terça-feira, 24 de setembro de 2013

"Mas é antiga essa coisa de gaúcho veado, né?" - Barbaridade.

            Em entrevista, Jair Kobe, o Guri de Uruguaiana, fala a Rafinha Bastos sobre sua recusa em participar do "Zorra Total"

            Foi publicado na quinta-feira, no canal oficial de vídeos de Rafinha Bastos no YouTube, mais um episódio de sua série 8 Minutos. O entrevistado da vez: o humorista Jair Kobe - sem sua habitual fantasia de Guri de Uruguaiana.
         Na conversa, Jair fala de seu sucesso à frente do personagem e das particularidades que o levaram a escolher o Canto Alegretense para suas encenações:
— Começou com uma esquete onde eu fazia o Guri de Uruguaiana cantando uma paródia da canção Guri. Como eu sempre brinquei que o personagem era ruim de memorizar letra, mas é bom com melodia, ele decorou bem uma letra e sempre canta a mesma. A escolha pelo Canto Alegretense se deu por ser uma música muito representativa do gaúcho.
Ao ser questionado sobre se considerar um representante da cultura gaúcha, Kobe disse acreditar que sim.
— Já ouvi grandes nomes me dizendo: 'Tu é o maior representante da cultura gaúcha', isso porque chega a lugares que o regionalismo nem sempre alcança, como aos jovens, por exemplo. O humor me deu essa possibilidade.
Sobre a comentada recusa de integrar o programa de humor Zorra Total, Jair explicou:
— Realmente fui convidado e contracenaria com os demais personagens. Fiquei honrado, mas sempre deixavam no ar que era um gaúcho homossexual inrustido. Falei: 'Não dá', porque cairia tudo o que criei para o meu personagem — disse.
E acrescentou: — Passou uma semana, 10 dias e a produção me ligou de novo e perguntou: 'Mas é antiga essa coisa de gaúcho veado, né?' E eu respondi, sinceramente: 'Acho uma piadinha de mau gosto, que já deu o que tinha que dar' — explicou.

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