sexta-feira, 30 de novembro de 2012

"cassação de Schirmer, Farret, Cláudio Rosa e Maria de Lourdes"


EXTRA. Ministério Público Eleitoral quer a cassação de Schirmer, Farret, Cláudio Rosa e Maria de Lourdes

POR CLAUDEMIR PEREIRA EM 30/11/2012 18:20 | 14 COMENTÁRIOS |COMENTE!

São casos diferentes. Um envolve o prefeito, o vice e Cláudio Rosa. O outro,Maria de Lourdes Castro e um professor da UFSM. Os detalhes chegam em duas notas produzidas e distribuídas pela assessoria de imprensa do Ministério Público. Confira a seguir, as duas, na íntegra:

Ministério Público Eleitoral entra com ação contra representantes da Prefeitura de Santa Maria

O Ministério Público Eleitoral entrou com ação contra o Prefeito de Santa Maria, Cezar Augusto Schirmer, o Vice José Haidar Farret, o Vereador Cláudio Francisco Pereira da Rosa, o Partido do Movimento Democrático Brasileiro- PMDB e a Coligação Santa Maria no Ritmo do Progresso.

Durante o período eleitoral deste ano, foram realizadas obras em uma área particular invadida, conhecida por ocupação “Altos da Lorensi”, localizada no Município de Santa Maria. A área privada pertence à família Lorensi, que há anos busca na justiça reaver a propriedade. Schirmer e Farret, na época, candidatos a reeleição aos cargos de Prefeito e Vice, respectivamente, cederam, em benefício de suas candidaturas, bem como do partido político e da coligação representada, a utilização de servidores e máquinas pertencentes à Prefeitura Municipal de Santa Maria para a abertura de ruas e colocação de luminárias.

Na ocasião, o Vereador Cláudio Francisco Pereira da Rosa distribuiu panfletos aos moradores do loteamento alegando ter solicitado ao Prefeito Cezar Schirmer melhorias no loteamento, e que o Prefeito teria determinado ao Secretário de Infraestrutura e Serviços, Tubias Calil que fizesse as obras.

Caso sejam condenados, haverá pagamento de multa por cada um deles além da cassação do registro que dará a perda na vitória das eleições.

Ministério Público Eleitoral pede cassação de vereadora e aplicação de multa

O Ministério Público Eleitoral entrou nova ação judicial contra a vereadora Maria de Lourdes Ramos Castro, o Professor Assistente do Curso de Direito da Universidade Federal de Santa Maria Paulo Ricardo Inhaquite da Costa, o Partido do Movimento Democrático Brasileiro – PMDB e a Coligação PMDB-PR-PSC-PV.

No dia 4 de outubro deste ano, em sua campanha eleitoral, a vereadora esteve na Universidade Federal de Santa Maria durante a aula do Professor Inhaquite da Costa no Curso de Direito no turno da manhã e noite. Na ocasião ela falou sobre suas propostas políticas, pediu votos e distribuiu propaganda eleitoral sendo que a Legislação Eleitoral proíbe propaganda eleitoral nos bens públicos e/ou de uso comum.

O Ministério Público Eleitoral solicita o pagamento de multa por cada um deles e, no caso da vereadora, também a cassação do registro. Já há audiência designada para o dia 5 de dezembro do corrente ano.”

Salvem o Olímpico Monumental.


"Gremistas coerentes respeitem sua história, não abandonem o palco de suas façanhas.

         Uma comunidade constrói a história se orgulha ou não e passa para seus herdeiros as glórias ou fracassos de espaço, tempo e conquistas festejadas ou odiadas. 
         Roma dos italianos espetaculares como os Judeus e os Gregos, raízes de nossa cultura, lamparina da cultura ocidental mantém seus tesouros Arena, Coliseu, Templo de Atenas, teatros por mais de 2000 anos, fontes de riqueza, trabalho futuro estabelecido em suas glórias, virtudes, conquistas originalidade que faz o mundo referendar suas atitudes contemporânea, graças a Deus. 
      O Grêmio Futebol Porto Alegrense, Por motivo$, ainda não bem compreendido$, vai colocar quantia de explo$ivo$, e vão tran$formar em pó, um cenário da hi$tória contemporânea da Azenha, do Menino Deu$, Cavalhada, Ipanema, Guarujá, Re$tinga, Belém Novo, Canoa$, E$teio, CaxiaS,.........SC, PR......do Brasil e do Mundo, $em e$plicação. 
Não tenham dúvida, vejo seguido a Arena, uma obra bem feita, orgulho de todos que trabalharam, orgulho dos porto-alegrenses, gaúchos, colorados ou gremistas, uma obra transformadora. 
       Mais o Olímpico, sonho, projeto, esforço, obras quase prontas, Olímpico total, títulos e jogos memoráveis, gritos, crianças, juventude, namoros, casamentos, bodas de zinco, prata, bronze, ouro, diamante, isto não vale nada? Tchê a História não vale de nada os gritos de goolllllllll, éeeee campeão, uhhhhhhh, vão para os cemitérios. Isto é intolerável. 
        Uma comunidade que não respeita sua história, não respeita o sol que o desperta, o ar que lhe equilibra, tem que ser não sei. 
       PELO RESPEITO À HISTÓRIA DA AZENHA, DE PORTO ALEGRE, DO RIO GRANDE DO SUL, DO BRASIL, DA AMERICA E DO MUNDO, não implodam o olímpico casa dos IMORTAIS.
          Um templos para todos nós gaúchos."

-Tide Lima, colorado.

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

"Olímpico Monumental". Dinamite GRENAL

Publiquei dois meses antes, previsão certeira. 
Vou reposta la para começar a prever os primeiros passos desastrosos na libertadores.


Postagem - Prestem muita atenção. Reflexões ou profecias?




O último jogo do campeonato brasileiro será o "Gre - Nal."

O último gre-nal do ano, no Olímpico último de sua existência.

O gre-nal qua apagará as luzes na Azenha.

O gre-nal que tirará a classificação do G2 do mosqueteiro.

O gre-nal do século.

Quero perder todos os jogos de goleada até o gre-nal.

Papai Noel, o bom velhinho é vermelho e branco.

O ano de 2013 e do animal é cavalo crioulo, negro, negro é o Saci, Saci é colorado. 

Que venha o Grenal do século.



Governador visita 14 cidades na próxima semana para apresentar balanço

O Governo do Estado iniciará, na segunda–feira (03), a Semana de Interiorização, uma versão itinerante das atividades de integração e comunicação realizadas, desde 2011, em todo o Rio Grande do Sul, pelo Executivo estadual. Liderada pelo governador Tarso Genro, uma caravana de secretários e gestores percorrerá, a bordo de um ônibus, mais de 1,7 mil quilômetros, no intervalo de seis dias, para realizar atividades de prestação de contas e visitações a obras em 14 municípios do Interior.



Além de aproximar o núcleo de gestão e a sociedade gaúcha, o roteiro, de acordo com o chefe de Gabinete do Governador, Vinícius Wu, marca o momento de transição vivenciado pelo Governo estadual. "Nestes dois anos trabalhamos para retomar a capacidade de investimento e recuperar as funções públicas do Estado. Chegou a hora de iniciar um novo ciclo de desenvolvimento econômico e social, pois 2013 será o ano dos resultados", avaliou Wu. "Essa nova fase se inicia com um diálogo franco e transparente. O governador vai detalhar projetos nas principais áreas e mostrar o que está sendo feito para preparar o Estado para o futuro", completou. 


