segunda-feira, 15 de abril de 2013

Adeus a um padre exemplar, cidadão respeitado por toda comunidade do Vale do Jaguari.



Agudense nascido em Rincão do Pinhal Padre Nélson Friedrich foi empossado como Pároco de Jaguari em 1957 de lá nunca mais saiu, mesmo depois de passar ao missão paroquial à seu sucessor, em 2005. 


Luta de mais de cinco décadas 
Jaguari não era a mesma de hoje em dia quando o padre Nelson Friedrich, então com 38 anos, chegou por lá, em 1957. Foi “no lombo” de uma caminhonete Ford que ele começou a percorrer a comunidade, em busca de crianças para batizar, de casamentos para fazer e de pessoas para catequizar. Lá se vão 53 anos de muito trabalho em prol não só da religião católica, mas da comunidade como um todo. Mesmo com 91 anos, padre Nelson – o mais velho da diocese – não perde a energia, menos ainda a sua fé.
– Faço questão de rezar algumas missas, de visitar os hospitais, de ajudar a igreja à medida do possível. Já não sou mais um jovenzinho, mas não consigo ficar parado – afirma padre Nelson.
Segundo o religioso, quando ele chegou em Jaguari, tentou dar uma ajuda para que os moradores tivessem uma vida melhor.
– Eu negociava com os criadores de gado de Ijuí, para comprar vacas de leite para quem morava em Jaguari. O gado chegava de trem, e eles iam pagando como podiam – conta o padre.
Questionado sobre se nunca pensou em ir para outra cidade, Nelson – que decidiu ser padre aos 11 anos – conta que, quando fez 75 anos, colocou o cargo à disposição do bispo emérito de Santa Maria dom Ivo Lorscheiter.
– Ele disse para eu ir ficando aqui que, quando precisasse, me chamaria. Espero que ele não precise de mim tão cedo – brinca.
14/08/2010 | N° 2579 – Diário de Santa Maria


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