Extremamente religioso, José de Alencar não temia a morte. Operado 15 vezes
entre 1997 e 20111, ele deu lições de vida e de dedicação às causas públicas.
Empresário que teve sua carreia construída com o esforço de seu trabalho e
de sua dedicação, José de Alencar nunca esqueceu sua origem e nunca menosprezou
o valor do trabalho. Mesmo tendo apoiado o golpe militar de 1963, não titubeou
no apoio à Lula e ao PT, quando foi convidado para integrar a chapa lulista à
presidência da República, em 2002.
Mesmo sem conhecê-lo pessoalmente, Lula convenceu-se de que deveria
convidar José de Alencar para integrar sua chapa, pois ele era um empresário
“saído do nada” que havia conquistado sucesso e que jamais esquecera sua
origem. Alencar não recusou o apelo e abriu as portas para que Lula pudesse
ser ouvido pelo empresariado nacional, sempre receoso do “perigo petista”.
Tendo ocupado a presidência da República por mais de 500 dias, José de
Alencar foi o vice-presidente que ocupou por mais longo tempo a presidência
interina do Brasil. Não obstante tenha sido sempre um crítico contundente da
política de juros altos do Banco Central, José de Alencar nunca se insurgiu
contra o governo Lula nem conspirou contra ele. Pelo contrário, jogou
sempre no mesmo time, somando esforços e promovendo o entendimento
entre o capital e o trabalho no governo do país.
Fonte - sul21
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