Entrega de equipamentos públicos e certificados do Pronatec, assinatura de contratos, roda de leitura, encontros com empreendedores e vistorias a escolas em reforma e hospitais regionais são algumas das atividades previstas. Um dos destaques é a Interiorização de Governo em Frederico Westphalen, que ocorrerá, a partir das 9h, do quarto dia da viagem (06). Além da cobertura em tempo real nas redes sociais e no site do Governo do Estado, a população poderá acessar o mapa interativo de prestação de contas por meio do endereço www.prestacaodecontas.rs.gov.br. Na ferramenta, disponível a partir do dia 3, será possível visualizar informações regionalizadas sobre obras, projetos e investimentos em todo o RS. 


O itinerário terá início em Porto Alegre, às 8h45, quando Tarso Genro apresentará o mapa da prestação de contas e o roteiro da semana, em coletiva de imprensa, no salão Negrinho do Pastoreio. Da Capital, a caravana se dirige a Campo Bom, Carlos Barbosa e Caxias do Sul ainda no primeiro dia. A agenda segue até 8 de dezembro, quando a comitiva retorna a Porto Alegre e integra o Mutirão Social no Campo da Tuca. Ao término de cada atividade, coletivas de imprensa direcionadas aos veículos locais serão realizadas em frente ao ônibus. 


Confira o roteiro previsto para a Semana de Interiorização: 


1º dia – 3 de dezembro 
8h45 – Porto Alegre – Coletiva de Imprensa – Apresentação de Mapa da Prestação de Contas e do roteiro no Salão Negrinho do Pastoreio 
11h – Campo Bom 
13h30 – Carlos Barbosa 
16h – Caxias do Sul 


2º dia – 4 de dezembro 
10h30 – Campestre da Serra 
14h30 – Vacaria 
15h30 – Sananduva 


3º dia – 5 de dezembro 
9h – Passo Fundo 
15h – Lajeado do Bugre 
17h30 – Frederico Westphalen 


4º dia – 6 de dezembro 
9h – Frederico Westphalen 
16h – Tupanciretã 


5º dia – 7 de dezembro 
8h45 – Santa Maria 
14h30 – Bagé 
16h – Hulha Negra 


6º dia – 8 de dezembro 
8h30 – Pelotas 
10h30 – Porto Alegre



Mais informações em:

Nós, o povão.




        A Elite reacionária comandou este país por 480 anos. Durante estes anos todos, mantiveram o nosso Brasil em total atraso. Endividavam-se no exterior e mandavam a conta para o povo brasileiro pagar(querem o maior exemplo disto, leiam sobre o famoso Acordo de Taubaté).
              Getúlio 19 anos, Jango 3 anos, Lula 8 e Dilma 2 anos somam a
penas 32 anos de governos progressistas, onde nós, o povo começamos a respirar. Precisamos de no mínimo mais 450 anos no poder para varrer esta elite carcomida, que não se conforma em estar longe do poder, que não se conforma em ver pobres entrando nas faculdades que sempre foram feudos dela, que não se conforma em ter que pagar um salário justo para as suas "escravas domésticas", que não se conforma em ver o sofrido povo nordestino voltando para os seus torrões depois de anos segregados à escravidão legalizada, imputada a eles pela elite reacionária sulista...Enfim, que não se conforma principalmente por sentir que não pode mais botar o buçal no povo e não se conforma que um nordestino pobre, trabalhador, sem canudo de intelectual, foi quem ensinou a nós, povo, que teríamos que corcovear e não aceitar mais este buçal. 
Hoje elles querem nos derrubar pelo tapetão do STF...No passarán. Plim Plim. Getúlio, Jango, Lula e Dilma: 
             A elite os odeia mas nós, o povão. os amamos. 



Lucio Flavio Lautenschlager
Santa Maria RS.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

"A expressão Grenal é Grenal."

"Grenal é Grenal"



      “A expressão Grenal surgiu em 1926, quando o jornalista Ivo dos Santos Martins (torcedor do Grêmio), cansado de ter de escrever por extenso os longos nomes dos dois clubes, criou o termo. Já o ex-governador do Rio Grande do Sul e patrono do Internacional, Ildo Meneghetti, definiu o clássico de forma tautológica:‘Grenal é Grenal’”
    E Grenal é sempre uma batalha para os gaúchos. Agora com os dois times fora da Libertadores, é considerado mais do que nunca uma copa do mundo. O Tricolor tem uma vantagem, ganhou o último jogo no Beira-rio, mas, ainda não pode se considerar campeão gaúcho.
      Esse duelo de gigantes mobiliza torcedores de todo o estado, ganhar o gauchão é bom, mas ganhar do maior adversário tem um gostinho muito melhor.
     Desde o primeiro confronto até o do próximo domingo serão 387 grenais disputados. É uma longa história de rivalidade, o primeiro foi o grenal dos 10 a 0, depois veio o grenal 11, grenal Farroupilha, grenal dos 6 a 0, grenal dos 7 a 0, grenal de inauguração do estádio Olímpico, tiveram os grenais no campeonato brasileiro, grenal que aposentou o uniforme do Inter, grenal do Ronaldinho gaúcho, entre tantos outros granais.
     O grenal para definir o campeão gaúcho de 2011, poderá ser lembrado daqui há um tempo como o grenal dos ídolos, de um lado Renato Portalupi, de outro, Paulo Roberto Falcão, ambos querendo a mesma coisa, ambos adorados por seus torcedores e certamente ambos extremamente apreensivos. A verdade é que o Inter tem mais vitórias em grenais e diga-se de passagem em grenal não tem favorito, mas o tricolor além da vantagem de ter ganhado o ultimo jogo no Beira-rio, tem o apoio incondicional de sua torcida. No domingo teremos casa lotada. Falcão e Portalupi acreditando em seus jogadores e a torcida acreditando nos times sob o comando dos ídolos.
       Sem favoritismos a final “Grenal é Grenal”.!

http://belanaarea.blogspot.com.br/2011/05/grenal-e-grenal.html

"INÍCIO, MEIO, FIM E A FELICIDADE"


CRÔNICA DO INÍCIO, MEIO, FIM E A FELICIDADE

Me fizeram acreditar que era, cresci assim, que vou fazer?
Eram dois mundos longe, tão longe que não se tocavam…
E se, se tocavam, era o Caos perfeito, tão lindo, tão lindo!
Era sangue, era arte, era coração e grito. Tanto energia que dava vontade de entrar.
Mas os tempos mudam, tudo muda, quase vai e nunca foi…
Tamanho o caos, as pessoas evitavam os tais… templos em dia de… festa?
O que antes era belo, excedeu… O caos da alegria virou um caos de violência… Por pura inveja…
Mas não é esse o ponto, mas outro. Um momento sublime, o maior paradoxo que este pequeno mundo vermelho e azul jamais viu!
Algo até profético, lindo de mais pra os ouvidos, mas não demais para o coração… E as palavras se seguem:

“Um dia, um ato.
Quando um parte, o outro nasce.
Quando um nasce, o outro parte, ruí.
E, assim, se une o que antes era separado.
E se espera que, do caos, se venha a paz, o amor.”
Pensamento de um caminhante sobre a Arena e o Olímpico.

