- Orçamento para a saúde no RS recebeu um acréscimo de 124% nos últimos três anos
O Rio Grande do Sul aumentou em mil o número de leitos do SUS nos últimos dois anos. Em 2014, o Estado contará com outros mil. "Trabalhamos em diversos municípios com hospitais que estavam com dificuldades e fechando suas portas. A partir do investimento e apoio do Governo do Estado estas instituições se mantiveram funcionando, ampliando e qualificando os leitos. Isso fez com que nós tivéssemos uma situação reconhecida pelo próprio Conselho Federal de Medicina de que, apesar de no Brasil existir uma redução significativa, aqui no RS a curva foi de ampliação de leitos oferecidos à população', explicou o titular da Secretaria Estadual de Saúde (SES), Ciro Simoni, baseado em levantamento feito pela pasta.
O secretário lembra casos de unidades que, mesmo próximas do fechamento, ampliaram o número de leitos do Sistema Único de Saúde (SUS). "Em Tramandaí, no Litoral, o hospital esteve perto disso. Nós recuperamos e, hoje, está com 150 leitos atendendo à população da região. O Hospital de Caridade de Santa Maria, na região Central construiu um prédio novo, com 130 leitos destinados apenas ao SUS, com o apoio do Estado na contratualização. Além disso, tivemos o Hospital Universitário (antigo Hospital da Ulbra), em Canoas, que ampliou o atendimento ao SUS e tem hoje praticamente 400 leitos, sendo 27 de UTI", ressalta. "Temos aqui no RS uma curva descendente de redução de fechamento de hospitais, pois desde 2011 fazemos um trabalho no sentido de incentivar que nenhum deles feche as portas", explica Simoni.
Em relação à projeção de leitos para o próximo ano, 140 deverão ser abertos na Serra, em Caxias do Sul. No Noroeste, em Ijuí, devem ser contratualizados outros cem. Em Porto Alegre, o novo hospital da Restinga ofertará uma centena de leitos. Na região Sul, em Pelotas, um novo hospital deve gerar novos leitos, inclusive em UTI - com números ainda em estudo pela SES.
O orçamento para a saúde no RS recebeu um acréscimo de 124% nos últimos três anos. Em 2010, os recursos previstos para a área eram de R$ 1 bilhão e o orçamento de 2013 prevê R$ 2,2 bilhões. "São estes recursos, assegurados no orçamento da saúde, que possibilitaram que fizéssemos estes investimentos", afirma Simoni. Além do aumento do SUS, investimentos em outras áreas fundamentais auxiliam a qualificação e a supressão de carências do setor, conforme registra a SES. "Na Atenção Básica, por exemplo, houve um grande investimento e esperamos ter, até o fim do ano, 1,5 mil equipes, o que significa uma cobertura de pelo menos 45% em todo o Estado. Também não tínhamos nenhuma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) funcionando em 2010. Hoje temos seis em funcionamento e entre 10 e 12 UPAs que deverão funcionar até o final de ano". Para o secretário, o atendimento nas Unidades reduz a possibilidade de lotação nos hospitais, já que " 90% dos casos conseguem ser atendidos por estas unidades".
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