Após receber a faixa presidencial do presidente Lula na rampa do Palácio do Planalto, em Brasília (DF), a presidente Dilma Rousseff discursou no Parlatório ao lado do seu vice, Michel Temer, enfatizando o seu compromisso em consolidar os avanços conquistados nos últimos oito anos.
“Eu estou feliz como raras vezes estive na minha vida”, disse ela, admitindo estar emocionada também pelo encerramento do mandato “do maior líder popular que este País já teve”. Dilma reconheceu que foram as importantes transformações que o País passou nos últimos oito anos que permitiu que a população ousasse em colocar, pela primeira vez na história do Brasil, uma mulher na Presidência da República.
Dilma aproveitou o seu discurso para homenagear também o vice-presidente José Alencar, que não pode comparecer à posse em Brasília por ainda estar se recuperando de problemas de saúde que enfrentou nos últimos dias. “Que exemplo de coragem e amor à vida nos dá esse homem. E que parceria Lula e José Alencar fizeram pelo Brasil e pelo nosso povo”, afirmou.
Sabendo que substituir um líder como Lula é um desafio e tanto, Dilma disse para a multidão que lotava a Praça dos Três Poderes que honrará esse legado e avançar nas reformas e conquistas necessárias para garantir aos brasileiros melhor educação, saúde e segurança.
Dilma Rousseff afirmou que pretende trabalhar para tornar o País de cada brasileira e brasileiro e disse que cuidará “com carinho” dos mais frágeis e mais necessitados, mas sempre governando para todos.
“Uma importante líder indiana disse um dia que não se pode trocar um aperto de mãos com os punhos fechados. As minhas mãos estarão abertas e estendidas para todos.”
A presidente disse que não pedirá a ninguém que abdique de suas convicções, destacando que pretende buscar apoio e respeitar as críticas.
No momento mais emocionante de seu discurso, Dilma lembrou de antigos companheiros de luta contra a ditadura militar (1964-1985), alguns dos quais morreram na época. Disse que não tem rancor algum, nem ressentimentos, e que sua geração entrou para a política em busca de liberdade, “num tempo de escuridão e medo” e que pagaram o preço pela “ousadia”. Ao se referir “aos companheiros que tombaram nessa caminhada”, embargou a voz, concluindo em seguida: “minha eterna lembrança.”
O momento agora, disse a presidente Dilma Rousseff, é de trabalho e união para dar melhor educação às crianças, saúde de qualidade ao povo, seguranças às comunidades e continuar crescendo e gerando emprego “para as atuais e futuras gerações”:
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