Estevan Dorneles Cruz

O Carancho# "partido do paulo"


      Lembra-se de alguma vez na vida ter sido procurado por integrantes de um partido político que tenham te proposto uma filiação partidária. Lembra de alguma vez terem te oferecido um programa do partido para que o tenhas em casa e o leias quando quiseres?
   Neste ponto, o partido do paulo (o maluf, claro), é muito mais eficiente. Já possuía um público-alvo. De fazendeiros, de pequenos agricultores, de latifundiários. Já existia uma estrutura que os agregava, um sindicato rural, uma cooperativa agrícola. Bastava apenas reunir o anseio desta classe com o discurso do partido. E isto foi feito. Se vão realmente defender estes interesses, bom, aí é outra história.
       Ou tu és daqueles que acha que asfalto é mais importante que água tratada? Que asfalto é mais importante que esgoto sanitário tratado. Mais importante que saúde pública eficiente e de resultados. Mais importante que creches, que escolas, que hospitais?
Os recursos financeiros advém dos nossos tributos. O governo não fabrica dinheiro, apenas o administra. Nós é que temos de dizer-lhes onde aplicá-los.
     Agora, ficar aí feito tolos deslumbrados, com meia dúzia de ruas asfaltadas enquanto grande parte das vias públicas não tem nem calçamento, é pensamento servilista. É olhar a realidade com lentes coloridas.
       Temos muito o que crescer para sermos dignos da palavra CIDADÃOS.
       Bom, termino por aqui. O discurso tá ficando enfadonho e repetitivo. Começa a dar dor de cabeça. Pensar dá dor de cabeça, não dá. Outra coisa, para finalizar. Até quando vou incomodar vossas cabecinhas? Até quando o Tide aguentar. E isto eu não sei quando será.    .       Só ele sabe!


O Carancho# (agora ficando famoso)"

terça-feira, 27 de novembro de 2012

" "Famoso" O #Carancho#".

       ..."Deixando de lado um pouco as intrigas já que parece, estamos passando por uma fase angelical, fraterna, amiga e cooperativa entre os cidadãos na cidade, vamos ao que interessa. Parece, se não estou enganado, que até a incidência da Maria da Penha diminuiu. Os covardes nem estão batendo tanto nas companheiras. Só um pouquinho, claro. Prá não ficarem mal acostumadas!
         Soube que o carancho tá ficando famoso e que tem até uma lista de apostas para saber quem ele é e coisa e tal.
          O carancho é como o zorro. Lembram do zorro?
         Só que o zorro era um justiceiro e fazia justiça com as próprias mãos. O carancho, não. É de paz. De amor. Construtivo. Amigo dos amigos. Apenas tem um grave defeito. Não aceita algumas verdades postas como sendo verdades irrefutáveis, inquestionáveis.
         O carancho já falou e não custa repetir que pra ele existem diversas verdades, a saber: a minha verdade, a tua verdade e a verdade-verdadeira.
       A verdade-verdadeira não é nem a minha, nem a tua. Talvez tenha um pouco da minha, um pouco da tua. Talvez! Existem também outras verdades: a dele, a daquele outro, do outro etc.
     Quem quiser retroceder um pouco e conhecê-lo um pouco mais, fique à vontade. Este pseudônimo foi batizado há cerca de um mês e meio no blog do Tide. Lá, na primeira intervenção, foi colocado alguns fundamentos principiológicos que orientariam a sua atuação.
Vocês poderão perguntar: mas por quê no blog do Tide? É por quê ele é PT?
      A resposta é não. O carancho é, politicamente falando, muito mais à esquerda que a maior parte dos petistas.
        Então por quê?
        É simples.
       Também já tive a oportunidade de explicar. Vocês não prestaram atenção …
     É porquê este blog é democrático. Já devem ter percebido isto, como eu percebi. Até quem não tem muito a falar, fala. Até ofensas ficam gravadas para todos verem. Até palavrões escritos por adolescentes (ou aborrecentes?), ficam publicados. E aí eu pergunto: alguém lembra do que eles falaram, quais palavrões falaram? Ninguém lembra. O nada, esvai-se. Vira pó. Ninguém lembra … esfumaça-se!
      E por quê o carancho sempre defende que, na política, tenha-se tantos candidatos quantos forem os partidos? Por quê isto é da essência da política. Qual partido não deseja isto?
      Então por quê preferem fazer frentões? Ora, meu caro, a resposta é simples.
     Por preguiça. Por não quererem fazer o dever de casa. Querem o bônus mas não querem o ônus!
     Perceba. Agora, aproxima-se a data das eleições. Dentre outras anomalias, surgirão blogs à vontade. Mas não iluda-se. Passadas as eleições, os blogs fenecem. Extinguem-se. Acabam.
    E qual o dever de casa que 'esquecem' de fazer. Aquele, permanente, contínuo, do dia a dia, mês-a-mês, ano-a-ano. Da conquista do eleitor. Da conquista dos quadros partidários. Da filiação partidária. SEGUE EM OUTRA POSTAGEM NÃO COUBE NO ESPAÇOResponderExcluir

Músicas e mulheres.

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Década de 30: 
Ele, de terno cinza e chapéu panamá, em frente à vila onde ela mora, canta: "Tu és, divina e graciosa, estátua majestosa! Do amor por Deus esculturada.


És formada com o ardor da alma da mais linda flor, 
de mais ativo olor, na vida é a preferida pelo beija-flor...."

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Década de 40: 
Ele ajeita seu relógio Pateck Philip na algibeira,escreve para Rádio Nacional e,


manda oferecer a ela uma linda música: "A deusa da minha rua, tem os olhos onde a lua,costuma se embriagar. Nos seus olhos eu suponho, 
que o sol num dourado sonho, vai claridade buscar" 

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Década de 50:
Ele pede ao cantor da boate que ofereça a ela a interpretação de uma bela bossa: 
" Olha que coisa mais linda, mais cheia de graça.


É ela a menina que vem e que passa, no doce balanço a caminho do mar. 
Moça do corpo dourado, do sol de Ipanema. O teu balançado é mais que um poema.


É a coisa mais linda que eu já vi passar." 

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Década de 60: 
Ele aparece na casa dela com um compacto simples embaixo do braço,


ajeita a calça Lee e coloca na vitrola uma música papo firme:


"Nem mesmo o céu, nem as estrelas, nem mesmo o mar e o infinito não é mai or que o meu amor, nem 
mais bonito. Me desespero a procurar alguma forma de lhe falar, como é grande o meu amor por você...." 

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Década de 70: 
Ele chega em seu fusca, com roda tala larga, sacode o cabelão,


abre porta pra mina entrar e bota uma melô jóia no toca-fitas: "Foi assim, como ver o mar, a primeira vez que os meus olhos se viram no teu olhar....


Quando eu mergulhei no azul do mar, sabia que era amor e vinha pra ficar...." 

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Década de 80: 
Ele telefona pra ela e deixa rolar um: "Fonte de mel, nos olhos de gueixa, Ka buki, máscara. Choque entre o azul e o cacho de acácias,


luz das acácias, você é mãe do sol. Linda...." 
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Década de 90: 
Ele liga pra ela e deixa gravada uma música na secretária eletrônica: "Bem que se quis, depois de tudo ainda ser feliz. Mas já não há caminhos pra voltar.


E o que é que a vida fez da nossa vida? O que é que a gente não faz por amor?" 

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Em 2001: 
Ele captura na internet um batidão legal e manda pra ela, por e-mail: "Tchutchuca! Vem aqui com o teu Tig rão. Vou te jogar na cama e te dar muita pressão!


Eu vou passar cerol na mão, vou sim, vou sim! Eu vou te cortar na mão!


Vou sim, vou sim! Vou aparar pela rabiola! Vou sim, vou sim"! 

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Em 2002: 
Ele manda um e-mail oferecendo uma música:


"Só as cachorras! Hu Hu Hu Hu Hu! 
As preparadas! Hu Hu Hu Hu!


As poposudas! Hu Hu Hu Hu Hu!"

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Em 2003: 
Ele oferece uma música no baile: 
< /span>"Pocotó pocotó pocotó...minha éguinha pocotó! 

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Em 2004: 
Ele a chama p/ dançar no meio da pista: "Ah! Que isso? Elas estão descontroladas! Ah! Que isso? Elas Estão descontroladas!


