Reunião do partido ocorreu na noite desta segunda-feiraFoto: Serginho Neglia / Divulgação
Em reunião realizada na noite desta segunda-feira, o PSB decidiu entregar os cargos e deixar o governo Tarso Genro. Assim, a sigla adota no Estado postura semelhante à da executiva nacional, que decidiu sair do governo da presidente Dilma Rousseff.
Em seu perfil no Twitter, o deputado José Stédile (PSB-RS) confirmou o resultado da reunião e informou, ainda, que a executiva do partido decidiu pela saída com "quase consenso".
De acordo com o deputado federal do partido Alexandre Roso (RS), a direção da legenda no Estado se reunirá com Tarso nesta terça-feira, com participação do presidente estadual da legenda, deputado federal Beto Albuquerque (RS), para formalizar a decisão de colocar os cargos à disposição.
Apesar de não participar mais do governo, o PSB reiterou que não está tomando essa atitude para migrar à oposição, mas para ter mais liberdade para tomar decisões envolvendo a participação nas próximas eleições.
Deputado estadual da sigla, Miki Breier disse que a reunião foi tranquila e a maioria decidiu por adotar posição imediata diante da resolução da executiva nacional, no sentido de centralizar esforços no projeto da candidatura de Eduardo Campos em 2014:
— Não havia motivo para permanecer no governo se não estaremos o apoiando em 2014. O PSB, de forma coerente, torna-se independente no Estado, não pensando nos cargos que ocupa, mas na disputa da Presidência. Também nos interessa conversar com outros partidos para organizar palanques para as próximas eleições.
À noite, enquanto o PSB ainda debatia o tema, deputados da bancada do PT na Assembleia foram convocados para uma reunião nesta terça-feira com o chefe da Casa Civil, Carlos Pestana, e com o diretor-geral do Daer, Carlos Eduardo Vieira — o departamento é subordinado à Secretaria de Infraestrutura Logística, principal cargo ocupado pelo PSB no governo. A pauta estaria relacionada ao fim da aliança.
Sobre o futuro comando da secretaria, há opiniões diversas no PT, mas duas preponderam. A primeira delas é de que o partido deveria ficar com a pasta, indicando o substituto de Caleb de Oliveira. A outra é de que Tarso poderá passar o comando da secretaria ao PDT, em uma tentativa de se aproximar da sigla, que também estuda sair do governo para lançar candidatura própria ao governo do Estado.
Veja as possibilidades da sigla no Estado para 2014
— A ala mais forte, liderada pelo presidente estadual do partido, deputado federal Beto Albuquerque, defendeu a ideia de sair do governo Tarso Genro. Com isso, a sigla abre a possibilidade de se coligar com PDT, PP ou PMDB na disputa pelo Piratini em 2014, para montar um palanque para o presidenciável Eduardo Campos.
— Grupo representado pelo até então secretário de Infraestrutura e Logística, Caleb de Oliveira, queria manter o apoio a Tarso Genro.
— Uma terceira corrente, da qual faz parte o deputado estadual Heitor Schuch, tinha preferência pela decisão de o partido lançar candidatura própria.
clicrbs.
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