domingo, 5 de dezembro de 2010

Nossos irmãos índios, nossos antepassados índios, nosso abandonado índio.

Todos anos perto do Natal e suas comemorações, aumenta a presença dos nossos irmãos, índios nos centros urbanos. Se organizão em praças das cidades de nossa região, com seus artezanatos, musicas, famílias, negocio. Mantiveram algumas relações históricas e culturais, perderam tantas outras. Eles ja estão completamente inceridos na urbanidade, respeitados pela sociedade. Ate ali.



“A ti índio de todas as Américas,
Se nada tenho do teu sangue,
 todo o meu se resume em ad-
miração e respeito  por tudo
 que foste, por tudo que reali-
zaste. Enfim, és o  meu irmão,
 filho do mesmo Pai.”

Alceu Krug Ferreira ALL FERR

Ocasos sangrentos


Tive a oportunidade de escavar uma urna de cerâmica que tinham resíduos  de farelos de grãos em Santiago na Cerca de Pedra e há outros resíduos a serem escavados e estudados na região por testemunhos orais e características de localização pela ocupação indígena e missioneira de épocas passadas. Observei em outras ocasiões, pedras de boleadeira, material lascado e cerâmico de pequenos colecionadores e de museus.  Conheço Itapuã, Viamão, Morro do Osso, Tristeza em Porto Alegre e em um monumental Sambaqui na região do Farol de Santa Marta em Laguna, Santa Catarina.
Na Região do Ibicui, Alegrete, São Francisco de Assis, Santiago o Vale do Jaguari, Missões e adjacências são fortes a demonstração dos nossos antepassados, fora museus, e um manancial de pesquisadores prontos para leituras e releituras. Nosso território é rico em elementos. Falta-nos pesquisa séria e comprometida com a decisiva contribuição indígena na cultura e tradição gaúcha e a humildade de reconhecer que sem o vermelho de nossos ancestrais indígenas que corre em nossas veias o Rio Grande, o gaúcho não existiria.
                        Devemos em honra a este passado fantástico, ao futuro de nossos filhos e a nossa própria cultura, divulgar o tanto que sabemos, e imediatamente pesquisar, carimbar registros e rastros, como responsabilidade acadêmica de extensão e construção do conhecimento, responsabilidade pública quanto ao acervo do nosso patrimônio cultural e étnico e de soberania local, regional e nacional enquanto nossa identidade perante movimentos globalizantes e uniformatizantes da cultura estrangeira, principalmente a norte americana.
                        Nossa história  é  patrimônio   cultural,   alicerce   de   nossa    identidade, responsabilidade de todos.    

Nenhum comentário :

Postar um comentário