sábado, 16 de fevereiro de 2013

Quem recebe Bolsa Família, não tinha este dinheiro antes. Agora o tem e gasta.


A Folha já tentou vários factóides contra o governo. No Editorial de domingo atacou os Programas Sociais 

Domingo passado a Folha, em mais uma das suas muitas e bestiais investidas contra o governo, resolveu atacar os programas sociais dos governos Lula e Dilma. O Editorial tem o título "Miséria publicitária" Entre outras preciosidades dos brilhantes analistas da Folha, uma diz expressamente o seguinte: " 

"Desde 2009 está fixado em R$ 70 o teto da renda mensal familiar per capita que define a miséria para fins do Bolsa Família e de outros programas federais de assistência. Já o rendimento dos mais pobres no mercado de trabalho veio aumentando, nesse período, mais depressa que a inflação. Trata-se de uma emancipação social independente da ação do governo" (Do editorial da Folha de domingo) 

Os analistas e editorialistas passam por cima de Estudos de Economia como o do IPEA, que mostra que cada R$ 1,00 pago pelo Bolsa Família, vira R$ 1,44 na economia. É simples: Quem recebe Bolsa Família, não tinha este dinheiro antes. Agora o tem e gasta. Compra produtos e serviços. Se compra produtos, estes precisam ser produzidos. Se precisam ser produzidos, precisam de trabalhadores para produzí-los.Se precisa trabalhadores, gera empregos. Se gera empregos, melhora as condições de vida das pessoas.Foi assim que o Brasil venceu a crise econômica que continua assolando a Europa e os Estados Unidos. Isto só aconteceu por que o governo fez a opção de colocar dinheiro na mão do povo ao invés de cortá-lo, como fizeram governos anteriores e como fazem os governos Europeus hoje. E a Folha tem o peito de dizer que esta "emancipação social" não tem nada a ver com as ações do governo. Tem Sim!! 

Pela primeira vez na história do país, a Assistência Social ganha status de Política Estratégica. Por isto o Brasil Sem Miséria tem tres eixos fundamentais: o 1º é o da Busca Ativa, que visa identificar todas as pessoas que ainda não são alcançadas pelas políticas públicas e inscrevê-las no CADÚnico -Cadastro Único da Políticas Sociais. O 2º é da transferência de Renda (Bolsa Família, BPC, Brasil Carinhoso) e o 3º é o da Inclusão Produtiva, que articula as condições necessárias para que todas as pessoas cadastradas no CADÚNICO possam construir sua "emancipação social", a começar pelos cursos do PRONATEC BRASIL SEM MISÉRIA, para a capacitação profissional. Em 2012 foram 266 mil matriculados nos cursos e mais de 50% destes foram empregados com Carteira Assinada, acessando portanto trabalhos decentes, que aliás continuam sendo abertos na industria e nos serviços no país inteiro, enquanto no mundo continua campeando o desemprego. 

O Brasil associou o Desenvolvimento Econômico ao Desenvolvimento Social. O país cresce, mas as condições de vida de todos também melhoram. Pais Rico é País Sem Pobreza diz o lema do governo. E assim o país cresce, apesar da mídia entreguista e golpista que a cada diz procura criar outros factóides para desconstituir o que de bom o país construiu nestes dez anos de governo do PT. 

Mas a Folha no mesmo Editorial ataca também o CADÚnico - Cadastro Único das Políticas Sociais, dizendo que este é "sujeito a brechas e fraudes", resgatando a velha ladainha que a mídia também muito utilizou contra o Bolsa Família. O CADÚnico hoje é o caminho para que as pessoas possam acessar todos os programas sociais do governo Federal (Bolsa Família, BPC,Brasil Carinhoso, Creches, Minha casa minha vida, Escola em tempo integral, Luz para todos, etc...) É por causa do CADÚnico que o Brasil hoje sabe onde esta a pobreza, que não é só econômica, que é multifacetada, e por isto mesmo ele é o caminho do acesso a todos os direitos que a cidadania tem, para quem ainda não tem acesso a estes direitos. A pobreza esta acabando no país e isto irrita profundamente os miseráveis canalhas que viviam das mentiras contadas para os pobres e para a sociedade. E entre estas mentiras, a de que beneficiários de programas sociais não querem trabalhar, entre outros preconceitos distribuídos diariamente nas entrelinhas ou em linhas explícitas pela mídia venal, da qua a folha é expoente. 

