segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Importante - SISTEMA NACIONAL DE CADASTRO AMBIENTAL RURAL.

              A ministra do Meio Ambiente (MMA), Izabella Teixeira, estará em Porto Alegre neste sábado (28) para lançar o Sistema Nacional de Cadastro Ambiental Rural (SiCAR). O ato será às 11h, na Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag), com a presença do governador Tarso Genro e do ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas.
           O SiCar é um software (com versões para preenchimento online e offline) que o produtor rural utilizará para efetivar o Cadastro Ambiental Rural (CAR). Obrigatório para todos os imóveis rurais, conforme prevê o novo Código Florestal brasileiro, o CAR tem por finalidade integrar as informações ambientais referentes à situação das Áreas de Preservação Permanente - APP, das áreas de Reserva Legal, das florestas e dos remanescentes de vegetação nativa, das Áreas de Uso Restrito e das áreas consolidadas das propriedades e posses agrícolas.

Parceria e capacitação
             O MMA optou pelo Rio Grande do Sul para o lançamento do SiCAR após recente visita feita ao Estado, pelo secretário de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável do MMA, Paulo Guilherme Cabral. Na ocasião, ele conheceu o trabalho realizado pelo Departamento de Florestas e Áreas Protegidas (Defap) da Sema, que desde o ano passado instituiu uma área específica para o CAR, com técnicos capacitados a operar o SiCAR. Cabral relatou ter ficado muito satisfeito com a organização coletiva do Estado. Na prática, segundo explica o diretor do Defap, Junior Piaia, "os gaúchos compreenderam a importância de multiplicar o conhecimento para que os produtores, em especial os pequenos e médios, não encontrem dificuldades na hora em que forem preencher seus cadastros".
             Dessa forma, há uma grande mobilização das entidades ligadas ao campo e de outros segmentos e, ainda, de diferentes órgãos estaduais e federais. Entre os grupos representativos da sociedade engajados no CAR estão, por exemplo, Fetag, Sociedade de Agronomia do Rio Grande do Sul (Sargs), Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), Associação Gaúcha de Empresas Florestais (Ageflor), Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar da Região Sul (Fetraf-Sul), Via Campesina, Federação da Agricultura do Estado do RS (Farsul), Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-RS), Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do RS (Ocergs), Federação das Indústrias do RS (Fiergs) e Federação das Associações de Municípios do RS (Famurs).

Preservação e planejamento 
             Criado pela Lei 12.651/2012 no âmbito do Sistema Nacional de Informação sobre Meio Ambiente (Sinima), o CAR constitui-se em uma base de dados estratégica para o controle, monitoramento e combate ao desmatamento das florestas e demais formas de vegetação nativa do Brasil, bem como para planejamento ambiental e econômico dos imóveis rurais.
            Os órgãos ambientais em cada Estado terão acesso ao programa de cadastramento na Internet - o SiCAR -, bem como à consulta e acompanhamento da situação de regularização ambiental dos imóveis rurais. Caberá aos Estados certificar, por meio eletrônico, as informações fornecidas pelo produtor junto ao CAR e a documentação digitalizada e inserida no sistema. No Rio Grande do Sul, esse trabalho será feito pela Sema. O prazo de cadastramento está estipulado em um ano, prorrogável por mais doze meses.

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

UPA 24 horas, realidade no Estado.

                   A população de Canoas passa a contar, a partir desta quinta-feira (26), com a segunda Unidade de Pronto Atendimento 24 horas (UPA) do município. Com capacidade de até 150 atendimentos por dia, o serviço inaugurado no bairro Guajuviras é a sétima UPA 24 horas do Estado, que conta com unidades em funcionamento também em Porto Alegre, Santa Maria, Novo Hamburgo, Vacaria e Bom Princípio. 
                     Na cerimônia de abertura, o secretário estadual da Saúde em exercício, Elemar Sand, lembrou que a ampliação e a qualificação da rede de urgência e emergência integram projeto estratégico do governo do Estado. "Além da inauguração de UPAs 24 horas, que deve ter impulso no Estado nos próximos meses, também há muito investimento no Samu, cujo número de bases foi duplicado de 2011 para cá", informou. Bagé, Cachoeira do Sul, Lajeado, Santo Ângelo, Alegrete e Bento Gonçalves estão entre os municípios com previsão de inauguração de UPAs para os próximos meses. 
                 Para o prefeito de Canoas, Jairo Jorge, a nova UPA é mais um exemplo da ação conjunta dos governos Federal, Estadual e Municipal. A obra, no valor de R$ 3 milhões, foi custeada com recursos do município e da União e, para a manutenção da unidade, o Governo do Estado vai repassar R$ 87,5 mil por mês e o Federal, R$ 170 mil. 
                 As UPAs 24 horas são estruturas de complexidade intermediária entre as Unidades Básicas de Saúde e as portas de urgência hospitalares. Segundo o Ministério da Saúde, onde já estão em funcionamento, a necessidade do paciente buscar o atendimento em hospital reduz em 96%. A nova UPA de Canoas será administrada pelo Hospital Nossa Senhora das Graças, e contará com cinco médicos por turno, sendo dois pediatras e três clínicos. A estrutura inclui salas para exames (raio-x e eletrocardiograma, entre outros), dez leitos destinados de observação, um leito de isolamento e dois para casos graves. A unidade servirá, também, como base avançada do Samu, com ambulância do tipo UTI móvel à disposição. 
             A unidade, que começa a funcionar ainda nessa quinta-feira na Av. Boqueirão, 2901, recebeu o nome de UPA Carlos Loreno Giacomazzi, em homenagem ao ex-prefeito de Canoas, no período de 1986 a 1988.

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

João Victor Domingues assume interinamente a Secretaria de Infraestrutura

                 João Victor Domingues O secretário da Casa Civil, Carlos Pestana, anunciou em entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira (25), o nome do secretário executivo da Assessoria Superior do Governador, João Victor Domingues, para assumir, interinamente, a Secretaria de Infraestrutura e Logística (Seinfra). Em seu lugar, na Assessoria Superior, assume Juçara Dutra. 
                   De acordo com Pestana, escolha se deve à importância das ações desenvolvidas pela Seinfra e à garantia da continuidade das ações, já que Domingues acompanhava os temas relacionados à infraestrutura.
             Natural de Arroio Grande, é bacharel em Direito e servidor do Poder Judiciário Estadual desde 1990. Foi presidente do Sindjus/RS de 1993 a 1997 e membro da direção nacional da Fenajud. Foi assessor técnico da Secretaria Administração Recursos Humanos no ano de 1999 e coordenador do Fórum de Gestores das Fundações e Empresas Públicas. Em 2000, assumiu como chefe de Gabinete da Casa Civil do Governo Olívio Dutra. De 2002 a 2006, foi coordenador político do mandato do deputado Flavio Koutzii, e, em 2007, assumiu como coordenador-geral da bancada do PT na Assembleia Legislativa. Além de secretário da Coordenação do Assessoramento Superior do Governador, é membro do Conselho Fiscal do Banrisul.

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

No meu chão - A primeira médica do Programa Mais Médicos, do Ministério da Saúde..

Pertinho de casa. Que maravilha.


Primeira médica estrangeira já está atuando na Zona Sul
Luciano Lanes/PMPA

A argentina Marcela Steiger já conhece seu novo local de trabalho
            Em meio à polêmica provocada pela contratação de médicos estrangeiros, a unidade de Saúde da Família Morro dos Sargentos, localizada na Rua F, 227, no bairro Serraria (Zona Sul de Porto Alegre), já conta desde 23 de setembro, segunda-feira, com a primeira profissional contratada pelo Programa Mais Médicos, do Ministério da Saúde. A argentina Marcela Cynthia Chwe Steiger, no entanto, em seu primeiro dia, apenas conheceu o local, pois começará a trabalhar efetivamente entre 25 de 30 de setembro (antes irá conhecer o sistema de saúde da capital). Além de Marcela, outro médico estrangeiro está assumindo sua função na Unidade Mato Sampaio, na Zona Norte. 
           O Programa Mais Médicos objetiva melhorar o atendimento aos usuários do Sistema Único de Saúde por meio de investimento em infraestrutura dos hospitais e unidades de saúde e com a contratação de mais médicos para regiões onde não existem profissionais ou há escassez. Prioritariamente, as vagas são oferecidas para médicos brasileiros, mas, caso sobrem vagas, são aceitos médicos estrangeiros para suprir a carência e tentar resolver este problema.