Ela sobe, ela desce, ela da uma rodada, elas estão descontroladas!"

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Em 2005: 
Ele resolve mandar um convite para ela, através da rádio: 
"Hoje é festa lá no meu apê, pode aparecer, vai rolar bunda lele!"

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Em 2006: 
Ele a convida para curtir um baile ao som da música mais pedida e tocada no país:"Tô ficando atoladinha, tô ficando atoladinha, tô ficando atoladinha!!!


Calma, calma foguetinha!!! Piriri Piriri Piriri, alguém ligou p/ mim!" 
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Em 2010: 
Ele encosta com seu carro com o porta-malas cheio de som e no máximo volume:" Chapeuzinho pra onde você vai, diz aí menina que eu vou atrás.
Pra que você quer saber? 
Eu sou o lobo mau, au, au 
Eu sou o lobo mau, au, au 
E o que você vai fazer? 
Vou te comer, vou te comer, vou te comer, 
Vou te comer, vou te comer, vou te comer, 
Vou te comer, vou te comer, vou te comer" 

Qtal.................

Se... ...


Se...

Se eu pudesse deixar algum presente a você,

deixaria acesso ao sentimento de amar a vida dos seres humanos.

A consciência de aprender tudo o que foi ensinado pelo tempo afora...

Lembraria os erros que foram cometidos para que não mais se repetissem.

A capacidade de escolher novos rumos.

Deixaria para você, se pudesse, o respeito àquilo que é indispensável:

Além do pão, o trabalho.

Além do trabalho, a ação.

E, quando tudo mais faltasse, um segredo:

O de buscar no interior de si mesmo

a resposta e a força para encontrar a saída."






"Mahatma Ghandi"

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Padre milagroso.


A barriga do Padre de Pelotas.

Descartada a hipótese de cirrose, os médicos concluíram que seria melhor realizar uma cirurgia exploratória, já que era preciso fazer alguma coisa.
A cirurgia mostrou que era um mero acúmulo de líquidos e gases, e o problema foi sanado.Porém, alguns estudantes de medicina resolveram aprontar e, quando o padre estava acordando da recuperação pós-cirúrgica,colocaram um bebê em seus braços.
O padre, espantado, perguntou o que era aquilo e os rapazes disseram que era o que havia saído de sua barriga...
Passado o espanto e tomado de intensa ternura, o padre abraçou a criança e não quis mais se separar dela.
Como se tratava do filho de uma mãe solteira que morrera durante o parto, os rapazes se empenharam para que o padre ficasse com a criança.
Os anos se passaram e a criança se transformou num homem, que se formou em medicina.
Um dia, o padre já velhinho e sentindo que estava chegando sua hora de partir chamou o rapaz e disse:
- Meu filho! Tenho o maior segredo do mundo prá te contar, mas tenho medo que fique chocado.
O rapaz, que já havia intuído do que se tratava, disse, compreensivo:
- Já sei. Adivinhei há muito tempo. O senhor vai-me dizer que é meu pai, né?
-Não, sou tua mãe! Teu pai é o bispo de Passo Fundo!

Luis Fernando Veríssimo – Lula x FHC

Fonte: Estadão.com.br


Diálogo urbano, no meio de um engarrafamento. Carro a carro.

- É nisso que deu, oito anos de governo Lula. Este caos. Todo o mundo com carro, e todos os carros na rua ao mesmo tempo. Não tem mais hora de pique, agora é pique o dia inteiro. Foram criar a tal nova classe média e o resultado está aí: ninguém consegue mais se mexer. E não é só o trânsito. As lojas estão cheias. Há filas para comprar em toda parte. E vá tentar viajar de avião. Até para o exterior – tudo lotado. Um inferno. Será que não previram isto? Será que ninguém se deu conta dos efeitos que uma distribuição de renda irresponsável teria sobre a população e a economia? Que botar dinheiro na mão das pessoas só criaria esta confusão? Razão tinha quem dizia que um governo do PT seria um desastre, que era melhor emigrar. Quem pode viver em meio a uma euforia assim? E o pior: a nova classe média não sabe consumir. Não está acostumada a comprar certas coisas. Já vi gente apertando secador de cabelo e lepitopi como e fosse manga na feira. É constrangedor. E as ruas estão cheias de motoristas novatos com seu primeiro carro, com acesso ao seu primeiro acelerador e ao seu primeiro delírio de velocidade. O perigo só não é maior porque o trânsito não anda. É por isso que eu sou contra o Lula, contra o que ele e o PT fizeram com este país. Viver no Brasil ficou insuportável.
- A nova classe média nos descaracterizou?
- Exatamente. Nós não éramos assim. Nós nunca fomos assim. Lula acabou com o que tínhamos de mais nosso, que era a pirâmide social. Uma coisa antiga, sólida, estruturada…
- Buuu para o Lula, então?
- Buuu para o Lula!
- E buuu para o Fernando Henrique?
- Buuu para o… Como, “buuu para o Fernando Henrique”?!
- Não é o que estão dizendo? Que tudo que está aí começou com o Fernando Henrique? Que só o que o Lula fez foi continuar o que já tinha sido começado? Que o governo Lula foi irrelevante?
- Sim. Não. Quer dizer…
- Se você concorda que o governo Lula foi apenas o governo Fernando Henrique de barba, está dizendo que o verdadeiro culpado do caos é o Fernando Henrique.
- Claro que não. Se o responsável fosse o Fernando Henrique eu não chamaria de caos, nem seria contra.
- Por quê?
- Porque um é um e o outro é outro, e eu prefiro o outro.
- Então você não acha que Lula foi irrelevante e só continuou o que o Fernando Henrique começou, como dizem os que defendem o Fernando Henrique?
- Acho, mas…

Nesse momento o trânsito começou a andar e o diálogo acabou.

domingo, 25 de novembro de 2012

Importante -Campanha pela a História de nosso Futebol.


"Gremistas  respeitem sua história, não abandonem o palco de suas façanhas.

        Uma comunidade constrói a história se orgulha ou não e passa para seus herdeiros as glórias ou fracassos de espaço, tempo e conquistas festejadas ou odiadas.
           Roma dos italianos espetaculares como os Judeus e os Gregos, raízes de nossa cultura, lamparina da cultura ocidental mantém seus tesouros Arena, Coliseu, Templo de Atenas, teatros por mais de 2000 anos, fontes de riqueza, trabalho futuro estabelecido em suas glórias, virtudes, conquistas originalidade que faz o mundo referendar suas atitudes contemporânea, graças a Deus.
          O Grêmio Futebol Porto Alegrense, Por motivo$, ainda não bem compreendido$, vai colocar quantia de explo$ivo$, e vão tran$formar em pó, um cenário da hi$tória contemporânea da Azenha, do Menino Deu$, Cavalhada, Ipanema, Guarujá, Re$tinga, Belém Novo, Canoa$, E$teio, CaxiaS,.........SC, PR......do Brasil e do Mundo, $em e$plicação.
       Não tenham dúvida, vejo seguido a Arena, uma obra bem feita, orgulho de todos que trabalharam, orgulho dos porto-alegrenses, gaúchos, colorados ou gremistas, uma obra transformadora.
        Mais o Olímpico...., sonhos..., projeto..., esforços., obras quase prontas, Olímpico total, títulos e jogos memoráveis, gritos, crianças, juventude, namoros, casamentos, bodas de zinco, prata, bronze, ouro,   diamante, isto não vale nada? Tchê a História não vale de nada os gritos de goolllllllll, éeeee campeão, uhhhhhhh, vão para os cemitérios. Isto é intolerável.
      Uma comunidade que não respeita sua história, não respeita o sol que o desperta, o ar que lhe equilibra, tem que ser não sei.
    PELO RESPEITO À HISTÓRIA DA AZENHA, DE PORTO ALEGRE, DO RIO GRANDE DO SUL, DO BRASIL, DA AMERICA E DO MUNDO, não implodam o olímpico casa dos IMORTAIS. 

