Deputados querem garantir direito à privacidade do internauta.
maio 3, 2012 | Categorias: ImprensaeNotícias.
Deputados
e especialistas estudam mudanças na legislação brasileira para garantir
o direito à privacidade do usuário na internet. Eles defendem a
aprovação do projeto do marco civil da internet (PL 2126/11), que prevê,
como um dos princípios para uso da rede, a proteção da privacidade e
dos dados pessoais. Alguns parlamentares defendem, adicionalmente, a
aprovação de uma lei geral de proteção de dados pessoais, que está em
fase de elaboração pelo Poder Executivo. Outros acreditam ainda que são
necessárias alterações no Código de Defesa do Consumidor (CDC – Lei
8.078/90), para proteger plenamente o usuário.
Segundo
especialistas, as atuais lacunas na legislação brasileiras vêm causando
uma série de danos aos internautas, possibilitando abusos por parte de
empresas de internet. O deputado Paulo Pimenta (PT-RS) afirma que os
problemas enfrentados hoje pelo consumidor brasileiro incluem a
comercialização de banco de dados e o uso de informações pessoais para
publicidade direcionada. Já o advogado e pesquisador do grupo Cultura
Digital e Democracia da Universidade de Brasília (UnB) Paulo Rená
explica que problemas com cadastros de cartão de crédito e de sigilo
bancário constituem violação ao direito à privacidade do cidadão, que
está previsto na Constituição.
Monitoramento dos usuários
Paulo Pimenta propôs debates sobre privacidade na internet na Comissão de Defesa do Consumidor, para que a sociedade fique mais informada sobre esses problemas. “As pessoas não sabem que, quando visitam uma página de busca do Google, por exemplo, estão autorizando o site a incluir um cookie no seu computador, que é um programa de monitoramento do perfil do usuário. E isso vai criar um mecanismo de controle e acompanhamento do gosto do internauta, do seu desejo de compra”, diz o deputado.
De acordo o advogado do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) Guilherme Varella a prática de empresas de internet de coletar dados e gostos pessoais de e-mail, por exemplo, sem autorização, para formar bancos de dados, é uma violação dos direitos do consumidor. Conforme Varella, as empresas fazem isso para promover a publicidade dirigida. “Hoje, os consumidores disponibilizam seus dados sem ter a segurança de que essas informações serão revendidas ou repassadas a terceiros”, complementa.
Paulo Pimenta propôs debates sobre privacidade na internet na Comissão de Defesa do Consumidor, para que a sociedade fique mais informada sobre esses problemas. “As pessoas não sabem que, quando visitam uma página de busca do Google, por exemplo, estão autorizando o site a incluir um cookie no seu computador, que é um programa de monitoramento do perfil do usuário. E isso vai criar um mecanismo de controle e acompanhamento do gosto do internauta, do seu desejo de compra”, diz o deputado.
De acordo o advogado do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) Guilherme Varella a prática de empresas de internet de coletar dados e gostos pessoais de e-mail, por exemplo, sem autorização, para formar bancos de dados, é uma violação dos direitos do consumidor. Conforme Varella, as empresas fazem isso para promover a publicidade dirigida. “Hoje, os consumidores disponibilizam seus dados sem ter a segurança de que essas informações serão revendidas ou repassadas a terceiros”, complementa.
Ambos defendem a aprovação do marco civil. Também conhecido como a
“Constituição da internet”, o projeto define os direitos dos usuários da
internet e representa uma lei geral de proteção de dados pessoais, que
incluirá regras para as empresas lidarem com bancos de dados dos
consumidores, dentro da rede e fora dela. Paulo Pimenta acrescenta que
também são necessárias algumas alterações no Código de Defesa do
Consumidor para adaptá-lo à prática do comércio eletrônico.
Privacidade com liberdade
O deputado Alessandro Molon (PT-RJ), relator do marco civil, explica que o projeto garante o direito à privacidade do usuário de internet, sem que a liberdade de expressão na rede seja tolhida, na medida em que retira a responsabilidade dos sites por conteúdos publicados por terceiros. De acordo com a proposta, o provedor de conteúdo somente poderá ser responsabilizado por danos decorrentes de conteúdo gerado por terceiros se, após ordem judicial específica, não tomar as providências para, dentro do prazo assinalado, tornar indisponível o conteúdo apontado como infringente.
O deputado Alessandro Molon (PT-RJ), relator do marco civil, explica que o projeto garante o direito à privacidade do usuário de internet, sem que a liberdade de expressão na rede seja tolhida, na medida em que retira a responsabilidade dos sites por conteúdos publicados por terceiros. De acordo com a proposta, o provedor de conteúdo somente poderá ser responsabilizado por danos decorrentes de conteúdo gerado por terceiros se, após ordem judicial específica, não tomar as providências para, dentro do prazo assinalado, tornar indisponível o conteúdo apontado como infringente.
“Na
medida em que os blogs, portais e sites tiverem a tranquilidade de que
não vão responder judicialmente pelos conteúdos, vão garantir mais
debates; senão, vão tender a retirar os comentários e, de alguma
maneira, a liberdade de expressão será tolhida”, salienta. Molon diz
ainda que poderá incluir na proposta medidas para prevenir a
comercialização dos dados pessoais dos internautas e o uso dessas
informações para fins de publicidade.
A responsabilização do provedor apenas após o descumprimento de
decisão judicial também é defendida pela diretora política da empresa
Mercado Livre no Brasil, Laura Fragomeni. “Hoje, o provedor fica
indeciso se deve retirar o conteúdo ou não; ele acaba tendo que ser o
juiz no meio de duas partes”, explica. “Mas esse não é o papel da
iniciativa privada, e sim do Judiciário,” complementa. Segundo ela, se
as companhias forem consideradas responsáveis pelo conteúdo gerado por
terceiros, elas terão de fiscalizar todo o conteúdo, acabando com o
direito à privacidade. Para Laura, a ausência de normas hoje tem gerado
problemas. “Há casos em que o Judiciário condenou blogueiras por
conteúdos publicados por terceiros em seus blogs”, citou.
Caro Tide.
ResponderExcluirGostaria de externar alguns sentimentos pessoais sobre a pretendida chapa de coligação PPL-PT. Como são pessoais, são passíveis de erro de avaliação, claro.
Para mim, o bom senso político imperou. E explico.
No momento atual, pelas razões conhecidas (troca de partido), o nome do vereador Miguel Bianchini tem uma relativa aceitação popular mas enormes rejeições.
Antes de mais nada, ele terá de firmar-se politicamente demarcando o seu próprio espaço, a sua fatia. Competência, dedicação, garra e conhecimentos técnicos não lhe faltam.
Para saltos políticos maiores, falta-lhe, talvez, um maior amadurecimento, uma postura de conciliador, coisas que apenas com o próprio amadurecimento é que se atinge.
Quero dizer com isto que uma coisa é ser candidato ao poder legislativo. Ele será um dentre os demais. Outra coisa é o poder executivo. Ali o poder é uno. É o de conciliador, o de um magistrado, o de um chefe de equipe. É o saber trabalhar em grupos. Liderando-os.
Não me levem a mal. Nem os integrantes do partido dos trabalhadores, nem os integrantes do partido da pátria livre, nem o Bianchini, nem o Bueno.
Entendo que coligações são necessárias e salutares à prática democrática. Mas a unanimidade, como desejam alguns, não. Unanimidade não existe. É como alguém muito bem definiu: “Toda unanimidade é burra!”
Obrigado.