Uma das oito maiores forças políticas da Câmara dos Deputados, o PDT deve ser o partido mais prejudicado pelo troca-troca partidário provocado pela criação, na última semana, de duas novas legendas: o Solidariedade e o PROS. Segundo cálculos da própria sigla, sete dos 26 deputados federais pedetistas devem migrar para as dua s novas agremiações políticas do país.
Se confirmadas as previsões do PDT, seis de seus parlamentares na Câmara devem se transferir para o Solidariedade, partido recém-criado pelo deputado Paulo Pereira da Silva (SP), ex-integrante da legenda. Presidente da Força Sindical, Paulinho deve atrair para sua sigla parte significativa do diretório paulista do PDT. Já o PROS deve ser o destino de ao menos um deputado federal pedetista: Salvador Zimbaldi (SP).
A defecção pedetista pode ser ainda maior se a Justiça Eleitoral autorizar a criação da Rede Sustentabilidade, sigla da ex-senadora Marina Silva. Os deputados Miro Teixeira (PDT-RJ) e Reguffe (PDT-DF) estão de mala prontas para desembarcar na legenda de Marina caso os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) autorizem o registro da agremiação antes do dia 5, data-limite para transferências partidárias a tempo de disputar as eleições de 2014.
Presidente nacional do PDT, o ex-ministro do Trabalho Carlos Lupi reclamou ao G1 da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que, em 2012, assegurou maior tempo na propaganda eleitoral de rádio e TV às legendas neófitas, proporcional a suas bancadas federais. Na visão de Lupi, os ministros da Suprema Corte oficializaram a "traição" partidária.
"É a traição oficializada. Se você trair com um velho amor, não pode, agora, se for com um novo, pode. É o que está acontecendo. Todos os partidos novos podem trair", ironizou
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