segunda-feira, 13 de junho de 2011

Petróleo Gaúcho - Petrobras aplicará 100 milhões de dólares na perfuração de poço na Bacia Pelotas.


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Bacia petrolífera Pelotas

As Câmaras de Vereadores de Pelotas e Rio Grande ficaram lotadas para a discussão sobre os desafios do petróleo na bacia Pelotas. Promovido pelos deputados petistas Miriam e Fernando Marroni, o painel abordou a situação atual do petróleo no mundo, no Brasil e no Rio Grande do Sul, além dos investimentos da Petrobras, na ordem de U$S 100 milhões, em 2012 e os desafios a serem encontrados, como formação de mão de obra local e desenvolvimento de fornecedores locais.

O diretor financeiro-administrativo da Refap, Vicente Rauber, mostrou que o país ocupa a 15º posição entre os 20 maiores produtores de petróleo mundial, com uma reserva de 14 milhões de barris de petróleo e uma produção anual de 2 mil barris por dia. Segundo Rauber, a expectativa é de que até 2020, a produção atinja quase 4 mil barris por dia. "O país já tem petroleo e é um grande produtor. E será maior ainda. Segundo o ex-presidente Lula, o petróleo tem de ser a solução dos nossos problemas estruturais".O geólogo e gerente-geral de exploração das bacias da costa sul da Petrobras, Jeferson Luiz Dias, explicou que a cadeia do petróleo passar por três estágios: exploração, delimitação da jazida e produção. Desde 2004 até hoje, com a compra de blocos para estudos (através de leilão), a Petrobras intensificou a primeira etapa, de exploração, procura por petróleo, na Bacia Pelotas. "Com aplicação de muito conhecimento científico e teconologia, foi realizado um levantamento sísmico. O resultado foi excelente, o que nos animou muito. Então, no final do ano passado tivemos de decidir: abandonar de vez a bacia ou começar a perfurar. Optamos pela segunda opção", relembrou Dias.O geólogo explicou que cerca de 20% a 30% dos poços perfurados tem sucesso. "Mas estamos otimistas e confiantes em relação às expectativas", anunciou. Dias destacou que não basta toda a tecnologia e conhecimento do mundo para ter certeza da existência ou não do petróleo. "É preciso perfurar para ter certeza se existe ou não, além de avaliar se a qualidade e quantidade são suficientes para produção". Ele não descarta a descoberta de gás natural também.Dias anunciou os investimentos para a segunda etapa do processo, a perfuração do primeiro poço, que inicia no ano, entre São José do Norte e Tavares, aproximadamente. Este poço será em águas profundas, tendo cerca de 7 mil metros de profundidade. "No pré-sal, somente um poço é mais profundo que este. Os outros todos são mais rasos. O que implica em grande investimento, na ordem de cerca de 100 milhões de dólares, só em 2012".Dias explicou ainda que desde 2004 até março de 2011, com o estudo foram gastos pouco mais de R$ 20 milhões. O projeto está em fase de licenciamento ambiental e, assim que iniciadas as perfurações, em um prazo de três a quatro meses será conhecido o resultado da existência e possibilidade de produção de petróleo e gás natural. Já o gerente de construção e montagem de plataformas, José Luís Rodrigues da Cunha, falou dos principais desafios da região: formação de mão de obra local (soldador, montador, esmerrilhador, pintores, tubuleiros) e desenvolvimento de fornecedores (estrutura, vasos, tubulações e equipamentos).Por todos esses anúncios positivos e desafios a serem encontrados, a deputada Miriam, por orientação do governador, anunciou a formação de um Comitê da Bacia Pelotas, a ser formado pelas instituições de ensino da região, como UFPel, UFRGS e IF-Sul e IFRS. para a parlamentar, assim como a necessidade do plano diretor do polo naval, para a preparação da região para o recebimento de sistemistas e qualificação de mão de obra, é necessária a preparação para a chegada do petroleo. "Quem diria que a região que há pouco começou a produzir plataformas para a exploração e produção de petróleo fora do Estado, vive agora a expectativa de produzir plataformas para serem utilizadas aqui mesmo".

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