Dissemina um programa de apoio ao campo é realidade no Vale do Jaguari.



          Dep. Paulo Pimenta, Secretario Mainardi, Sidi Santos vice Prefeito de Jaguari, Moacir Antolini vice Prefeito de Unistalda, Veredor Ci, Prefeito
Migueline e Tide Lima. 















               Deputado Federal Paulo Pimenta, o Secretário Estadual da Agricultura Luiz Fernando Mainardi e o presidente da Fepagro em solenidade na cidade do Capão do Cipó, de entrega de  um veículo da marca Fiat Doblo do programa DISSEMINA  que vai beneficiar produtores de carne e de leite da região. 
                     Foi entregue um botijão de sêmen para cada município: Santiago, Itacurubi, Capão do Cipó, Nova Esperança do Sul e Jaguari o qual ficará a disposição dos produtores.                         Os recursos vieram través de emenda parlamentar do Dep. Pimenta em Parceria com o Governo do Estado e Fepagro.
                        Vários municípios ainda serão beneficiados na região na segunda etapa.

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Criado novo partido.

TSE confirma criação do PROS, 31º
partido do país
Nova legenda é o Partido Republicano da Ordem Social.
Dos 7 ministros, 5 foram a favor e 2 queriam verificar assinaturas.

O plenário Tribunal Superior Eleitoral (TSE) confirmou nesta terça-feira (24), por cinco votos a dois, a criação do 31º partido político do país, o Partido Republicano da Ordem Social (PROS). Na semana passada, a maioria do tribunal já havia se manifestado a favor do registro da legenda.
Segundo informações do TSE, o PROS foi fundado em 4 de janeiro de 2010. O número de representação do partido em eleições será o 90. O partido foi criado em Planaltina de Goiás, cidade do entorno do Distrito Federal, pelo ex-vereador da cidade Eurípedes Júnior (ex-PSL).
saiba mais
O prazo para criação de novos partidos a tempo de que disputem a eleição do ano que vem é 5 de outubro, limite para os que pretendem se candidatar pela legenda estejam filiados.
Dos sete ministros do TSE, só dois consideraram que era necessário apurar mais a veracidade das assinaturas de apoio apresentadas pela legenda.
A relatora da ação no TSE, ministra Laurita Vaz, também corregedora do tribunal, informou que o partido apresentou 515,8 mil assinaturas de apoio válidas. Para um partido ser criado, são necessárias 492 mil assinaturas, conforme o TSE.
A votação do registro do PROS foi interrompida na semana passada por um pedido da ministra Luciana Lóssio por mais tempo para analisar o caso.
Ao votar nesta terça, ela entendeu que seria melhor investigar mais o apoio. A ministra disse que uma mesma pessoa assinou apoio ao PSD e ao Pros e que, no documento com a assinatura validada, não tinha o nome do partido. Ou seja, para ela, uma mesma assinatura validada pode ter sido usada para a criação de dois partidos diferentes.
"Concordo que um mesmo apoiador pode apoiar a criação de diversos partidos, mas não admiti que a certidão não estava identificada para aquele partido. Constatei vícios formais", disse.
O ministro Henrique Neves, que já havia votado a favor da criação do partido, mudou o entendimento e considerou que seria necessário investigar mais. Ambos ficaram vencidos.
A relatora do caso, Laurita Vaz, votou pela aprovação da criação do partido e foi acompanhada pelos ministros Castro Meira, Gilmar Mendes, pela presidente do TSE, Cármen Lúcia, e por Dias Toffoli. A Procuradoria Geral Eleitoral havia se manifestado a favor da criação do partido.
Ao defender seu voto nesta terça, a ministra Cármen Lúcia disse que a relatora confirmou a veracidade de todos os documentos. "A relatora afirma que foram cumpridos os requisitos legais e confio inteiramente."
Programa
Programa disponível no site do partido, o PROS afirma que tem como principal bandeira a redução de impostos.
"A reforma tributária é um tema altamente complexo, portanto, precisamos tratar o problema por etapas, com segurança, perspicácia e inovação. O PROS surge não com soluções mágicas ou miraculosas que resolvam tudo de uma vez, mas sim com aquilo que sempre faltou para implantação de boas soluções no Brasil: vontade política", afirma o partido.
Conforme o site, o partido levou quatro anos para ser criado. Entre os políticos que podem entrar para a nova legenda está, segundo o partido, o deputado federal Major Fábio (DEM), que poderia se candidatar ao governo da Paraíba pelo PROS.

Ferro, Dunas formadas em Marte.

Sonda registra região de cânions com mais de 4 mil km no planeta vermelho
Do R7
NASA/JPL/University of Arizona

A sonda Mars Reconnaissance Orbiter capturou uma imagem de cânions com dunas escuras formadas por ferro em Marte. A imagem foi registrada em agosto, mas só foi divulgada nesta terça-feira (24) pela Nasa (agência espacial norte-americana).

O ferro das dunas marcianas é derivado de minerais contidos em rochas vulcânicas. Para motivo de comparação, as dunas de areia da Terra são feitas de quartzo. A Mars Reconnaissance Orbiter orbita Marte desde 2006 e tem como principal missão buscar evidências de que existiu água no planeta.



O equipamento usado na captação da imagem é operado pela equipe da Universidade do Arizona, em Tucson (EUA). A imagem mostra a interação dos sedimentos trazidos pelo vento na superfície de Marte.

A foto mostra o chamado de “Labirinto da Noite”, que fica na região vulcânica de Tharis Rise. O local tem mais de 4 mil km de extensão, cerca de 200 km de largura e 7 km de profundidade.

"Mas é antiga essa coisa de gaúcho veado, né?" - Barbaridade.

            Em entrevista, Jair Kobe, o Guri de Uruguaiana, fala a Rafinha Bastos sobre sua recusa em participar do "Zorra Total"

            Foi publicado na quinta-feira, no canal oficial de vídeos de Rafinha Bastos no YouTube, mais um episódio de sua série 8 Minutos. O entrevistado da vez: o humorista Jair Kobe - sem sua habitual fantasia de Guri de Uruguaiana.
         Na conversa, Jair fala de seu sucesso à frente do personagem e das particularidades que o levaram a escolher o Canto Alegretense para suas encenações:
— Começou com uma esquete onde eu fazia o Guri de Uruguaiana cantando uma paródia da canção Guri. Como eu sempre brinquei que o personagem era ruim de memorizar letra, mas é bom com melodia, ele decorou bem uma letra e sempre canta a mesma. A escolha pelo Canto Alegretense se deu por ser uma música muito representativa do gaúcho.
Ao ser questionado sobre se considerar um representante da cultura gaúcha, Kobe disse acreditar que sim.
— Já ouvi grandes nomes me dizendo: 'Tu é o maior representante da cultura gaúcha', isso porque chega a lugares que o regionalismo nem sempre alcança, como aos jovens, por exemplo. O humor me deu essa possibilidade.
Sobre a comentada recusa de integrar o programa de humor Zorra Total, Jair explicou:
— Realmente fui convidado e contracenaria com os demais personagens. Fiquei honrado, mas sempre deixavam no ar que era um gaúcho homossexual inrustido. Falei: 'Não dá', porque cairia tudo o que criei para o meu personagem — disse.
E acrescentou: — Passou uma semana, 10 dias e a produção me ligou de novo e perguntou: 'Mas é antiga essa coisa de gaúcho veado, né?' E eu respondi, sinceramente: 'Acho uma piadinha de mau gosto, que já deu o que tinha que dar' — explicou.