"Olímpico Monumental" - Para tantas vidas um templo para todos nós gaúchos."

-Tide Lima.

sábado, 24 de novembro de 2012

Santiago urgente Ingratos. - Meio ambiente. Querem exterminar a ARPES.

          Santiago urgente Ingratos. - Meio ambiente.
  Querem exterminar a ARPES.

     Os catadores de materiais recicláveis, em nossa cidade que não é só ARPES – Associação dos Recicladores Profetas da Ecologia de Santiago, há muitas famílias que das sobras de casas, escolas, lojas, fábricas, do nosso cotidiano, produzimos em média um quilo de lixo por dia, não são respeitados devidamente como trabalhadores, seres humanos, cidadãos, sua importância em nossa comunidade e a falta de compreensão dos setores públicos, desrespeitam a classe, suas existências e serviços prestados, no passado, no momento e no futuro e seu grande exemplo e profetismo.
      O governo Brasileiro do companheiro Lula, apesar de encaminhar projetos para a melhoria de suas atividades, e depósitos de lixo, não reconheceu até hoje como categoria profissional, e ficam aparte da seguridade social, tempo de serviço e aposentadoria, em muitas vezes somente a bolsa família, que é muito pouco para quase um milhão de trabalhadores e trabalhadoras no Brasil.
       O Estado do Rio Grande do Sul com a governadora pescoçuda, não teve propostas e ações para reconstrutores ambientais, e a educação que cada carrinheiro e carrinheira, separador, prensador, motoristas, lixeiros, uma massa de pessoas que fazem do lixo, trabalho, renda, e capital que gira nas comunidades de origem. O lixo vira arroz, feijão, roupa, luz, água potável, meio de vida e sustento familiar, de forma individual ou em associação.
      Em Santiago, não é diferente, ressalvando algumas ações pontuais mínimas, o governo municipal, pouco faz e a secretaria do meio ambiente, para mim, um verdadeiro atraso para nossa comunidade. Sempre batalhei para que ela existisse, mas esta fora do contexto da atual administração é um faz de conta. Em outro momento farei observações pontuais pela falta de eficiência deste setor da prefeitura e seu secretário.
Todo ano pagamos IPTU, que vem embutido, cobrança de coleta de lixo, que é totalmente repassado a empresa que é contratada para recolher as sobras de nossa cidade. Para os catadores, que trabalham diariamente, “de forma espontânea”, mas necessária , para alguns depois de muita luta, entregam uma sexta básica, já é um começo. Não possuem nenhuma cobertura social ou assistência médica. O serviço é insalubre, de risco e fundamental para todos nós. O que os catadores como a ARPES conquistaram, como carrinhos, galpão, instrumentos de chão de trabalho, foram conquistados com projetos, via emendas parlamentares, doações comunitárias e solidariedade. A URI em seus bons tempos iniciou um bom trabalho, mas nos atuais dias esta devendo projeto e prestação de contas para os catadores organizados, uma lástima.
      A comunidade e seus munícipes conscientes, e não são todos, pelo contrário, deve continuar e aumentar a separação do lixo orgânico do seco, as escolas devem continuar seus projetos e suas ações educadoras ambientais e recicladoras, os setores organizados ampliar suas reflexões.
      Fizemos muito pouco, apesar de vários santiaguenses, terem consciência de suas responsabilidades com o meio ambiente, e nossos catadores. 
           A Prefeitura, pela Secretaria do meio ambienta, esta devendo e pior pensa em exterminar a ARPES

Onde andas Dá Luz.

Na Rua dos Poetas – 
O Profeta.
"Da Luz."

                   Em pleno verão, sol escaldante e uma estiagem que fazia atorar o Itu, o reclame era geral para ser ter uma bela chuva, mas quando parecia que o tempo ia se armar de fato,......   as nuvens fugiam para Capão do Cipó ou para as Missões.
               Na Rua dos Poetas e redondezas fervia. Os bolichos, dele cerveja, tradicionais mesmo com o sol pingando um “pela bucho” dos alambiques da região.
                   Lá pelas 14 horas, descendo a Rua dos Poetas, com um grande sorriso de poucos dentes, cumprimentando a todos como um político, o Profeta dos humildes, dos pobres, dos menores, como ele mesmo se apresenta “Da Luz”. Vinha num pala bagual, com os passinhos curtos para manter o equilíbrio e um bafo de cana invejável. Em suas conversas e cumprimentos entendeu o clamor do povo pela chuva, e no fundo de sua alma, anestesiada provavelmente também, se sensibilizou, e resolveu resolver o problema de todos.
-  È preciso chover.
                Seguiu rumo à esquina da Obino, no canteiro que também é um banco bem no final da calçada e o “Da Luz” subiu, ergueu os braços para o céu de frente para quem vem de São Chico e gritou:
- Meu Deus. São Pedro aqui quem vos fala é “Da Luzzzz”, profeta dos humildes, dos pobres, dos menores e todos os erres, seu servidor.   Olhe para este povo, para estas “prantas”, para este chão fervendo, por todos eu grito, chuva meu Deus é o “Da Luzzzz” o “Da Luzzz”.
                Assim com todo o calor, sol forte, ele não parava de rezar e gritar. O povo passava e ele de braços abertos quase duas horas sem parar. Conhecido por muitos, o cumprimentavam, carros buzinavam, ele sorria, gosta de uma platéia, ia ao delírio. Era fim de semana na paróquia.
             Tchê, o tempo foi fechando e o Da Luz aos berros com o céu, destilando e destilando, quase ao desidratamento,  sentiu uma brisa. Firmou:
- Não tenha medo, manda chuva meu veio, não quero pedra nem tormenta, por todos os agricultores, doutores, professores, trabalhadores e todos os “erres”, é o “Da Luzzz”.
             Benzeu o céu e as nuvens, benzeu atormenta", por DEUS. 
            Pois é, contrariando a todas as previsões de rádio e jornais, o tempo se armou de fato e choveu intensamente na Rua dos Poetas em Santiago, varrendo as ruas, limpando calçadas.
          Da Luz, foi à loucura, ficou de joelhos e com o rosto com um largo sorriso de poucos dentes.
           Lágrimas de alegria e gotas de chuva no rosto. Agradeceu a Deus e São Pedro.
           Lavou corpo e alma.
          Desceu do banco e saiu andando em direção da Praça do QG abandonando a Rua dos poetas  limpa e  irrigada e todos satisfeitos.
         Por estas e outras é que faço este registro e de testemunha a Corticeira do Banhado que fica na frente do Sebo Santiago, que a tudo assistiu.


Ler é bom.
Ler amplia horizontes. 
Ler sempre vai acrescentar algo em nossas vidas.
Ler também é um exercício.


Da Rua dos Poetas.
Tide Lima  - Sebeiro.
 Livraria e Sebo Santiago.
Rua dos Poetas 1121 - Térreo
Santiago - RS - Brasil.
CEP 97700000.

A CARPA E O DRAGÃO



A CARPA E O DRAGÃO



Era uma vez uma carpa. Forte, determinada, linda, ela não pensava em si na hora de fazer o bem. Tudo o que podia fazer para ajudar o seu grupo, ela fazia. Era respeitada, amada, idolatrada.

Porém, certo dia, ela teve que enfrentar uma cachoeira. Imponente, titânica, um colosso de água e pedras. Diante daquilo, a carpa se assustou. Sem forças, se resguardou. Ela precisava vencer aquele monstro, que na suas bases babava e esbrevejava com a força de um terremoto em águas. Um trovão líquido.

