A divulgação de um trecho de uma entrevista do candidato José Ivo Sartori (PMDB) ao Portal Terra, nesta segunda-feira, causou enorme polêmica nas redes sociais, levando as campanhas do peemedebista e do PT, de Tarso Genro, a divulgarem notas oficiais, o mesmo acontecendo com o Cpers. Na entrevista, que ganhou versões na Internet. Sartori é questionado sobre o piso do magistério e, sua resposta, editada de inúmeras maneiras em postagens na Web, pode ser interpretada de maneiras distintas por quem a assiste.
Numa das interpretações, editada pela campanha de Tarso, o trecho da entrevista foi reduzido a 27 segundos, transformando-se em vídeo viral no decorrer da tarde. “Sim, o piso... eu vou lá no Tumelero e eles te dão um piso melhor. Lá tem piso bom...”, comentou, arrancando risos dos entrevistadores. A versão provocou outras postagens, algumas, acompanhadas de comentários críticos, outras de citações mais agressivas.
Diante da repercussão, a campanha do PMDB divulgou nota dando sua versão sobre o ocorrido: “A campanha esclarece que o candidato José Ivo Sartori, que também é professor, teve um trecho de 27 segundos de uma entrevista de 54 minutos retirada de um contexto onde ele fazia referência à promessa não cumprida de pagamento do piso salarial dos professores”. No texto, Sartori pede desculpas pelo mal-estar causado e reforça o respeito pelos professores, “lembrando que quem não respeita o magistério é o Tarso, que assinou a lei e não cumpre ao não pagar o piso aos professores”.
Em resposta, a direção de campanha do PT afirmou que, em sua manifestação, Sartori tenta transferir responsabilidade de uma “declaração infeliz”. “Sartori foi extremamente desrespeitoso sobre antiga reivindicação dos professores. Isso não é assunto para piada. Quem tem que dar explicações é Sartori, que sequer se compromete a pagar o piso, caso fosse eleito. Esse episódio desnuda o personagem incapaz de fazer ataques”, avaliou Carlos Pestana, coordenador da campanha de Tarso.
Diante da repercussão, a entidade dos professores também se pronunciou por nota. “O Cpers manifesta estranheza e preocupação com o modo pelo qual o candidato tratou o tema do piso salarial dos educadores (...). Acreditamos que esse tema não deve ser objeto de chacota ou brincadeiras por conta de quem tem responsabilidade de propor alternativas para qualificar a educação e valorizar o trabalho dos professores e dos trabalhadores em educação”, expressou a nota.
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