PSB decide entregar cargos e sair do governo Tarso Genro



Reunião do partido ocorreu na noite desta segunda-feiraFoto: Serginho Neglia / Divulgação

Em reunião realizada na noite desta segunda-feira, o PSB decidiu entregar os cargos e deixar o governo Tarso Genro. Assim, a sigla adota no Estado postura semelhante à da executiva nacional, que decidiu sair do governo da presidente Dilma Rousseff.
Em seu perfil no Twitter, o deputado José Stédile (PSB-RS) confirmou o resultado da reunião e informou, ainda, que a executiva do partido decidiu pela saída com "quase consenso".
De acordo com o deputado federal do partido Alexandre Roso (RS), a direção da legenda no Estado se reunirá com Tarso nesta terça-feira, com participação do presidente estadual da legenda, deputado federal Beto Albuquerque (RS), para formalizar a decisão de colocar os cargos à disposição.
Apesar de não participar mais do governo, o PSB reiterou que não está tomando essa atitude para migrar à oposição, mas para ter mais liberdade para tomar decisões envolvendo a participação nas próximas eleições.
Deputado estadual da sigla, Miki Breier disse que a reunião foi tranquila e a maioria decidiu por adotar posição imediata diante da resolução da executiva nacional, no sentido de centralizar esforços no projeto da candidatura de Eduardo Campos em 2014:
— Não havia motivo para permanecer no governo se não estaremos o apoiando em 2014. O PSB, de forma coerente, torna-se independente no Estado, não pensando nos cargos que ocupa, mas na disputa da Presidência. Também nos interessa conversar com outros partidos para organizar palanques para as próximas eleições.
À noite, enquanto o PSB ainda debatia o tema, deputados da bancada do PT na Assembleia foram convocados para uma reunião nesta terça-feira com o chefe da Casa Civil, Carlos Pestana, e com o diretor-geral do Daer, Carlos Eduardo Vieira — o departamento é subordinado à Secretaria de Infraestrutura Logística, principal cargo ocupado pelo PSB no governo. A pauta estaria relacionada ao fim da aliança.
Sobre o futuro comando da secretaria, há opiniões diversas no PT, mas duas preponderam. A primeira delas é de que o partido deveria ficar com a pasta, indicando o substituto de Caleb de Oliveira. A outra é de que Tarso poderá passar o comando da secretaria ao PDT, em uma tentativa de se aproximar da sigla, que também estuda sair do governo para lançar candidatura própria ao governo do Estado.
Veja as possibilidades da sigla no Estado para 2014
— A ala mais forte, liderada pelo presidente estadual do partido, deputado federal Beto Albuquerque, defendeu a ideia de sair do governo Tarso Genro. Com isso, a sigla abre a possibilidade de se coligar com PDT, PP ou PMDB na disputa pelo Piratini em 2014, para montar um palanque para o presidenciável Eduardo Campos.
— Grupo representado pelo até então secretário de Infraestrutura e Logística, Caleb de Oliveira, queria manter o apoio a Tarso Genro.
— Uma terceira corrente, da qual faz parte o deputado estadual Heitor Schuch, tinha preferência pela decisão de o partido lançar candidatura própria.

clicrbs.

sábado, 21 de setembro de 2013

Cidade do Futuro. - Tecnologias permitirão obter cada vez mais dados sobre vida nos espaços urbanos.


Por Gabriela Leite

         Uma nova revolução urbana pode ter começado. Segundo reportagem especial da revista inglesa The Economist, a quantidade de dados que uma cidade produz, combinada com as tecnologias móveis e em rede que permitem compartilhá-los, será tão transformadora quanto foi a eletricidade. Inúmeras inovações já começaram a antecipar este futuro. Podem ser para bem ou para mal.
            A ONU calcula que, até 2050, a população mundial urbana será de cerca de 6,3 bilhões de pessoas. Uma parcela sempre crescente dos habitantes urbanos está disposta a compartilhar informações publicamente, como é possível perceber com a popularidade de aplicativos como o Foursquare (que indica o local onde o usuário está e mostra se seus amigos estão por perto). Além disso, prefeituras também concentram dados sobre o que acontece em suas ruas: informações de trânsito, dados sobre fluxos, áreas com mais problemas de segurança etc. Como usar esses dados de maneira que eles façam a experiência de viver em uma cidade ser algo menos caótico, mais sustentável e humano?
          Muitas cidades começam programas para tornar-se “smart cities”, como mostra a reportagem. Em Barcelona, por exemplo, há um projeto para inserir, nos postes de luz, telas que indicam lugares para estacionar, filas para museus, cestas de lixo que estão muito cheias e até movimentos “suspeitos” de pessoas. No website de San Francisco (EUA), dezenas de aplicativos informam desde a programação cultural da semana a locais com registros de abuso sexual. Já no Rio de Janeiro, as informações captadas são geridas apenas pela prefeitura: dezenas de operadores vigiam as cerca de 400 câmeras de segurança espalhadas pela cidade, além de denúncias policiais e até previsão do tempo.
         Como é possível perceber pelo exemplo carioca, isso traz também um grande problema: a cidade vira um grande panóptico eletrônico, que controla todas as ações de seus cidadãos. E se o governo pudesse, por exemplo, prever protestos que estão para acontecer, e impedi-los? E se isso virasse um mecanismo para excluir ainda mais as classes economicamente empobrecidas? Como imaginar um governo de uma cidade digitalmente integrada que não pareça uma sala de controle de um filme de ficção científica? Outro problema é o fato de que se a cidade é organizada por redes de dados — algo como um “sistema nervoso digital –, é muito possível que crackers consigam invadi-lo e paralisá-lo.


             Saskia Sassen, socióloga da universidade Columbia, é incisiva: segundo ela, para a cidade ser realmente de domínio público, as prefeituras devem tornar públicos todos os seus sistemas de dados. O próprio governo poderia ser uma plataforma, provendo serviços básicos e informações e permitindo que as pessoas pudessem ter mais controle sobre si mesmas.
            O sistema dos governos ainda não é transparente, mas os moradores de grandes cidades já podem utilizar a tecnologia e o crowdsourcing (fontes coletivas de informações) a seu favor. Muitos aplicativos para celulares já funcionam desta maneira. OFoursquare, provavelmente o mais conhecido, serve para seus usuários dizerem em quais lugares comerciais (principalmente restaurantes) já foram, e qual sua opinião sobre eles.
          Outro exemplo mais interessante é o Colab, criado por brasileiros e eleito pela New Cities Foundation como o melhor do mundo no prêmio App My City. Ele funciona como uma rede social, onde é possível fiscalizar, propôr e avaliar os serviços de uma cidade. Pela rede, o usuário Humberto propõe uma ciclovia em um local na asa norte de Brasília. Já Ticiana confere pontuação de duas estrelas para a Universidade Federal da Bahia. A maioria dos usuários, por enquanto, limita-se a registrar problemas como buracos ou sujeira nas ruas.
         Para The Economist, não existe apenas uma maneira de tornar as cidades “inteligentes”, assim como houve diversos modos de levar a elas a eletricidade. O necessário é lutar para que não percamos o controle sobre nossos dados e nossas vidas, e exigir que essa mudança seja em favor das pessoas, e não de empresas ou da vigilância dos governos.

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

MP diz que Marina só comprovou 20% de assinaturas de apoio à Rede

                        Para participar da eleição, partido ser aprovado pelo TSE até 5 de outubro.
                        Procurador afirma que só há 102 mil das 482 mil necessárias para criação.
                       Parecer do Ministério Público Eleitoral enviado nesta sexta-feira (20) ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) afirma que a ex-senadora Marina Silva só conseguiu comprovar 20% das assinaturas necessárias para criação do partido Rede Sustentabilidade.
                   Segundo o documento, "foi até agora demonstrado apoio em número de 102.707 assinaturas validadas, em quatorze estados e no Distrito Federal". O MP destaca que, para o partido ser aprovado, deve apresentar 482.900 assinaturas.
                    Para concorrer às eleições do ano que vem, a legenda, que pode ter Marina como candidata à Presidência da República, deve ter a criação aprovada pelo plenário do tribunal eleitoral até 5 de outubro, ou seja, em duas semanas. Até lá, o TSE só tem mais quatro sessões, nos dias 24 e 26 de setembro, e em 1 e 3 de outubro.O G1 procurou a defesa da Rede, mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem.
               Ao apontar que não foi comprovado o apoio necessário, o vice-procurador-geral eleitoral, Eugênio Aragão, pede que o partido apresente novas certidões com assinaturas validadas e que a Secretaria Judiciária do tribunal faça uma recontagem do apoio. Depois, o procurador ainda quer reexaminar o processo antes que a criação do partido seja julgada em plenário.
                Marina Silva protocolou processo de criação da Rede mesmo sem ter todas as assinaturas de apoio validadas. No fim de agosto, a ministra do TSE Laurita Vaz, corregedora do tribunal, negou pedido para validar as assinaturas de apoio sem conferência prévia dos nomes pelos cartórios eleitorais. Laurita Vaz entendeu que não seria possível conceder o pedido porque a lei estabelece que os cartórios façam a conferência das assinaturas.

