quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Em um ano, o número de matriculas na educação superior subiu 5,7%.

Em um ano, o número de matriculas na educação superior subiu 5,7% no período de 2010 a 2011. As instituições públicas tiveram destaque com 7,9%, enquanto as privadas tiveram aumento de 4,8%. Os dados fazem parte do Censo do Ensino Superior, divulgados nessa terça-feira (16) pelo Ministério da Educação.
Com o crescimento do número de matriculas, o Brasil supera a marca de 6,7 milhões de pessoas incluídas no ensino superior. Desse total, 1,032 milhão estão em instituições federais. Entre o período pesquisado, as matrículas na rede federal cresceram 10% e já participam com mais de 58% das matrículas na rede pública, abrangendo também as esferas municipal e estadual.
Para o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, o ritmo crescente se deve pelas políticas de indução como o Programa Universidade Para Todos (Prouni), Programa de Financiamento Estudantil (Fies) e o Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni). Nos últimos anos, o MEC já concedeu mais de um milhão de bolsas integrais e parciais do Prouni, além de 570 mil contratos do Fies.
Entre as áreas de formação, o maior crescimento é nos cursos tecnológicos, que tiveram aumento de 11,4% na procura. Os cursos de licenciatura registraram o menor interesse e ficaram praticamente estagnados, com 0,1% de crescimento. A demanda do mercado de trabalho é a causa do aumento, segundo o ministro da Educação, Aloizio Mercadante.
Atualmente, são 59 universidades federais. A previsão do governo federal é que até 2014 o Brasil tenha 63 universidades federais, com 321 campus distribuídos em 272 municípios. “Nossa prioridade hoje é consolidar a expansão do Reuni. Crescer com qualidade”, ressaltou Mercadante
Inclusão de pretos e pardos
Os dados do Censo da Educação Superior também apontam que o percentual de pretos e pardos de 18 a 24 anos, que frequentam ou já concluíram o ensino superior de graduação, evoluiu de 1,8% para 8,8% e 2,2% para 11%, respectivamente.
“Este número ainda é baixo, mas vai melhorar com a política de cotas. Uma década é um prazo razoável para diminuir a desigualdade”, destacou Mercadante, referindo-se à lei de cotas, que reserva 50% das matrículas em universidades federais e institutos federais de ciência e tecnologia para estudantes oriundos de escolas públicas, com baixa renda, além de pretos, pardos e indígenas.
Fies
O Fies tem o objetivo de financiar a graduação de estudantes que não têm condições de arcar com os custos de sua formação. Para candidatar-se ao Fies, os alunos devem estar regularmente matriculados em instituições pagas, cadastradas no programa e com avaliação positiva nos processos avaliativos do MEC.
Reuni
Para ampliar o acesso e a permanência na educação superior, o governo criou o Reuni, que busca dobrar o número de alunos nos cursos de graduação em dez anos. O programa pretende permitir o ingresso de 680 mil alunos a mais nos cursos de graduação.
As ações do programa contemplam o aumento de vagas nos cursos de graduação, a ampliação da oferta de cursos noturnos, a promoção de inovações pedagógicas e o combate à evasão, entre outras metas que têm o propósito de diminuir as desigualdades sociais no País.
Prouni
Criado desde 2004, pela Lei nº 11.096/2005, o Prouni tem como finalidade conceder bolsas de estudos integrais e parciais a estudantes de cursos de graduação e de cursos sequenciais de formação específica, sempre em instituições privadas de educação superior. Quem adere ao programa recebe isenção de tributos.

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