Com a casa cheia, o centro de eventos do Hotel Plaza São Rafael abrigou, ao longo desta terça-feira (17), a maior reunião de coordenadores e gestores de todas as regiões de atuação do Governo do Estado do Rio Grande do Sul. Mais de mil agentes participaram do IV Seminário de Agentes Regionais de Governo, encontro culminante da sequência de agendas conduzidas pela Secretaria-Geral de Governo ao longo de 2013 no interior do Estado.
A reunião, aberta pelo governador Tarso Genro, consolidou um amplo balanço da gestão estadual, além de compartilhar dados sobre a percepção social dos projetos estratégicos e alinhar prioridades para 2014. Secretários estaduais e representantes dos partidos da coalização também participaram do encontro.
Durante a manhã, o secretário Vinícius Wu apresentou um resumo do andamento dos projetos considerados estratégicos para o desenvolvimento econômico e social do Rio Grande do Sul. De acordo com o titular da Secretaria-Geral de Governo (SGG), 70% dos projetos contam com níveis satisfatórios de execução. O Estado chega a dezembro de 2013 com R$ 1,6 bilhão em recursos executados de uma previsão orçamentária de R$ 5 bilhões destinados à carteira de projetos.
Em 2014, a previsão é executar mais do que o montante investido na soma dos três primeiros anos. "Muitos dos projetos com dificuldades de execução tiveram seus entraves superados neste período. É, portanto, absolutamente realista projetarmos para 2014 uma execução muito superior à que tivemos até aqui", afirmou Wu, que vislumbra R$ 4,2 bilhões de aporte aos projetos estratégicos no próximo ano.
Retomada do crescimento
O governador Tarso Genro destacou os avanços conquistados pelo conjunto da gestão ao longo dos três anos de trabalho, com atenção especial à reestruturação do Estado e à retomada do desenvolvimento econômico e social. "Quando assumimos, o Rio Grande do Sul vivia uma crise de paroquialismo institucional que se refletia em uma imobilidade sobre as grandes questões do Estado", afirmou. "Nós aceitamos o desafio e superamos a visão de que, para superar a crise, era preciso suprimir investimentos".
A avaliação positiva do governador é ancorada em números. Sem aumentar impostos, o governo elevou sua arrecadação em 5,5%, além de liderar a mobilização política que resultou na renegociação da dívida com a União, iniciativa que poupará aos cofres estaduais R$ 1 bilhão por ano até 2027, quando o montante devido será quitado. Já o PIB acumulado do Rio Grande do Sul em 2013 deve crescer mais do que o dobro do Brasil, segundo projeções da FEE.
Tarso também contrastou o desempenho da gestão com os compromissos assumidos no Programa de Governo e na Carta aos Gaúchos. "Não há setor algum da sociedade com o qual não tenhamos diálogo. O limite para as negociações é o nosso programa de governo, e nenhum dos compromissos assumidos deixou de ser atendido. Estamos tirando o Rio Grande do Sul da letargia", concluiu.
Também apresentaram balanços de suas secretarias os titulares Marcelo Danéris (Conselhão), Carlos Pestana (Casa Civil), Luis Augusto Lara (Trabalho e Desenvolvimento Social), João Ferrer (Comunicação), João Motta (Planejamento), Airton Michels (Segurança Pública) e Maria Eulália Pereira (secretária adjunta de Educação).
Representando os partidos da coalização, falaram Mari Perusso (adjunta da Casa Civil), Luiz Carlos Busato (Obras Públicas e Desenvolvimento Urbano), Abgail Pereira (Turismo), Cajar Nardes e Valdeci Oliveira. Por fim, o professor Rogério Sobreira, da Fundação Getúlio Vargas, e o diretor-presidente da FEE, Adalmir Antônio Marquetti, apresentaram diagnósticos da estratégia e do desempenho da economia gaúcha em 2013.
Nenhum comentário :
Postar um comentário