Mariana OlivieiraDo G1, em Brasília

Cavalariano morre durante desfile

            Cavalariano morre durante desfile em Santana do Livramento .Outro homem caiu do cavalo em Lajeado, mas sofreu apenas ferimentos
             Um cavalariano morreu na manhã desta sexta-feira no desfile farroupilha de Santana do Livramento, na Fronteira Oeste do Estado. De acordo com a Brigada Militar (BM), o homem caiu do cavalo e a suspeita é de que tenha sofrido um infarto. 
           Ele desfilava pelo CTG Sinuelo do Caverá, que declarou luto. Segundo os colegas, o incidente ocorreu a 200 metros do início da avenida. Ele foi socorrido por uma ambulância da prefeitura, mas não resistiu. 
             Outro acidente nas celebrações do Vinte de Setembro ocorreu em Lajeado, no Vale do Taquari. O desfile na cidade ficou interrompido por cerca de vinte minutos porque um dos integrantes da cavalgada teve um ataque epiléptico e caiu do cavalo, batendo a cabeça no chão. Leonardo Augusto Steher foi levado pela ambulância até o Hospital Bruno Born, onde recebeu atendimento e passa bem.
Correio.

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Líder da bancada do PSB quer que PT devolva cargos nos 6 Estados comandados pelo partido

              Presente à reunião que irá decidir nesta quarta-feira (18) a entrega pelo PSB dos cargos que possui no governo Dilma Rousseff, o líder do PSB na Câmara, Beto Albuquerque (RS), afirmou esperar reciprocidade do PT nos seis Estados comandados pelo partido.
              Tradicional parceiro do PT nas disputas nacionais, o PSB anunciará ainda hoje a ruptura com o governo, o que inclui a saída dos ministros da Integração Nacional e a da Secretaria de Portos.
                A atitude é a primeira medida concreta no caminho da candidatura do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, à Presidência da República em 2014.
             "Estávamos chegando a uma situação que beira a humilhação. É uma decisão madura de um partido que quer discutir livremente sua candidatura, sem ter que ouvir toda semana baboseiras e constrangimentos de integrantes do PT e do governo sobre cargos", afirmou Albuquerque, para quem Dilma está autorizada a demitir todos os ocupantes de cargos federais indicados pelo PSB.
                 Ainda segundo ele, o PSB espera que o PT aja com reciprocidade e devolva os cargos que possui nos seis Estados governados pelo PSB --Pernambuco, Ceará, Paraíba, Piauí, Amapá e Espírito Santo . "Amigável ou não, é um divórcio."
              Um dos principais aliados do governo Dilma dentro do PSB, o governador Cid Gomes (CE), presente na reunião da Executiva, manifestou oposição à ruptura, que disse considerar "intempestiva" nesse momento, mas, segundo relatos, afirmou que "assinava embaixo" a entrega de cargos, caso essa fosse o entendimento da maioria da legenda. A Bahia também se declarou contrária à saída do governo.
              Indicado por Campos para o cargo, o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, estava na reunião e deve deixar o cargo. Leônidas Cristino (Portos), afilhado de Cid Gomes (PSB-CE), está em viagem ao exterior, mas também deve deixar o posto.
                Nono partido da Câmara dos Deputados, com 25 cadeiras, e oitavo no Senado, com 4 vagas, o PSB diz agora que discutirá o apoio do partido ao governo no Congresso caso a caso, em uma posição de independência. "Não vamos ser oposição radical, esse nunca foi o nosso papel", afirmou Beto Albuquerque.
            Nos últimos tempos, a posição da legenda já tem sido mais na linha da independência. Na noite de ontem, por exemplo, o partido de Eduardo Campos liberou sua bancada a votar como quisesse na análise do veto da presidente Dilma ao fim da multa de 10% sobre o FGTS pago pelos empregadores ao governo em caso de demissão sem justa causa. O veto acabou sendo mantido pelo Congresso.

G1.

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

O impasse do lulismo, ou a inexorável necessidade de encontrar a justa medida


I – Manifestações e manifestantes
“O gigante acordou”. Mais do que um bordão repetido durante os protestos de junho pelo Brasil, a expressão parece corresponder à representação que os manifestantes fizeram de si mesmos, como se naquele momento tivéssemos testemunhado não a expressão de um conflito no interior da sociedade, mas um grito da sociedade contra algo ou alguém.
Penso que essa estranha autorepresentação coloca-nos diante de um traço nefasto da cultura política brasileira: a imagem da indivisão social.
A violência que marca as relações sociais no Brasil é sistematicamente ocultada, para em seu lugar impor-se a imagem de uma sociedade harmônica e coesa. Talvez Gilberto Freyre seja quem tenha levado mais longe essa imagem, quando propõe que no Brasil subsista um “equilíbrio de antagonismos”: apesar dos antagonismos, haveria entre nós equilíbrio. O interessante é que a fórmula pode ser invertida: apesar do equilíbrio, a sociedade brasileira é recortada de cima a baixo por antagonismos.
Guardamos hoje os traços de nosso passado escravocrata. Herdamos dele a abissal desigualdade entre ricos e pobres. Como todas as sociedades complexas, também a nossa é dividida. Ocorre que a sociedade brasileira não é apenas dividida; é muito dividida.
Quando Lula foi eleito em 2002, o Brasil era o país mais desigual do mundo; ainda hoje figura entre os mais desiguais. E talvez justamente por ser tão desigual, é que se imponha com tanta força a imagem de uma sociedade harmônica e coesa, simbolizada pelo verde-amarelo.
Afinal, quem foi às ruas? Acompanhando os debates públicos, parece haver dúvidas sobre o perfil dos manifestantes. Uma coisa é certa: não foi o “povo”, em abstrato, o protagonista dos protestos. E aqui não pretendo fazer reparações àqueles que vocalizam essa percepção.
Não se pode exigir daqueles que intervêm no debate público e exercem influência sobre a opinião pública que abram mão de “disputar o significado” de junho. No entanto, a atitude da disputa só é válida se puder conviver com outra atitude: o esforço de apreender as contradições da realidade.
Se o coro em uníssono contra a corrupção associado ao verde-amarelismo criou a impressão do despertar do “gigante”, por trás da aparente celebração há um fato inexorável: em junho, saíram às ruas frações de classe. E, como sabemos, frações de classe distintas em geral possuem motivações e interesses distintos, não raro antagônicos.
Seja pelo método empírico do olhar, seja considerando o que apontaram uma série de pesquisas feitas junto aos manifestantes a fim de traçar seu perfil, parece factível a hipótese de que, no interior do gigante, havia preponderantemente duas frações de classe.
De um lado, uma parcela do proletariado, que o sociólogo Ruy Braga chama de “precariado” – jovens que estudam e ao mesmo tempo trabalham, concentrados no setor de serviços, vulneráveis à altíssima rotatividade desse setor, submetidos a um ritmo de trabalho frenético, mas que experimentaram conquistas nos últimos anos via ensino superior privado, carteira assinada, renda e crédito.
De outro, a classe média tradicional – um setor da sociedade que, a despeito de usufruir a palavra “média” no nome, situa-se no topo da pirâmide social, e que, a despeito de também ter sido beneficiada nos últimos dez anos, sente-se profundamente ameaçada pela ascensão dos de baixo.
Enquanto os primeiros almejam melhores condições de vida e de trabalho, compatíveis com sua qualificação profissional, os segundos querem os “mensaleiros” na cadeia.
Para além das demandas, o mais importante talvez seja procurar saber quais afetos dominam cada uma dessas frações. Arriscaria dizer que, entre os primeiros, fortes expectativas criadas pela ascensão social convivem com sentimentos de inquietude e frustração face às dificuldades de realizar as expectativas que nutrem; entre os segundos, o medo da perda de privilégios aliada ao ódio de classe, fruto da perda de posição de sua ideologia na sociedade – afinal, a classe média ampara-se na ideologia do mérito, ou seja, na naturalização da desigualdade.
O curioso é que, apesar do aparente uníssono nas ruas, no que realmente importa uma e outra frações de classe almejam o exato oposto –enquanto os primeiros reivindicam mais e melhores serviços públicos, os segundos reivindicam menos impostos. E, no entanto, o que observamos em junho foi uma estranha aparência de comunhão de interesses e de engajamento.
Claro está que os desejos antagônicos de um e de outro se cruzam num ponto: no repúdio à corrupção.
Mas não devemos nos enganar quanto a esse ponto comum. É certo que o tom antipartido das manifestações fez parecer haver uma repulsa geral à política institucional, talvez mesmo uma demanda por democracia direta.
Porém, se a tônica das manifestações era “contra os partidos e os políticos”, pesquisa feita em São Paulo mostrou que mais de 50% dos manifestantes têm candidato para 2014: Joaquim Barbosa e Marina Silva. Contra os partidos, pessoas. Claro que a eleição é só um aspecto, e talvez não seja o mais importante; mas é sintomático.
Para tornar o quadro ainda mais complexo, uma parcela majoritária da classe trabalhadora não saiu às ruas. A fração que o cientista político André Singer chama de subproletariado assistiu as manifestações à distância. Possivelmente com alguma desconfiança, pois essa fração teme a radicalização política, na medida em que vê nela a possibilidade do desemprego e da perda de conquistas obtidas nos últimos dez anos. Igualmente, a classe trabalhadora tradicional, do “colarinho azul”, organizada em sindicatos, com maior experiência política e melhor remunerada, parece não ter se engajado nas manifestações.
É obvio que saíram às ruas em junho indivíduos dessas duas frações, e de todas as demais frações. Até burgueses havia em meio às manifestações – e se as coisas participam da vida política tanto quanto as pessoas, o prédio da Fiesp na Av. Paulista foi um protagonista dos protestos de junho em São Paulo. A preocupação aqui é saber quais frações de classe eram predominantes em junho.

