As investigações – que englobam agências estatais e federais dos EUA e um esforço pan-europeu – podem fazer com que a empresa enfrente anos de batalhas legais
Nova York – Reguladores nos Estados Unidos e na União Europeia (UE) investigam o gigante de buscas Google por suspeitas de que a companhia ignorou configurações de privacidade de milhões de usuários do navegador da Apple, o Safari, de acordo com o jornal The Wall Street Journal, que citou fontes. O Google interrompeu a prática no mês passado após ser contatado pelo diário.
As investigações – que englobam agências estatais e federais dos EUA, bem como um esforço pan-europeu liderado pela França – podem fazer com que o Google enfrente anos de batalhas legais e receba multas pesadas por violações de privacidade. Em fevereiro, o jornal americano informou que o Google estava usando um código especial para instalar pequenos arquivos de rastreamento, os chamados “cookies”, nos computadores, iPhones e iPads de algumas pessoas, mesmo se os dispositivos fossem definidos para bloquear esse tipo de rastreamento.
“Vamos, obviamente, cooperar com as autoridades para elucidar as questões”, disse uma porta-voz do Google. “Mas é importante lembrar que nós não antecipamos que isso ocorreria, e temos removido esse tipo de rastreamento dos navegadores Safari.”
Nos EUA, a Comissão de Comércio Federal examina se as práticas do Google violaram uma resolução judicial com o governo no ano passado na qual a companhia prometia não “deturpar” suas práticas de privacidade para os consumidores, segundo fontes próximas às investigações. A multa por dia por não respeitar o acordo é de US$ 16 mil para cada violação. Como milhões de pessoas foram afetadas, qualquer multa pode ser elevada rapidamente, dependendo do modo como for calculada. A comissão se recusou a comentar o assunto.
Na Europa, uma comissão francesa acrescentou o imbróglio sobre o Safari à sua investigação sobre as mudanças de política de privacidade do Google. A comissão é a mesma que no ano passado impôs uma multa de US$ 130 mil à empresa americana por ela ter armazenado senhas e outros dados pessoais no momento em que seus veículos juntavam informações para o serviço de mapa Street View. Na época, o Google se desculpou e disse que apagaria dos dados coletados. As informações são da Dow Jones.
Fonte – http://exame.abril.com.br
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