domingo, 19 de junho de 2011

Manifestantes realizam marchas ‘das Vadias’ e ‘da Liberdade’

Em diferentes cidades brasileiras neste sábado, estudantes, movimentos sociais e ativistas em geral realizaram edições da “Marcha das Vadias” e da “Marcha da Liberdade”. Porto Alegre teve manifestação na tarde de sábado, no Parque da Redenção.
Em Brasília, mais de 800 pessoas participaram de um protesto pelos direitos das mulheres. Chamado de “Marcha das Vadias”, o movimento reivindica que as mulheres possam se vestir e agir como quiserem, sem serem reprimidas por sua sexualidade.
De acordo com a antropóloga Julia Zambini, uma das organizadoras da marcha, o movimento é feito por feministas que buscam a igualdade de gênero. “Ser chamada de vadia é uma condição machista. Os homens dizem que a gente é vadia quando dizemos ‘sim’ para eles e também quando dizemos ‘não’”, afirmou. “A gente é vadia porque a gente é livre”, destacou.
A Marcha da Liberdade foi realizada em diferentes capitais brasileiras, como contraponto à repressão policial durante a “Marcha da Maconha” realizada em São Paulo. Para um dos organizadores do movimento na capital paulista, André Takahashi, a marcha conseguiu alcançar seus principais objetivos. “A Marcha da Liberdade já cumpriu o seu papel que é o de começar essa discussão sobre a liberdade de expressão e o uso das armas não letais”.
Na última quarta-feira, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu liberar manifestações em defesa da legalização do uso de drogas, como a Marcha da Maconha. Os ministros entenderam que a liberdade de reunião e a liberdade de expressão, direitos garantidos pela Constituição, devem ser respeitadas. Eles também definiram que as marchas não são crimes de incentivo e apologia às drogas, uma vez que propõem a revisão de políticas públicas, e não o consumo.

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