II – A ponta do iceberg
Dito isso, cabe analisar a resposta do governo aos protestos.
Para chegarmos ao ponto que aqui interessa – o impasse na estratégia lulista –, penso ser útil começarmos pela seguinte constatação: aparentemente, ao invés de sair pela tangente, o governo abraçou a demanda vinda das ruas quando propôs a Constituinte Exclusiva.
Por que o governo recuou, se pesquisa do Datafolha mostrou que 73% dos brasileiros apoiavam a proposta? Por que a mídia faria campanha contra? Por que, ao cabo, o Congresso e o STF a derrubariam? Isso tudo é verdade, mas é apenas parte da verdade. Arriscaria dizer que o governo recuou justamente porque está olhando para as classes sociais e a política.
Talvez o governo tenha percebido que estes 73% que declararam apoiar a proposta não se converteriam em mobilização de massa, pois o que motivou os manifestantes a tomar as ruas não foi a corrupção.
O repúdio geral à corrupção é um dado incontestável, mas não devemos nos enganar quanto às reais motivações dos manifestantes. O que está em jogo para o precariado é obter melhores condições de vida e de trabalho; para a classe média tradicional, bloquear o processo de ascensão social aberto em 2003, e trocar o PT pelo PSDB.
O governo certamente fez o cálculo: de um lado, apostar na Constituinte, e, exceto se houvesse radicalização política, correr o alto risco de perder a batalha; de outro lado, apostar no plebiscito, cujo risco parece ser menor. A opção, à maneira do lulismo, foi pelo menor risco e sem radicalização. Mesmo assim, o plebiscito segue de molho. Tudo indica que não ocorrerá.
Ao cabo, para avaliar se o governo errou ou acertou em retirar a proposta, só há um critério: que classes e frações de classe dariam sustentação para a proposta, e que classes e frações de classe combateriam a proposta?
É impossível responder com certeza tais perguntas, mas é possível e necessário fazer cálculos, ou, nas palavras de Vladimir Safatle, “detalhar ao máximo [as] ações e os cenários possíveis que essas engendrariam” (A esquerda que não teme dizer seu nome, Três Estrelas, 2012). Há quem sustente que o governo errou ao recuar. Pode ser. Mas, se errou, não é por que procura seguir à risca este princípio?
No entanto, tal constatação não esgota o problema, pois parte de um pressuposto: evitar a radicalização política. Essa parece ser a questão central. Se assim for, o dilema Constituinte Exclusiva vs. Plebiscito – e por isso retomo essas propostas – apenas evidencia a ponta do iceberg. É o mero sintoma.
Naquele momento, Dilma fez uma opção. Recuou. Diante dessa conduta, alguém poderia objetar: “O governo deveria ter mantido a proposta!”. Há quem vá mais longe: “O governo deveria romper com a governabilidade e fazer enfrentamentos!”. Não são essas percepções correntes na esquerda? Aqui, mais do que uma decisão pontual do governo, é o pressuposto (evitar a radicalização) que é questionado.
Justo. O governo poderia apostar nesse caminho: a via da radicalização política, da ruptura com a base de apoio no Congresso, do enfrentamento aberto. Por que não aposta? Penso ser necessário esmiuçar as razões dessa opção.

III – Classes e frações de classe
A classe trabalhadora brasileira não é um todo homogêneo. Possui frações. Além do proletariado fabril, cujo paradigma é o metalúrgico, há uma nova classe trabalhadora, predominantemente jovem, que ascendeu via ensino superior privado, tem maiores expectativas, seja de padrão de vida, seja de trabalho, mas não enxerga perspectivas de futuro no mercado de trabalho – pois não há perspectivas. Por isso, vive sob tensão.
Por outro lado, há outra fração da classe trabalhadora, muito superior em tamanho, que ainda vive em condições de pobreza e miséria, e que constitui a principal base social e eleitoral do lulismo: o subproletariado. Essa fração quer mudanças, mas possui um traço conservador: rejeita a radicalização política, na medida em que associa (não sem razão) a instabilidade política ao desemprego e à carestia.
Para mantê-los ao seu lado e favorecê-los, a estratégia dos governos Lula e Dilma consiste em evitar a radicalização. De fato, este setor tem sido beneficiado: a pobreza e a desigualdade estão caindo, ainda que muito lentamente – o traço conservador está na lentidão do processo.
O fato é que o governo tem razões para evitar a radicalização política: a radicalização suscitaria crises, instabilidade, fuga de capitais etc., o que tenderia a elevar o nível de desemprego e a afetar diretamente o subproletariado.
Nessa situação, além do risco de ver bloqueado o processo (lento) de redução da pobreza – o qual supostamente depende de haver estabilidade econômica, bem como de uma ampla base de apoio no Congresso Nacional –, essa fração de classe poderia enxergar na direita uma alternativa política, como fez em 1989, 1994 e 1998, quando deu a vitória para Collor e FHC.
Some-se a isso o fato de que hoje a classe média tradicional é, dentre todas as classes, aquela que está se sentindo mais prejudicada e parece ter maior força de ânimo para ir às ruas manifestar seu descontentamento, com pitadas de protofascismo, como já ocorreu outrora na história do Brasil. Assim, é de se supor que a radicalização por parte do governo teria repercussões diferentes na sociedade, alimentando, sobretudo, a radicalização da classe média.
Porém, na medida em que viabiliza a ascensão social dos de baixo, a estratégia lulista cria cada vez mais a necessidade de empreender reformas estruturais, a começar pela abertura e dinamização do mercado de trabalho e pela melhora radical dos serviços públicos, a fim de viabilizar a continuidade da ascensão dos que já ascenderam, caso contrário estes ficarão estagnados economicamente.
Além disso, precisa envolver a organização e a mobilização da nova classe trabalhadora, para que esta lute por seus direitos, caso contrário essa fração de classe poderá optar por alternativas conservadoras – a história é recheada de exemplos nesse sentido. Se a nova classe trabalhadora pender para a direita, não se trata de perder apenas o governo nas urnas. É o processo em curso de combate à pobreza e à desigualdade que será bloqueado.

