Na tentativa de estimular o crescimento econômico brasileiro, o governo federal anunciou nesta quarta-feira (27) o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Equipamentos - Programa de Compras Governamentais, para a aquisição de veículos e equipamentos no valor de R$ 8,4 bilhões. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, participou do lançamento do programa e anunciou a compra de oito mil caminhões, três mil patrulhas agrícolas, duas mil ambulâncias, 8.570 ônibus, 3.591 retroescavadeiras, além de motoniveladoras, furgões, vagões de trem, blindados e móveis para escolas.
“A crise europeia continua piorando e está deprimindo o crescimento
da economia mundial. Em vista desse cenário, o governo brasileiro está
tomando medidas de estímulo à economia para podermos ampliar os nossos
investimentos, para estimular a demanda, para aumentar a confiança –
porque neste momento a confiança no mundo cai bastante – e para, enfim,
acelerar o nosso crescimento. Em função deste cenário, temos quer
continuar com políticas de estímulo”, disse.
Mantega também anunciou a redução da Taxa de Juros de Longo Prazo, a TJLP, que regula os empréstimos do BNDES,
de 6% para 5,5% ao ano, e a preferência pela compra de equipamentos da
indústria nacional ainda que produtos similares sejam mais baratos no
exterior. Segundo Mantega, as medidas tomadas pelo governo farão com que
a economia cresça de forma “vigorosa” no segundo semestre de 2012.
A presidenta Dilma Rousseff defendeu o modelo de compras
governamentais para estimular a economia e afirmou que outros países
utilizam prática semelhante. Segundo ela, as compras vão ajudar a
indústria brasileira, além de possibilitar a oferta de serviços públicos
de melhor qualidade.
“Hoje, nós tomamos mais uma iniciativa para usar o poder de compra na
manutenção e aceleração do crescimento econômico. Aqui eu gostaria de
ressaltar um fato. O uso de poder de compra é algo consagrado como um
dos mecanismos aceitos para garantir a sustentação do crescimento
econômico. Mal ou bem, foi feito em países como Estados Unidos, China”,
disse.
A presidenta disse que o governo continuará estimulando o
investimento e o consumo no País e tomará as medidas necessárias para
proteger os empregos e preservar as conquistas econômicas e os avanços
sociais. “Somos otimistas, apesar de sóbrios, porque temos os
instrumentos para preservar a saúde da economia e nossas conquistas
sociais. Praticamos um modelo que se desenvolveu em bases sólidas,
estamos fincados em pés brasileiros, fizemos um processo de crescimento
que expandiu o mercado interno”, explicou a presidenta.
Na avaliação da presidenta, a crise dos países da zona do euro tem
duração longa e crônica, requerendo mais medidas para ser solucionada.
“A cada reunião dos países europeus, esperamos que uma solução mais
sistêmica surja e assegure mais confiança”, disse.
Brasil.gov.br
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