Então, a carpa tentou. Com todas as forças ela decidiu superar aquela criatura. Lutou, esbravejou, dominou seu medo. O transformou em força. Ela não sabia que aquilo era um teste.

Enquanto subia, seu corpo mudava. Suas escamas endureciam, seus olhos abriam, sua cauda aumentava, suas barbatanas viravam garras. Ela se transformava em um dragão. E assim o foi.

Uma vez acima da cachoeira, ela olhou o mundo. Notou que não mais podia ficar naquele riacho. Notou que ali ela não cresceria. Foi a sua saída que a fez mudar. A cachoeira não era um inimigo, ao contrário!

Aquela que, ao primeiro momento, parecia um monstro, se notou um professor. Toda a dor, a tortura, a quebra de mente, apenas assim o fez para a purificar. A dor a fez mais rígida. A tortura, mais concisa. A quebra de mente, mais filosófica. A cachoeira era a porta do conhecimento, que somente aceita a troca de sangue pela sua abertura.

Então, depois de notar que o lago era muito pequeno, a carpa, agora dragão, olha para os céus. Lá, ela enxerga outros dragões. Ele sobe, voa, e nota que, assim como ele, aqueles dragões estão lá não para cuidar, preservar, ou até mesmo ajudar as carpas. Não. Eles estão lá para maltratá-las, impor-lhes a dúvida, a semente da discordia.

E com isso, eles pretendem transformar todas as carpas em dragões. Mas eles não conseguem. Pois quem nasceu para ser dragão, o faz. Mas quem nasceu para ser carpa, nunca o fará.







sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Qualquer estúpido pode ser infeliz.


"Qualquer estúpido pode ser infeliz. 
Não é necessário alguém especial para ver problemas em qualquer coisa, a qualquer hora. Aliás, há pessoas que não desperdiçam uma oportunidade de sofrer.
Mas saber transformar pequenos acontecimentos em fonte de alegria é habilidade de poucos."
                                                                  Roberto Shinyashiki

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Governo entrega 211 viaturas adquiridas com recursos da Participação


O governador Tarso Genro entregou, nesta quarta-feira (14), um total de 211 viaturas para a Secretaria da Segurança Pública, sendo 119 destinadas à Brigada Militar e 92 para a Polícia Civil. Todas foram adquiridas com verbas do processo de Participação Popular e Cidadã. 


Para o governador, Tarso Genro, as viaturas "são muito importantes porque vão equipar a Brigada Militar e a Polícia Civil dos municípios, reforçando as atividades policiais e a segurança da população". O investimento total de R$ 11,2 milhões foi definido durante a Votação de Prioridades de 2011, antigo processo da Consulta Popular. Mais de um milhão de pessoas participaram da votação em todo o Estado. 

As demandas para Segurança Pública estão entre as mais votadas pela população, juntamente com Saúde e Educação. As novas viaturas entregues apresentam novo layout, com o objetivo de melhorar a identificação dos veículos. Também foi entregue um caminhão para a Escola de Bombeiros da BM, no valor de R$ 341,5 mil, adquirido com recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública. 

"Esta entrega é significativa do compromisso do Governo do Estado com as demandas da Participação Popular e Cidadã. Todas as viaturas, que irão beneficiar diversos municípios do RS, foram solicitadas pela mobilização popular, e esta manifestação está sendo honrada pelo Governo", afirmou o secretário do Planejamento, Gestão e Participação Cidadã, João Motta. 

Texto: Andreza Fiuza/ Carine Prevedello

"Miss Spider”

BY z

Hoje finalmente assisti o desenho animado da “Miss Spider”. Já tinha lido sobre ele, pois ele tem uma história linda de amor e união na adoção.


“No dia-a-dia em Sunny Patch (Bosque do Sol), Miss Spider e Hooley cuidam de seus oito filhos – cinco aranhas e três insetos adotados – e vivem emocionantes aventuras, pelas quais aprendem valores como a união e o respeito. A aclamada produção dos Estúdios Nelvana conta a história dessa grande família que convive muito bem com a diversidade. Mostra os desafios que Miss Spider e Hooley enfrentam ao se tornarem pais.”
Dona aranha
É afetuosa, aberta e muito generosa. Para ela, nada é mais importante que a maternidade, e sempre tenta equilibrar a disciplina com os cuidados que reserva aos filhos. É muito sensível aos sentimentos dos outros.
Holley
É o marido de Dona Aranha. Raramente perde a paciência e está sempre disposto a entender a visão dos demais. É um pai responsável, que sabe se comunicar com as crianças. Além disso, é um músico muito talentoso e adora a natureza.


Desenho:



Fonte: http://discoverykidsbrasil.uol.com.br/personagens/os-amigos-do-sunny-patch-da-miss-spider/

Grêmio - comemorando vagas ao invés de títulos.


Saga de um gremista de 9 anos.
Em 2014, às vésperas da Copa do Mundo no Brasil, o guri gremista de 9 anos
chega todo eufórico para o jogo contra o São Luiz de Ijuí, pelo Gauchão, 
única competição que ele viu seu time ganhar até então. Ao entrar no estádio 
ele se dirige ao pai:
– Pai, porque nosso estádio não tem o distintivo do nosso time?
– É porque... bem... deve ser porque o estádio ainda não é nosso, meu filho... 
só vai ser nosso quando tu tiveres uns trinta anos.
– Ah, que pena! Por isso que a Copa vai ser no Beira-Rio?
– Não sei direito, deve ser porque na época em que escolheram os estádios
a gente ainda não tinha um.
O menino resolveu então mudar de assunto, pois viu que o pai ficou um pouco incomodado.
Ainda mais entusiasmado, ele comenta:
– Pai... ontem o meu amigo falou sobre uma vitória heróica do nosso time,
uma tal de Batalha dos Aflitos. Como foi isso pai? Foi decisão do Mundial, 
da Libertadores, Sulamericana, Brasileiro?
– É... hmm... foi final do Brasileiro, meu filho.
– Legal pai... e contra quem foi? Inter, São Paulo, Flamengo, Santos?
– Não filho... na verdade foi pelo Campeonato Brasileiro da 2ª divisão, 
contra o Clube Náutico Capibaribe, de Pernambuco, 
estado com grande tradição no futebol brasileiro naquela época. 
Com isso conseguimos subir para a Série A pela segunda vez!!
– Segunda vez? Então teve outra Batalha dos Aflitos pai?
– Não filho... na outra vez acho que ficamos em nono ou décimo.
– Ué, mas não sobem só 4?
– É que naquele ano a CBF mudou o regulamento para nos dar uma forcinha.
– Ah tá... – sussurrou o guri, meio cabisbaixo.
Ficou calado por alguns segundos e voltou a questionar o pai:
– Mas o Inter já passou por algum fiasco parecido com esse pai?
Aí o pai se encheu de orgulho, estufou o peito e relatou:
– Filho, tu nem sabe... uma vez eles perderam de dois a zero para um tal de Mazembe!
– É mesmo pai? Hahahaha. Que legal!!! Foi pela 2ª divisão do Brasileiro também? 
– Não filho... foi pela semi-final do Mundial de Clubes da Fifa, em 2010. 
Era um time do Congo, campeão do continente africano. 
Naquele ano o Inter acabou ficando em terceiro ou quarto, nem lembro.
– Bah... que vexame! Nós nunca ficamos em terceiro no Mundial de Clubes da Fifa, né pai?
– Não filho... na última vez que a gente chegou lá, no século passado, 
quando o pai ainda era guri, só jogavam dois times, um europeu e um sul-americano.
– Mas pai... naquela época o mundo só tinha dois continentes?
– Claro que não meu filho... tinha cinco, como hoje!
– Mas então porque a Fifa não convidava os outros campeões continentais?
– Bem filho... na verdade naquela época não era a Fifa que organizava o torneio...
era uma montadora de carros.
– Ah... então nós fomos vice-campeões de um torneio mundial de dois times organizado 
por uma fábrica de carros?
– É filho... na verdade era um torneio Intercontinental, mas a gente chamava de Mundial... 
deixa isso prá lá... Olha lá nosso time entrando em campo!!!
– Pai... eu queria um argumento para zoar os meus colegas colorados,
mas não consigo. Eles têm mais sócios, nos venceram mais vezes,
têm estádio próprio e já ganharam todos os títulos importantes que nós já ganhamos.
Como eu posso tirar sarro deles então?
– Ah... sei lá... diz que ganhamos o primeiro Gre-nal por 10 a 0.
– Isso... legal pai... pelo menos tenho uma coisa para falar!!! 
Tu chegaste a ver esse jogo pai?
– Não filho... mas o pai do teu bisavô viu!
Depois dessa o guri resolveu ficar quieto, assistiu o jogo e no final 
saiu vibrando com a conquista de uma vaga para a final do Gauchão, 
pois desde pequeno se acostumou a ver o pai comemorando vagas ao invés de títulos.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Os intelectuais que têm algum sentido ético precisam falar sobre a Terra ameaçada