IV – Impasse e paradoxo
Dito isso, o impasse da estratégia do lulismo pode ser colocado nestes termos: de um lado, o governoprecisa evitar a radicalização, não só por razões eleitorais, mas também por razões econômicas: a radicalização provavelmente paralisaria o governo, enquadrado que está pelo mercado, Congresso e Judiciário, e por conseguinte provavelmente elevaria o desemprego – o que, para além das repercussões eleitorais, faria a desigualdade voltar a aumentar; de outro, o governo precisa investir na radicalização, pois, na medida em que os trabalhadores ascendem, a continuidade de sua ascensão exige enfrentamentos, necessários para haver mudanças estruturais na economia brasileira e no serviço público.
Prensado entre duas frações de classe, o governo vê-se então diante da necessidade de evitar a radicalização e, ao mesmo tempo, de investir na radicalização. Desnecessário dizer que rifar uma das frações de classe não é alternativa. Daí ser duvidoso que a saída para o impasse reduza-se à mera opção entre evitar ou investir.
Não surpreende que essa formulação, pela qual se impõem simultaneamente duas tarefas antagônicas, soe estranha. A dificuldade em ver o impasse deriva não apenas da dificuldade em observar uma contradição no seio da própria classe trabalhadora, mas também, e talvez, sobretudo, em depreender o paradoxo do lulismo: parecendo ser uma coisa, o lulismo é o exato oposto. Vejamos.
É lugar comum a constatação de que o governo possui uma estratégia da acomodação dos conflitos e de amortecimento das lutas. Muitos falam em cooptação dos movimentos sociais e sindicatos. Contudo, ao examinar a realidade, o que se pode observar é que, na medida em que o tempo passa, a estratégia do lulismo produz o exato oposto, ou seja, cada vez mais alimenta o conflito.
Prova disso é o ascenso de greves operárias em curso atualmente, relacionado não à piora no mercado de trabalho, mas justamente ao oposto, ou seja, à melhora (do nível de emprego e renda), permitindo inclusive que mais de 95% dos reajustes salariais situem-se acima da inflação.
Em parte, as manifestações de junho enquadram-se nessa formulação, pois, dentre as causas que levaram o precariado a tomar as ruas, foi determinante o fato de essa fração de classe nutrir expectativas, abertas exatamente pelas opções tomadas pelos Governos Lula e Dilma.

V – Mantendo as condições de sua própria perpetuação
Aqui é preciso fazer um parêntese. Há quem diga que o lulismo esgotou-se. Não só discordo dessa tese, como penso ser o exato oposto. O grande problema do lulismo parece estar exatamente no fato de não ter se esgotado – ou seja, em ter mantido as condições para sua perpetuação. Pois, se o objetivo da estratégia inaugurada pelo governo Lula e levada adiante pelo atual governo é o combate à pobreza e à desigualdade, de modo a incorporar o subproletariado ao proletariado, então como explicar que, passados dez anos, o subproletariado ainda exista e em tão elevado número? (Se levarmos em conta as amostras do Datafolha e Ibope em suas pesquisas de opinião, observaremos que a parte da população que recebe até 2 salários mínimos de renda familiar mensal caiu de aproximadamente 50% em 2002 para 40% em 2013).
O próprio André Singer chama a atenção para isso em seu livro Os sentidos do lulismo (Companhia das Letras, 2010): “o reformismo fraco, por ser fraco, implica ritmo tão lento que, por vezes, parece apenas eternizar a desigualdade”.
De fato, enorme quantidade de pesquisas confirma que a pobreza e a desigualdade estão caindo, mas muito lentamente – e talvez mais lentamente ainda com Dilma. Se o lulismo tem um pecado, esse pecado sem dúvida está na sua longa duração.
Mas é possível ir além na crítica. Passados dez anos, o lulismo não apenas não cumpriu sua missão – incorporar o subproletariado ao proletariado – como tem dificuldade de criar as condições para que, uma vez incorporado, o novo proletariado adquira feições do velho proletariado.
Senão, como explicar que parte substancial dos trabalhadores outrora situados nessa fração (subproletariado) e que se elevaram à condição proletária, estejam hoje submetidos a condições tão precárias de trabalho – como no telemarketing ou na hidrelétrica de Jiraú, só para citar dois exemplos?
Finalmente, e voltando ao ponto inicial desse artigo: Como explicar que, passados dez anos, a percepção social continue sendo marcada pela imagem da indivisão social, bem expressa na figura do despertar do “gigante”?
Essa pergunta, em particular, é tão mais intrigante quando se constata que, paradoxal que é, parecendo jogar contra o conflito, na realidade o lulismo só tem alimentado a polarização social no interior da sociedade. A polarização não só subsistiu sob o lulismo, como aumentou, fruto exatamente das políticas do governo (não há nada melhor representativo da polarização do que a opinião generalizada na classe média sobre o Bolsa Família).
Mesmo assim, não deixou de soar estranho o recado do ex-presidente Lula ao cabo dos protestos: “façam política”. Isso porque a polarização alimentada pelo lulismo nos últimos dez anos, apesar de crescente, parece ter sido despolitizante, ao menos até junho. Assim, o resultado não poderia ser outro: expressão de uma polarização latente na sociedade, fruto da agudização do conflito de classes, os protestos eclodiram escondendo, mascarando e ocultando essa raíz. Em seu lugar, apareceram como expressão do seu exato oposto, ou seja, de uma sociedade homogênea, coesa, harmônica, com motivações e interesses convergentes: contra “tudo o que está aí”.

V – Alerta
Por fim, um alerta: as conseqüências do impasse na estratégia lulista já se fazem notar eleitoralmente. Comparando as intenções de voto no segundo turno da eleição presidencial em 2006 e em 2010, a diferença entre PT e PSDB caiu de 21% (2006) para apenas 6% (2010) na faixa de renda de 2 a 5 salários mínimos de renda familiar mensal, exatamente onde o precariado está inserido. Uma hipótese é que essa diferença esteje associada a um processo subterrâneo, lento e invisível de distanciamento do precariado em relação ao PT.
Reforçam essa hipótese as pesquisas de intenção de voto mais recentes, as quais não mostram um quadro mais favorável. Ao contrário. Segundo o Datafolha (Pesquisa feita entre 7 a 9/8/13), se houvesse segundo turno hoje, nessa faixa de renda (2 a 5 SM de renda familiar mensal) Dilma figura com larga vantagem perante Aécio Neves (50% x 32%), mas já teria sido ultrapassada por Marina Silva (43% x 45%). Além disso, mesmo em relação a Aécio, a vantagem de Dilma é relativa, pois o tucano é ainda pouco conhecidona faixa de renda aqui considerada: 20% declararam não conhecê-lo, 33% conhecem-no “só de ouvir falar”, 29% conhecem-no “um pouco” e apenas 18% conhecem-no “muito bem”.
A considerar estes dados, parece que a inquietude do precariado está levando-o a buscar alternativas eleitorais e, por extensão, políticas – o que não quer necessariamente dizer, alternativas de esquerda.

VI – Justa medida
Contraditório, o lulismo envolve um pacto conservador ao mesmo tempo em que guarda em si uma vocação igualitarista. Mas suas promessas de igualdade só poderão ser realizadas se o lulismo tiver força para superar-se, ultrapassar o impasse inscrito nele mesmo – ou seja, encontrar a justa medida da radicalização. Terá? O tempo corre contra Dilma.

