terça-feira, 29 de abril de 2014

Rio Grande do Sul é o 9º estado mais promissor da América do Sul


Entre os estados que possuem mais de 4 milhões de habitantes, o Rio Grande do Sul aparece como o 7º mais promissor - Foto: Foto: Pedro Revillion/Palácio Piratini


Um estudo realizado pelo grupo do diário inglês Financial Times considerou o Rio Grande do Sul o 9º Estado mais promissor em todo a América do Sul. O levantamento apontou os 25 “estados de futuro” na região no que diz respeito a investimentos internacionais.

Na lista, o Rio Grande do Sul aparece à frente de Minas Gerais (11º) e Paraná (12º) e entre os brasileiros, só fica atrás de São Paulo – que foi o campeão – e Rio de Janeiro (3º lugar).

A pesquisa fez também recortes nos resultados, levando em consideração a população dos territórios analisados. Entre os “grandes” – aqueles que possuem mais de 4 milhões de habitantes – o Estado aparece ainda melhor colocado, como o 7º mais promissor. Ao todo, foram apontadas as condições de investimento em 237 regiões com governos autônomos na América do Sul (o que inclui capitais como Santiago do Chile e Buenos Aires, na Argentina).

“Estamos bastante entusiasmados. São dados que mostram uma mudança estrutural no perfil econômico do Estado, não apenas fruto de uma conjuntura. Estamos atraindo grandes investimentos, gerando postos de trabalho, diversificando a matriz produtiva investindo em novos setores”, comemora o secretário do Desenvolvimento e Promoção do Investimento, Mauro Knijnik.

O economista da FEE, Alfredo Meneghetti Neto, que estuda há 30 anos a relação entre capacidade de investimento e indução do desenvolvimento do Estado com os resultados econômicos concorda. “Podemos estar assistindo a uma mudança em algumas variáveis que prejudicavam historicamente o Rio Grande do Sul diante de outros Estados brasileiros. Isso traz, sobretudo, um ânimo muito forte às empresas instaladas aqui”, argumenta.

Os critérios utilizados para compor o ranking foram: potencial econômico, capital humano, custo efetivo, infraestrutura, ambiente propício aos negócios e estratégia de atração de investimentos estrangeiros diretos. “Dentro destas variáveis utilizadas, efetivamente, o Rio Grande do Sul tem se mostrado um estado atrativo no Brasil”, avalia Meneghetti Neto.

No primeiro quesito, potencial econômico, o Rio Grande do Sul é o 6º colocado entre os grandes estados sul-americanos. De fato, o crescimento do PIB em 2013 – 5,8% – foi o maior do país, desempenho que Meneghetti Neto acredita que deve se repetir em 2014. “Ao que tudo indica, continuaremos crescendo bem acima da média nacional”, resume.

Também a medição do desempenho das indústrias instaladas em cada unidade da federação colocou os gaúchos no topo do ranking, com um índice de desenvolvimento de 6,8% no ano passado.

No quesito PIB per capita – que mede a qualidade de vida da população – o Rio Grande do Sul alcançou o valor de R$ 27.813,21, um aumento de 5,3% em relação ao ano anterior.

A taxa de desemprego da Região Metropolitana de Porto Alegre é a menor em todo o país (5,6% segundo a FEE e 3,5% na ótica do IBGE). E segundo os dados divulgados essa semana do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o Estado é o segundo maior gerador de novos postos de trabalho no Brasil.

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