Oficializado na manhã desta segunda-feira (22) o início das obras da travessia urbana em Santa Maria. A solenidade transcorreu por volta das 11h, no trecho onde as obras já começaram, próximas ao campus da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra) e à entrada do distrito da Boca do Monte. Autoridades, empresários, políticos e secretários compareceram à atividade, que contou com a presença do ministro dos Transportes, Paulo Passos. Também integraram a solenidade o diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (DNIT), Tarcísio Gomes de Freitas, o deputado federal Paulo Pimenta (PT), o prefeito municipal Cezar Schirmer e o secretário de Infraestrutura e Logística do Estado, João Victor Domingues.
Na ocasião foram assinadas as ordens de início das obras dos lotes 1 e 2 da travessia urbana de Santa Maria. O deputado Paulo Pimenta salientou a importância da obra constar no cronograma de 2015 enquanto obra em execução, para fins de recursos e investimentos. “Santa Maria foi o município que mais recebeu recursos em infraestrutura”, salientou o deputado federal. O ministro Passos reforçou que os trabalhos já iniciam a partir de agora, logo após a assinatura do início das obras. “Não há razão para tirar o pé do acelerador ao final do ano”, afirmou o ministro.
Ainda em novembro, o Dnit entregou à Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) a documentação para a licença de instalação, necessária para o início das obras. A licença inclui a restauração da pista existente, a implementação de pista dupla e das ruas laterais. Além disso, o documento abrange a restauração e construção de obras especiais, como passarelas e viadutos para melhorar o tráfego de veículos e dar maior segurança aos pedestres ao cruzarem as rodovias.
Entre as alterações que serão geradas a partir da conclusão da travessia, Passos citou a intersecção do Castelinho (entroncamento da BR 158 e da ERS 509) para aliviar o trânsito no local; o acesso ao Bairro Cerrito (com a substituição de viaduto); acesso ao Bairro Urlândia (com reforma da passarela); intersecção para Rosário do Sul (entroncamento das BRs 158 e 287), além das pontes para os arroios Cadena, Ferreira e Taquara.
O prefeito Cezar Schirmer salientou que a obra da travessia urbana é uma intervenção sonhada ao longo de décadas. “Não só para Santa Maria, mas para todo o Estado, uma vez que a cidade é um ponto de unificação e referência no Rio Grande do Sul”, ponderou o prefeito.
“Santa Maria é um grande polo rodoviário. Por aqui passam cargas das mais diversas direções. Estas rodovias que passam pela cidade têm um papel fundamental. Queremos oferecer ao povo de Santa Maria uma obra moderna, na qual a circulação de veículos ocorra de maneira tranquila”, explanou o ministro dos Transportes.
O prazo de conclusão para a travessia urbana é de 30 meses após o inicio da obra – a construção deve ser entregue em junho de 2017, embora Freitas pondere que poderá ser entregue antes do prazo final.
300 desapropriações iniciam em janeiro
A ordem de serviço da obra foi dada ainda no passado, porém, alguns transtornos como a complexidade da construção, além de problemas com desapropriações de residências e pontos comerciais ao longo do trajeto, interromperam o desenvolvimento da construção em 2013. Conforme Tarcísio de Freitas, diretor do Dnit, cerca de 300 desapropriações ocorrerão em janeiro de 2015. O trabalho transcorrerá por via de conciliação com os residentes, através de compra assistida ou aluguel social.
O diretor não estima os valores que serão empregados na desapropriação das famílias, pois tudo dependerá das negociações. Porém, Freitas salienta que já existe previsão de recursos para as desapropriações e que a ação não interferirá no andamento da obra. Freitas explica que, no geral, são muitas invasões faixas de domínio, principalmente por concessionárias que estenderam seus pátios ao longo do trajeto. O ministro Passos reforçou que o trabalho deverá ser feito com respeito, levando em consideração as famílias que estão nos locais.
Trecho do Trevo do Castelinho deve ser o mais preocupante
A preocupação da população com relação ao trânsito se confirmará – porém, o diretor do Dnit reforça o pedido de paciência ao santa-mariense, uma vez que toda intervenção causa transtornos até sua conclusão. A promessa das autoridades é de que a conclusão da obra desafogará a malha viária da cidade. “Principalmente em locais com entroncamento, a obra sempre causa transtorno. Mas estão sendo pensados desvios e reposicionamentos, para que possamos fazer o trabalho com menor nível de transtorno possível”, reforça o diretor do Dnit.
Conforme Freitas, as maiores intervenções estarão concentradas em nove quilômetros dos 14,5 totais que estão previstos em ambos os lotes. O diretor do Dnit prevê que o trecho do lote 1, no Trevo do Castelinho, será o mais complicado. “Será uma obra de três níveis e com um fluxo já intenso de automóveis nesse trecho. Desviar o trânsito é difícil e terá que ser feita uma intervenção coexistente com esse fluxo intenso”, relata Freitas.