Antônio David é pós-graduando em filosofia na USP e mantém uma página no Facebook para divulgação de pesquisas e análises sobre o Brasil.

domingo, 15 de setembro de 2013

O Império de Hitler - "covardia das potências europeias".


 
Roger-Viollet/Lapi
Paris, 1940: Europa ocidental se dobrou aos desígnios de Hitler e, em vários casos, até o ajudou


                    Em poucos lugares a incompetência dos nazistas manifestou-se de forma mais evidente do que na administração de seu império europeu. O historiador Mark Mazower, no esplêndido O Império de Hitler, mostra que, se o Führer e seus comparsas não tivessem a visão turvada pelo idiotismo ideológico e pela incontornável inclinação para o crime, é possível concluir que teriam conseguido explorar melhor os países conquistados e, eventualmente, ficar em condições mais vantajosas para enfrentar a coalizão que afinal os derrotou.
                   A história é conhecida. Bafejado por uma combinação de sorte, blefe e senso de oportunidade, e contando com a covardia das potências europeias, Hitler construiu seu formidável domínio sobre a Europa em poucos anos, num ritmo alucinante, dando aos nazistas a certeza de que eram apenas um instrumento da História para a transformação radical do mundo segundo a fantasia da superioridade racial.
                 A velocidade do avanço nazista no Leste não foi acompanhada de nenhum planejamento sobre como administrar as conquistas. A volúpia obedecia somente ao imperativo da dominação absoluta, sem jamais considerar a hipótese de permitir alguma forma de autonomia aos dominados – o que talvez conferisse um mínimo de coesão e solidez ao império.
               Hitler, porém, nunca esteve interessado em coesão. Seu governo era conhecido pelo caos, pela superposição de ministérios e órgãos de segurança e pela indefinição de objetivos – salvo a meta de tornar o império “livre de judeus”. Mesmo a chamada “Questão Judaica”, porém, tinha muitas respostas, e sua “solução”, isto é, o extermínio dos judeus, só ficou clara quando os nazistas entenderam que estavam perdendo a guerra.
              Essa confusão política e administrativa se refletiu na relação da Alemanha com os países ocupados por suas tropas. Hitler nunca se mostrou disposto a emular as outras potências imperiais – ele não era movido por um ideal civilizatório nem imaginava a Alemanha como centro comercial da Europa. Seu objetivo, explica Mazower, era apenas fazer dos países atropelados por suas tropas meros fornecedores dos recursos de que os alemães precisavam em seu avanço para o Leste, reproduzindo uma velha obsessão nacionalista germânica.
            Apesar disso, não houve resistência significativa dos europeus ao avanço nazista, com exceção da exemplar luta inglesa. Ao contrário: atingida pela crise econômica dos anos 30 e desencantada com o liberalismo econômico, a maioria dos países do continente aceitou a suserania de Hitler, e muitos trabalhadores europeus desempregados atravessaram a fronteira para oferecer seus serviços aos alemães.
             Hitler perdeu a chance de explorar esse apoio porque só confiava nos alemães, e mesmo essa confiança foi se esvaindo à medida que a guerra se encaminhava para o desastre. O nacionalismo nazista, o mais radical da Europa, era incompatível com qualquer forma de autonomia aos povos conquistados, em especial dos eslavos. A “polonização” do Reich, expressão pejorativa para manifestar repúdio à presença majoritária de poloneses em partes do território alemão, foi objeto de crítica tanto de liberais quanto de conservadores no século 19 – mesmo intelectuais como Max Weber engrossaram esse coro – e muitos, já naquela ocasião, defendiam a deportação de poloneses para acomodar colonos alemães nessas regiões. Hitler não é, portanto, um ponto fora da curva – a diferença é que ele levou a violência contra os eslavos e os judeus ao nível do paroxismo.
              A “Nova Ordem” alemã criada por Hitler para a Europa, portanto, tinha apenas um objetivo: unificar os alemães europeus e ocupar o Leste para dele extrair as riquezas necessárias para a manutenção da Volk germânica. Todas as demais considerações políticas e diplomáticas eram não apenas irrelevantes, mas contrárias aos interesses do Führer – o direito internacional, para ele, era exclusivamente racial.
               Apesar disso, como mostra Mazower, a Europa ocidental se dobrou sem muita dificuldade aos desígnios de Hitler e, em vários casos, colaborou abertamente com o esforço de guerra alemão. A tomada da França foi crucial para isso – quando a grande potência rival da Alemanha capitulou sem luta e se pôs à disposição dos nazistas, ficou claro que muitos europeus, inclusive no Leste, estavam dispostos a aceitar o status quo, tanto para apaziguar seus novos senhores quanto para, eventualmente, tirar proveito da situação. Poder semelhante só foi obtido por Napoleão.
               No entanto, ao destruir as relações comerciais e financeiras da Europa, a título de controlar todos os recursos naturais, Hitler atingiu em cheio o pilar da prosperidade do continente. A pilhagem tornou-se o padrão dos negócios alemães com os países ocupados. O plano de alimentação da Alemanha consistia em fazer os alemães comerem à custa da dieta dos demais europeus. “Eles podem morrer de fome sem problema, desde que nenhum alemão morra de fome”, disse o poderoso ministro Hermann Göring.
              Quando os governos aliados pressionavam Hitler para que explicasse sua visão de futuro para a Europa, o Führer tergiversava. Julgando que poderia ditar os termos da paz quando bem entendesse, o ditador dispensou os diplomatas e ignorou a necessidade de negociar. Como mostra Mazower, ao espoliar tanto os inimigos quanto os colaboradores, graças à sua visão apocalíptica de mundo, Hitler selou sua sorte.

O IMPÉRIO DE HITLER
Autor: Mark Mazower

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Um Rio Grande que avança.

        O resultado do PIB gaúcho do segundo trimestre superou as melhores expectativas, mostrando um desempenho que vai além da simples recuperação da crise da estiagem do ano passado: indica a retomada de um ritmo de crescimento mais elevado do PIB estadual. A economia gaúcha expandiu-se 15,0% na comparação com o segundo trimestre de 2012, um resultado bastante superior ao crescimento de 3,3% em nível nacional. No acumulado do primeiro semestre, a expansão da economia gaúcha foi de 8,9%, também superior ao crescimento de 2,6% da economia brasileira na mesma base de comparação. 
       Uma parte importante deste desempenho deve ser creditada à expansão da agropecuária, mas cabe destacar que a retomada do crescimento não se restringe a este setor. A indústria e os serviços, que no ano passado sustentaram o nível de emprego no Estado, apesar das adversidades provocadas pela estiagem, pela crise na economia mundial e pela desaceleração da economia brasileira, também mostram uma retomada consistente do nível de atividade. 
         No ano passado, a produção da agropecuária no Estado havia caído, no primeiro semestre, 37,5%. Este ano, a agropecuária expandiu-se em 60,1%, alcançando um nível de produção recorde, liderado pelo crescimento de 114,6% da soja. Na indústria, verifica-se um crescimento de 2,0% no acumulado do ano, também acima do crescimento de 0,8% alcançado em nível nacional, com aceleração do crescimento no segundo trimestre.
           Neste período, a produção da indústria de transformação expandiu-se em 4,6%, devido ao bom desempenho de muitas das principais atividades industriais do Estado, com destaque para máquinas e equipamentos (11,5%), veículos automotores (13,8%), fumo (10,7%) e refino de petróleo (27,5%). Nos serviços, o crescimento de 2,8% acumulado no ano também supera o nacional (2,1%), tendo também aumentado o ritmo dessa expansão no segundo trimestre. Neste setor, destaca-se o crescimento de 8,5% da atividade de transportes no segundo trimestre, em linha com a retomada do crescimento nos demais setores. 
       Os resultados do primeiro semestre apontam, sem excesso de otimismo, para um crescimento próximo de 6,0% em 2013, um resultado bastante superior ao nacional, que deverá situar-se em torno dos 3,0%. Este desempenho, coroado pela menor taxa de desemprego medida para as Regiões Metropolitanas do País, sugere uma economia que não está nem pode estar estagnada como certas análises insistem em qualificar, devendo resultar em um crescimento médio superior a 3,0% da economia gaúcha entre 2011 e 2013. Na economia nacional, o crescimento desses três anos deverá situar-se em torno de 2,0% em média. 
         Evidentemente, ainda persistem muitos desafios, como o controle das estiagens através da irrigação, a modernização e a ampliação da competitividade das indústrias tradicionais, a expansão de novas atividades industriais, e a ampliação da capacidade de investimento do Estado, tanto na área social como em infraestrutura. Mas, muito tem sido feito no sentido de avançar. 