Os intelectuais que têm algum sentido ético precisam falar sobre a Terra ameaçada. Entrevista especial com Leonardo Boff

“Enquanto houver alguém gritando no mundo, sejam mulheres, afrodescendentes, indígenas, pessoas discriminadas, sempre têm sentido, a partir da fé, falar e atuar de forma libertadora”, defende o teólogo.

Confira a entrevista.

“A Teologia é séria quando toma a sério o testemunho dos invisíveis, dos desprezados, daqueles que ninguém conta. Cada pessoa é única no mundo, tem algo a dizer, a mostrar. Ignorante é aquele que pensa que o povo é ignorante. O povo sabe muito da vida, da sua luta”, afirmou Leonardo Boff em entrevista concedida, pessoalmente, à IHU On-Line.
Para Boff, “nosso desafio não é o de criar cristãos, mas de criar pessoas honestas, humanas, solidárias, compassivas, respeitosas da natureza dos outros. Se conseguirmos isso é o sonho de Jesus realizado”. E continua: “há um dito que diz: onde estão os pobres está Cristo, e onde está Cristo está a Igreja. Só que não é verdade que onde está o pobre está a Igreja. Ela está mais perto do palácio de Herodes do que dagruta de Belém. A Igreja precisa ver qual é o seu lugar na sociedade”.
Leonardo Boff, filósofo, teólogo e escritor é professor emérito de Ética, Filosofia da Religião e Ecologia na Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ. É autor de mais de 60 livros nas áreas de teologia, espiritualidade, filosofia, antropologia e mística, entre os quais citamos Ecologia: grito da terra, grito dos pobres (São Paulo: Ática, 1990); São Francisco de Assis. Ternura e vigor (8. ed. Petrópolis: Vozes, 2000); Ética da vida (Rio de Janeiro: Sextante, 2006); e Virtudes para outro mundo possível II: convivência, respeito e tolerância (Petrópolis: Vozes, 2006).
Leonardo Boff é autor do artigo A busca de um ethos planetário publicado nos Cadernos IHU ideias, no. 169.

Confira a entrevista.

IHU On-Line – Qual a diferença da Teologia da Libertação das décadas de 1970 e 1980 e hoje, com a globalização neoliberal? Ela é capaz de responder aos desafios contemporâneos?
Leonardo Boff – A Teologia da Libertação parte do grito dos oprimidos, que hoje são os pobres. Até 2008 havia 860 milhões de pobres no mundo e a crise econômica e financeira elevou esse número a um bilhão e 200 milhões. Os gritos viraram um clamor. Enquanto houver alguém gritando no mundo, sejam mulheres, afrodescendentes, indígenas, pessoas discriminadas, sempre têm sentido, a partir da fé, falar e atuar de forma libertadora. Então, é uma teologia permanente, porque, pela condição humana, todos, até os mais ricos e equilibrados, carregam suas cruzes: é o medo da morte, a exposição a acidentes, a perda do filho ou da esposa; não temos uma vida assegurada. A condição humana é assim e deve ser construída a cada dia, com sua angústia e opressão. Nesse sentido, a fé cristã oferece um caminho para a pessoa se liberar, colocando a vida – mesmo uma vida que fracassou – na palma da mão de Deus, obtendo assim uma libertação espiritual. A mensagem de Jesus é libertadora por isso. E uma teologia que não produz esse efeito humanizador não pode ser chamada herdeira ou que está no legado de Jesus.
IHU On-Line – Como compreender que o cristianismo, que nasceu no primeiro mundo, hoje não faça parte deste universo europeu, ou ao menos não tenha tanta relevância entre ele, e se demonstre mais vivo no terceiro mundo?
Leonardo Boff – Primeiro, há um problema de estatística. Mais da metade dos cristãos e católicos vive no terceiro mundo. De fato, é uma religião do terceiro mundo, embora as origens sejam no primeiro. E se falarmos em termos de criatividade, de presença, veremos que a criatividade não está no primeiro mundo, onde temos culturas agônicas, que lentamente estão “descendo a rampa” da vida; são civilizações que não cultivam a esperança porque não veem qual é a esperança para elas. No fundo, conquistaram tudo o que queriam, dominaram o mundo, impuseram suas ideias, suas filosofias, seus valores, sua música, e agora dizem que são infelizes. Isso significa que o ser humano não só tem fome de pão, de bens materiais, mas também tem fome de beleza, de comunicação, de amor, de solidariedade. E esses valores estão presentes principalmente entre os pobres. Se há uma coisa que os pobres guardam é a cultura da solidariedade, a alegria de viver com o pouco que têm. Isso aparece até nas novelas da Globo, como essa chamada Avenida Brasil: onde estão a vida, a solidariedade e a alegria? Não estão na alta burguesia; estão na favela do Divino. Nesses lugares da Ásia, da África, da América Latina, o cristianismo se mostra criativo. Ele se encarna nas culturas locais, e então passa a ter um rosto diferente, músicas e símbolos diferentes. Agora estão aparecendo novos santos e mártires que são nossos. E tem a questão das mulheres daqui também. E não é só o fato de serem mulheres fazendo teologia, porque a mulher americana rica também a faz. Aqui temos a mulher pobre que não quer ingressar no mundo dos ricos, mas quer ser solidária. Então, faz uma teologia feminina diferente. Elas até brigam com as americanas, por exemplo, fazendo a crítica a elas, dizendo que não adianta fazer teologia só para integrar as mulheres, pois estarão apenas contribuindo para engrossar o mundo dos opressores. As latino-americanas pedem solidariedade a elas como mulheres e como oprimidas. Se não for isso, não será uma verdadeira Teologia da Libertação.
IHU On-Line – A partir da vivência, na prática da Teologia da Libertação, como o senhor define que deveria ser uma teologia séria? 
Leonardo Boff – A Teologia é séria quando ela toma a sério o testemunho dos invisíveis, dos desprezados, daqueles que ninguém conta. Cada pessoa é única no mundo, tem algo a dizer, a mostrar. Ignorante é aquele que pensa que o povo é ignorante. O povo sabe muito da vida, da sua luta. É um saber, como diz Camões, “de experiências feito”. Somos sérios quando damos valor ao que o povo diz, que não são palavras, mas dramas e gritos. Em segundo lugar, é preciso saber formular isso de uma maneira rigorosa e universal, de forma que todos possam entender.
IHU On-Line – Quais os limites da Teologia no mundo hoje? Que desafios ela tem a enfrentar no século XXI, considerando a contribuição que pode oferecer à sociedade contemporânea, principalmente à crise ecológica e ambiental?
Leonardo Boff – A primeira tarefa da Teologia e das igrejas é elas assumirem que são cúmplices do mundo a que chegamos hoje. Isso significa que houve algum erro na nossa transmissão da fé, na nossa vivência bíblica, pelo qual não conseguimos evitar a crise ecológica e a crise econômica mundial. Não temos a chave da salvação, somos parte do problema. E com muita humildade, precisamos renunciar a toda a arrogância de que “temos a palavra da revelação e então sabemos”. Nós não sabemos. Temos que nos unir a todos os grupos, começando pelos pobres – que têm sua sabedoria –, e depois com o discurso das ciências, das outras igrejas, com todos os discursos que criam sentido. Além disso, é muito importante sentir-se um discurso junto com os demais, não tendo exclusividade, afirmando que “nós temos a revelação; nós temos a chave”, porque, na verdade, não a temos. Quando a Igreja teve essa arrogância e assumiu o poder, foi um fiasco. Governou mal, até 1890 ainda havia pena de morte nos estados do Vaticano, além de cometer grandes erros históricos contra a modernidade e os direitos humanos. Então, ela não pode apresentar títulos de credibilidade. Primeiro, precisa reconhecer que pode aprender no diálogo e que pode dar uma contribuição a partir do que vem do exemplo de Jesus. Nosso desafio não é o de criar cristãos, mas de criar pessoas honestas, humanas, solidárias, compassivas, respeitosas da natureza dos outros. Se conseguirmos isso é o sonho de Jesus realizado.
IHU On-Line – Quais as principais ameaças que pesam sobre nosso futuro?



