PERSONAGENS:
Jean Baptiste Colbert >
ministro de estado de Luis XIV.
(Reims, 29 de Agosto de 1619 – Paris, 06 de
Setembro de 1683)
Jules Mazarin >
nascido na Itália, foi cardeal e primeiro ministro da França.
(Pescina, 14 de julho de 1602 — 9 de março de 1661)
- Min. Colbert: Para encontrar dinheiro, há um momento em que enganar (o contribuinte) já não
é possível. Eu gostaria, Senhor Superintendente,
que me explicasse como é que é
possível continuar a gastar, quando já se está
endividado até ao pescoço...
- Cardeal Mazarin: Se se é um simples mortal, claro está, quando se está coberto de dívidas, vai-se
- Cardeal Mazarin: Se se é um simples mortal, claro está, quando se está coberto de dívidas, vai-se
parar à prisão. Mas o Estado... o Estado, esse, é
diferente!!! Não se pode mandar o Estado
para a prisão. Então, ele continua a
endividar-se...todos os Estados o fazem!
- Colbert: Ah, sim? O Senhor acha isso mesmo? Contudo, precisamos de dinheiro. E como
- Colbert: Ah, sim? O Senhor acha isso mesmo? Contudo, precisamos de dinheiro. E como
é que havemos de o obter se já criámos todos os
impostos imagináveis?
- Mazarin: Criam-se outros.
- Colbert: Mas já não podemos lançar mais impostos sobre os pobres.
- Mazarin: Sim, é impossível.
- Colbert: E então...os ricos?
- Mazarin: Os ricos também não. Eles não gastariam mais. Um rico que gasta faz viver
- Mazarin: Criam-se outros.
- Colbert: Mas já não podemos lançar mais impostos sobre os pobres.
- Mazarin: Sim, é impossível.
- Colbert: E então...os ricos?
- Mazarin: Os ricos também não. Eles não gastariam mais. Um rico que gasta faz viver
centenas
de pobres.
- Colbert: Então, como havemos de fazer
- Colbert: Então, como havemos de fazer
- Mazarin: Colbert!
Tu pensas como um queijo, como um penico de um doente!
Há uma quantidade enorme de
gente situada ENTRE os ricos e os pobres: os que trabalham sonhando em vir a
enriquecer e temendo ficarem pobres. É a esses que devemos lançar mais
impostos, cada vez mais, sempre mais! Esses, quanto mais lhes
tirarmos mais eles trabalharão para compensarem o
que lhes tiramos.
É um reservatório
i n e s g o t á v e l !!
Extraído
de “Diálogos de Estado”
"A classe média é o pó da
sociedade. Está flutuando; não está em cima e nem embaixo..." (Leon
Trotsky).
Nenhum comentário :
Postar um comentário