Institucional Nº 2, o qual foi seguido um pouco depois, no dia 20 de novembro de 1965, pelo Ato Complementar Nº 4. Com estas duas medidas, o governo militar extinguiu o pluripartidarismo no Brasil. Os treze partidos políticos existentes foram colocados na ilegalidade e sumariamente fechados. O pluripartidarismo deu lugar ao bipartidarismo, representado por um partido criado para dar sustentação ao governo e outro de oposição. Do lado da situação foi estabelecida a Aliança Renovadora Nacional (Arena), enquanto que para exercer o papel de oposição foi criado o Movimento Democrático Brasileiro (MDB).

Nove dias depois da criação da Arena, uma nota publicada na página 7 do jornal Correio do Povo informava a constituição do primeiro diretório regional da Mocidade da Arena no país. De acordo com a publicação, foi escolhido na oportunidade o comando do diretório da Mocidade, que cita Lasier Martins como 2º vice-presidente. “Não tem nenhuma assinatura minha, se colocaram o meu nome, foi sem a minha concordância”, declarou Lasier sobre a nota. O candidato também criticou Olívio pela declaração durante o debate: “Achei que foi golpe baixo do Olívio dizer que eu tinha pertencido à Arena. Eu pedi para ele me mostrar a assinatura, ele disse que não tinha assinatura. Só tinha uma notícia”, afirmou.
A página 7 do Correio do Povo de 13 de abril de 1966
A página 7 do Correio do Povo de 13 de abril de 1966
No detalhe, Lasier...
No detalhe, Lasier Martins, 2º Vice-presidente da Mocidade da ARENA

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Militantes da Universidade Regional Integrada – URI integram carta de apoia a Tarso Genro.

No salão de reuniões do Seminário Nossa Senhora de Fátima, em Erechim, integrantes da ala jovem de diversos movimentos sociais entregaram uma carta de apoio ao candidato da Unidade Popular pelo Rio Grande (PT, PTB, PCdoB, PPL, PTC, PR, PROS) ao governo do Estado, Tarso Genro. No documento, afirmam que a reeleição de Tarso e de Dilma Rousseff na presidência da República e a eleição de Olívio Dutra ao Senado representam “uma grande esperança para manter os bons programas e avançar naquilo que é necessário”.

A carta foi assinada por militantes da Via Campesina, Movimento dos Atingidos por Barragens, Federação dos Estudantes da Agronomia do Brasil, FETRAF, Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, Militantes da Universidade Regional Integrada – URI, Militantes da Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS, Sindicato dos Metalúrgicos e da Alimentação de Erechim, Levante Popular da Juventude e Pastoral da Juventude.

Ainda em Erechim, Tarso reuniu-se com a direção e funcionários do campus da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI Erechim), quando se revelou favorável à instalação de um curso de medicina na unidade. Tarso assumiu o compromisso de seguir investindo cada vez mais nos setores públicos báiscos. “Da minha parte, não se enganem”, disse ele, “se vocês me reconduzirem ao governo, eu vou aumentar os gastos públicos em saúde, educação e segurança”.

O candidato petista esteve também no Hospital Santa Terezinha, que está sendo ampliado com recursos do governo do Estado e da União, em um investimento de R$ 7,4 milhões. O diretor da instituição, Rafael Ayub, mostrou ao candidato a localização do novo bloco cirúrgico, que contará com dez salas e equipamentos modernos. Os aparelhos já foram comprados e substituirão os atuais, que possuem mais de 20 anos de uso. “Quando idealizamos esse novo bloco, conseguimos unificar alguns saldos de consulta popular para fazer a obra física”, explicou Ayub ao governador.

Também será ampliada a área de recuperação, hoje com capacidade para apenas cinco pessoas e que passará a acolher até 20 pacientes. “O salto de recursos nos proporcionou ampliar o atendimento”, completou o dirigente.