Leonardo Boff – São dois blocos de ameaças. Um vem pela máquina de morte, que é nossa cultura militarista, que criou um tal número de armas nucleares, químicas e biológicas que pode destruir muitas vezes toda a vida do planeta. São armas muito deletérias, que estão em segurança, mas nunca segurança em absoluto. Vimos isso em Chernobyl e Fukushima. Além disso, temos as nanotecnologias. A guerra cibernética pode ser de alta destruição. Trata-se de uma guerra não declarada, de extrema violência e que pune os inocentes. O segundo bloco de ameaças é aquilo que nosso processo industrialista fez nos últimos 300, 400 anos, com a sistemática agressão à Terra, aos seus bens, seus recursos. Chegamos a um ponto em que desestabilizamos totalmente o sistema Terra, e a manifestação disso é o aquecimento global. Para repor o que tiramos da Terra em um ano, ela precisa de um ano e meio. Então, a Terra já está exterminada. Estamos alcançando uma temperatura perto de 2º C e a comunidade científica norte-americana alertou para o fato de que, com a entrada do metano, do degelo das camadas polares e outros fatores, a Terra vai se aquecendo devagar e, de repente, a febre de 37º C pula para 45º C. Com esse aquecimento abrupto, a vida que conhecemos hoje não vai subsistir, nem animal, nem vegetal, nem humana. Como temos tecnologia, podemos criar pequenos oásis refrigerados para grupos de seres humanos que, seguramente, vão invejar quem morreu antes, tão miserável será a vida. Isso pesa sobre a humanidade nos próximos decênios e ninguém acredita nisso, porque vai contra o sistema da acumulação, contra o capitalismo, contra as grandes empresas. Os intelectuais que têm algum sentido ético precisam falar sobre isso.
IHU On-Line – Em que situações de nossa sociedade mais se pode ver o Cristo Crucificado?
Leonardo Boff – Há um velho dito da tradição cristã que diz: onde está o pobre, aí está Cristo. Hoje temos que olhar em cada cidade do terceiro mundo, os grandes cinturões de miséria, as favelas. O cristão que toma a sério a percepção de que Cristo está onde o pobre está tem que visitá-lo. Não basta identificar que lá tem uma favela. É preciso ir até lá, conversar com as pessoas, ver como é possível ajudá-las a se organizar melhor. Há outro dito que diz: onde estão os pobres está Cristo, e onde está Cristo está a Igreja. Só que não é verdade que onde está o pobre está a Igreja. Ela está mais perto do palácio de Herodes do que da gruta de Belém. A Igreja precisa ver qual é o seu lugar na sociedade.
IHU On-Line – Em que sentido o capitalismo pode ser apontado como anticristão?
Leonardo Boff – Em primeiro lugar, o capitalismo é antivida. Ele assassina as vidas humanas para acumular. Para que alguns tenham qualidade de vida, muitos devem ter péssima qualidade de vida. E isso é injusto. E tudo o que vai contra a vida acaba sendo contra aquele que disse: “Eu vim trazer vida e vida em abundância”. Por isso é anticristão. E isso custou muito aos cristãos reconhecerem, porque as igrejas se instalaram muito bem dentro do sistema capitalista. A Igreja teve dificuldade de condenar, pois o capitalismo não nega a Igreja, nem a religião. Pelo contrário, defende a Igreja e a moral. Só que, na prática, nega tudo isso. E essa é a grande ilusão da Igreja, pois o capitalismo passa por cima de todo mundo, sem solidariedade. Nele, só o forte ganha.
IHU On-Line – Baseado em que o senhor afirma que os Estados Unidos é o grande terrorista mundial?
Leonardo Boff – Na prática ele é o grande terrorista porque, na América Latina, apoiou todas as ditaduras e participou ativamente de atentados, sequestros de pessoas, fornecendo informações. E continua com essa estratégia, que é a estratégia do império. Onde há uma oposição, ele vai e destrói. Só me admiro que não conseguiu eliminar aindaHugo Chávez, na Venezuela, nem Fidel Castro, mesmo tentando por 17 vezes, sem resultado. Os Estados Unidos sempre usa a violência militar para se impor. E faz isso em todas as partes, como fez na Líbia, por exemplo, com os aviões não pilotados. Acredito que assim que passar as eleições fará uma intervenção na Síria com aviões não pilotados também. 
IHU On-Line – Independentemente se Obama fica ou não?
Leonardo Boff – Independentemente. Até o próprio Obama. Porque eles não vão segurar Israel e também não vão liquidar com o Irã. Então, a arma não é a diplomacia e a busca de caminhos de paz, mas a arma da submissão. E eles são fortes, hoje, não na economia – pois a China é mais –, nem na tecnologia – o Japão e outros países são mais –; eles só têm o domínio militar do mundo, com a possibilidade de matar a todos. Em nome disso, submetem todo o mundo. Não há ninguém que se oponha ao império, a não ser Venezuela, Cuba e Coreia do Norte. Todos os demais, inclusive o Brasil, fazem inclinação aos Estados Unidos. É um império cujo imperador é afro-americano, mas com a mesma perversidade de Bush e outros, porque o projeto não mudou. 
IHU On-Line – O senhor disse que reconhecer a Igreja de Roma como a única verdadeira é um erro teológico. Por quê?
Leonardo Boff – É um erro teológico porque supõe o conceito reducionista de Deus, como se Ele dissesse: “Esses são meus filhos e aqueles não são; essas são minhas criaturas queridas e aquelas são filhos abandonados”. Isso não existe para Deus. Todos nasceram do seu coração. Deus acredita em todos os seres humanos. Todos são filhos e filhas, não só os batizados, que por acaso nasceram no Ocidente. Então, uma Igreja que não faz isso se opõe a Deus.

(Por Graziela Wolfart. Foto de Wagner Altes)