segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

História da cachaça.

           Antigamente, no Brasil, para se ter melado, os escravos colocavam o caldo da cana-de-açúcar em um tacho e levavam ao fogo.

              Não podiam parar de mexer até que uma consistência cremosa surgisse. Porém um dia, cansados de tanto mexer e com serviços ainda por terminar, os escravos simplesmente pararam e o melado desandou.
               O que fazer agora?
               A saída que encontraram foi guardar o melado longe das vistas do feitor.
               No dia seguinte, encontraram o melado azedo fermentado.
               Não pensaram duas vezes e misturaram o tal melado azedo com o novo e levaram os dois ao fogo.
           Resultado: o 'azedo' do melado antigo era álcool que aos poucos foi evaporando e formou no teto do engenho umas goteiras que pingavam constantemente.
               Era a cachaça já formada que pingava. Daí o nome 'PINGA'.
            Quando a pinga batia nas suas costas marcadas com as chibatadas dos feitores ardia muito, por isso deram o nome de 'ÁGUA-ARDENTE'
            Caindo em seus rostos escorrendo até a boca, os escravos perceberam que, com a tal goteira, ficavam alegres e com vontade de dançar.
             E sempre que queriam ficar alegres repetiam o processo.

(História contada no Museu do Homem do Nordeste).

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