O Brasil cresce. O emprego continua crescendo. Os salários continuam crescendo. A pobreza será definitivamente erradicada no país. Já a Folha e seus congeneres perdem leitores, perdem ouvintes e perdem teleespectadores. Alguns, como a Veja, começam a demitir pessoas. Estão quebrando. Não escrevem pro povo que conquista "a emancipação social". Escrevem para a elite nojenta que tem raiva de pobre e mais raiva ainda dos pobres que deixam de ser pobres e passam a ter direitos. 

Luiz Müller 

Vai aqui o Editorial da Folha citado no texto 

Editorial: Miséria publicitária 



A área econômica do governo Dilma Rousseff faz escola. O malabarismo estatístico, ou "contabilidade criativa", difunde-se também para outros setores da administração federal. O Planalto alardeia ter tirado da miséria quase 20 milhões de pessoas. São 10% da população brasileira, e isso em apenas dois anos. 

O segredo da prestidigitação, no caso, está em manipular os dois aspectos cruciais da contabilidade: a definição do que vem a ser pobreza extrema (ou miséria), de um lado, e o cadastro das famílias declaradas miseráveis, do outro. 

Desde 2009 está fixado em R$ 70 o teto da renda mensal familiar per capita que define a miséria para fins do Bolsa Família e de outros programas federais de assistência. Já o rendimento dos mais pobres no mercado de trabalho veio aumentando, nesse período, mais depressa que a inflação. 


Editoria de Arte/Folhapress 





Trata-se de uma emancipação social independente da ação do governo. Mas ela seria menor que a alegada na propaganda oficial superlativa, e mais corretamente medida, se o Planalto reajustasse a linha da indigência pelos índices de preço. Corrigidos pelo IPCA, os R$ 70 de 2009 correspondem a quase R$ 90 hoje. 

A alquimia para simular tamanha progressão social instantânea envolve outro sortilégio. Em 2010, o Censo do IBGE apontava cerca de 16 milhões de brasileiros com rendimento inferior a R$ 70 mensais. Abaixo, portanto, dos 19,5 milhões que o governo anuncia terem saído da miséria nos dois anos seguintes. 

Em vez de fiar-se no IBGE, o governo passou a contabilizar os indigentes de acordo com seu próprio cadastro, realizado em parceria com os mais de 5.500 municípios brasileiros. Daí surgiu o milagre da multiplicação dos miseráveis, dois anos atrás. 

Não é preciso muita reflexão para atribuir ao cadastro dos beneficiários do governo um grau de vulnerabilidade técnica --para não falar das brechas a fraudes-- bem mais elevado que o do Censo do IBGE. 

A discussão sobre a pobreza e as formas de enfrentá-la está pronta para subir de patamar. Sabe-se hoje, por exemplo, que as condições de moradia e instrução dos mais pobres evoluíram bem mais lentamente que a renda. Deveriam ganhar mais destaque na política social e originar novos indicadores. 

Os reiterados lances de pirotecnia estatística do governo federal, porém, chamuscam sua seriedade e sua credibilidade nesse debate. 

Um comentário :

  1. Pensamento herança de nossos sistemas ditatoriais, onde política social era vista como benesse, como maneira de amenizar conflitos para manter a dominação, e o discurso permanece e se estende na cabeça do povo miserável que através desse pouco dinheiro vê sua possibilidade de conquista, de autonomia para suas poucas escolhas, as políticas sociais infelizmente ainda não são capazes de distribuir de uma maneira mais justa a riqueza nacional (deve ser esse o medo da burguesia anti-políticas sociais, daqueles que tem nojo dos miseráveis)mas trás um pouco de luz e alimento para muitos homens cidadãos de direitos, "o urbano se tornou um lugar de conflitos permanentes...onde os movimentos sociais pela água, pela luz, pela saúde, pelo lazer, pelo transporte vão conquistando espaço através de muitas lutas.
    O Estado não se encontra fora ou acima da sociedade, mas é atravessado pelas forças e lutas sociais que condicionam a articulação das exigências econômicas e dos processos em cada conjuntura." (Vicente de Paula Faleiros)

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