Quem não é de Santa Maria, talvez não esteja entendendo o porquê de tamanha comoção. A questão é que Santa Maria não é apenas uma cidade, é uma fase na vida de boa parte dos gaúchos.
Santa Maria é uma cidade onde muita gente se descobre adulto. Deixamos a casa dos pais e acabamos fazendo amizades com uma facilidade imensa, porque todo mundo se sente meio órfão em Santa Maria.
É aqui que vivemos com estes amigos as histórias que não poderemos contar para os nossos filhos, mas que com certeza lembraremos para sempre. É onde conhecemos as melhores pessoas que levaremos para a vida, muitas destas perdidas nessa tragédia.
Aqui o desconhecido do início da festa se torna amigo de infância até o final da noite. Uma cidade onde é difícil ficar sozinho, porque em qualquer lugar que se vá, algum conhecido da faculdade estará por lá. Aliás, a impressão que tenho é que o mundo é uma porção de terra ao redor de Santa Maria, porque é incrível como sempre encontramos um santa-mariense, seja lá qual dos cantos do planeta estejamos.
Santa Maria é uma cidade onde se pode sair com 2 pilas no bolso e voltar bêbado para casa, porque sempre surgem copos de cerveja durante a madrugada. É aqui que conhecemos um bando de loucos que daqui uns anos serão profissionais das mais diversas áreas pelo país todo, afinal, aqui todo mundo é universitário.
Santa Maria é uma cidade pequena com cara de cidade grande, ou uma cidade grande com o sentimento de uma cidade interiorana. O que fica disso tudo é que, deveras, Santa Maria é a cidade coração do Rio Grande.
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