João Motta 
Secretário do Planejamento, Gestão e Participação Cidadã

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Paulo Pimenta Presidente.

Pimenta Presidente do PT do Rio Grande do Sul.


                     Paulo Pimenta, nasceu em Santa Maria, é jornalista formado na UFSM. Começou sua trajetória no movimento estudantil, quando foi presidente do DCE da UFSM e vice-presidente da UEE. A partir daí, exerceu dois mandatos de vereador pelo PT em Santa Maria, eleito deputado estadual no RS, vice-prefeito de Santa Maria e eleito três vezes deputado federal em 2002, 2006 e 2010, como deputado mais votado pelo PT no Rio Grande do Sul.
                    Como dirigente partidário, Pimenta foi membro da Executiva Estadual, ocupando a função de vice-presidente durante os anos de 1997 a 1999. 
                Eleito deputado federal, Pimenta foi relator da CPI do Tráfico de Armas, representou projetos de lei como o de Apoio ao Estudante Fies (4945/09), Cidadão Digital (4805/09), Emprego 40 Anos(3.345/04), Responsabilidade Criminal (411/03) e a proposta de emenda constitucional para necessidade do diploma a profissão de jornalista (386/2009). Ao lado do Governador Tarso Genro, teve atuação decisiva para o desenvolvimento do Pronasci Fronteiras, programa voltado especificamente para promover mais segurança e combater o abigeato e os crimes nas áreas rurais das cidades gaúchas. 
                Pimenta quer ser presidente estadual para ajudar a rejuvenescer o PT, colocá-lo em condições de superar os novos desafios, e avançar, com ousadia e determinação!



terça-feira, 10 de setembro de 2013

Salve Setembro de 2013. Ano transformador.

                              Porto Alegre, melhor cidade do Mundo sem dúvida, mas com despedida de inverno, calor de verão, me traz reniti, me da uma espirradeira. Poa útero de todos os gaúchos e gauchas, e eferverscência de nossas façanhas e sirvam elas para sempre, de modelo a toda terra. Obrigado pai velho por ser gaúcho, Canoense, Porto Alegrense e criado a beira do Guaíba, todo o resto que vivi e conheci, é lucro no meu Rio Grande que dinheiro nenhum paga. Não mereço tanto mas ja que estou vivo. Obrigado meu Pai veio. Saudações a todas e todos os "GAÙCHOS" do Rio Grande, do Brasil e do Mundo. Salve setembro, principalmente o de 2013.

Governo aumenta número de leitos do SUS no Estado.


Foto destaque
  • Orçamento para a saúde no RS recebeu um acréscimo de 124% nos últimos três anos

O Rio Grande do Sul aumentou em mil o número de leitos do SUS nos últimos dois anos. Em 2014, o Estado contará com outros mil. "Trabalhamos em diversos municípios com hospitais que estavam com dificuldades e fechando suas portas. A partir do investimento e apoio do Governo do Estado estas instituições se mantiveram funcionando, ampliando e qualificando os leitos. Isso fez com que nós tivéssemos uma situação reconhecida pelo próprio Conselho Federal de Medicina de que, apesar de no Brasil existir uma redução significativa, aqui no RS a curva foi de ampliação de leitos oferecidos à população', explicou o titular da Secretaria Estadual de Saúde (SES), Ciro Simoni, baseado em levantamento feito pela pasta. 

O secretário lembra casos de unidades que, mesmo próximas do fechamento, ampliaram o número de leitos do Sistema Único de Saúde (SUS). "Em Tramandaí, no Litoral, o hospital esteve perto disso. Nós recuperamos e, hoje, está com 150 leitos atendendo à população da região. O Hospital de Caridade de Santa Maria, na região Central construiu um prédio novo, com 130 leitos destinados apenas ao SUS, com o apoio do Estado na contratualização. Além disso, tivemos o Hospital Universitário (antigo Hospital da Ulbra), em Canoas, que ampliou o atendimento ao SUS e tem hoje praticamente 400 leitos, sendo 27 de UTI", ressalta. "Temos aqui no RS uma curva descendente de redução de fechamento de hospitais, pois desde 2011 fazemos um trabalho no sentido de incentivar que nenhum deles feche as portas", explica Simoni. 

Em relação à projeção de leitos para o próximo ano, 140 deverão ser abertos na Serra, em Caxias do Sul. No Noroeste, em Ijuí, devem ser contratualizados outros cem. Em Porto Alegre, o novo hospital da Restinga ofertará uma centena de leitos. Na região Sul, em Pelotas, um novo hospital deve gerar novos leitos, inclusive em UTI - com números ainda em estudo pela SES. 

O orçamento para a saúde no RS recebeu um acréscimo de 124% nos últimos três anos. Em 2010, os recursos previstos para a área eram de R$ 1 bilhão e o orçamento de 2013 prevê R$ 2,2 bilhões. "São estes recursos, assegurados no orçamento da saúde, que possibilitaram que fizéssemos estes investimentos", afirma Simoni. Além do aumento do SUS, investimentos em outras áreas fundamentais auxiliam a qualificação e a supressão de carências do setor, conforme registra a SES. "Na Atenção Básica, por exemplo, houve um grande investimento e esperamos ter, até o fim do ano, 1,5 mil equipes, o que significa uma cobertura de pelo menos 45% em todo o Estado. Também não tínhamos nenhuma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) funcionando em 2010. Hoje temos seis em funcionamento e entre 10 e 12 UPAs que deverão funcionar até o final de ano". Para o secretário, o atendimento nas Unidades reduz a possibilidade de lotação nos hospitais, já que " 90% dos casos conseguem ser atendidos por estas unidades".

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Previsão das mudanças climáticas no Brasil até 2100. - Impactos na agricultura.


Aumento da temperatura por biomas no Brasil (Foto: G1)

Impactos na agricultura - 

Estudos utilizados pelo painel brasileiro para elaborar o relatório de avaliação apontam que as mudanças climáticas reduzirão a produtividade de quase todas as culturas agrícolas existentes no país atualmente. A previsão de perdas econômicas causadas por geadas e secas na agricultura gira em torno de R$ 7 bilhões anuais até 2020.

Previsões científicas apontam que, se nada mudar no cenário de emissões, nos próximos sete anos o plantio de soja perderia 20% de sua produtividade e 24% até 2050. Até este mesmo ano, a área plantada de arroz no Brasil pode retroceder 7,5%, a de milho 16% e o cultivo de algodão pode decrescer 4,7%. A safra de laranja também poderá ser prejudicada por doenças prejudiciais ao fruto.

De acordo com Eduardo Assad, pesquisador da Embrapa e coordenador do Volume que trata sobre "Impactos, Vulnerabilidades e Adaptação às mudanças climáticas", o café-arabica, importante variedade cultivada no país, também poderá sofrer com o calor. Plantado principalmente na região Sudeste (Minas Gerais lidera a produção), este grão não conseguirá se desenvolver em temperaturas acima de 34 ºC, oferecendo risco à expansão da cultura.

Estima-se que até 2050 o clima influencie na perda de 10% de tudo o que for plantado no país. “A alternativa será trabalhar com variedades de café que tenham mais tolerância ao calor”, explica Assad. Apesar dos riscos à agricultura, ele comenta que o setor é o que tem planos de adaptação e mitigação mais avançados até o momento.

Em contrapartida, o calor pode beneficiar a cana-de-açúcar, planta muito resistente ao calor e à seca. A principal mudança no cultivo de cana ocorreria em São Paulo, onde haveria "transferência" da produção da região oeste para o leste do estado.