sábado, 28 de abril de 2012

JP sobre a URI - A URI não tem pensadores e nem cérebros para entender essa nova conjuntura.

Tenho uma noticia muito intrigante de uma doutoranda em biologia da URI. Doutoranda ou aluna especial? Há uma grande diferença. Breve esclarecimentos.


"A URI não tem pensadores e nem cérebros para entender essa nova conjuntura. Então, o que fazem? Fecha-se cada vez mais; contudo, fecha-se sem apresentar respostas. Santiago está virando uma ilha de atraso; tudo é fechado, tudo é aparência, por que essência e conhecimento sério não existe. A resposta que poderíamos dar era centrada no conhecimento, no saber e, sobretudo, com investimento na QUALIDADE, como diferencial.

As notas no ENEM, em Santiago, são escandalosas, são um fiasco e isso é indicativo da péssima educação ministrada pelas licenciaturas. Gostem ou não, parem de sonhar, parem de mentir, o péssimo desempenho dos alunos reflete a péssima formação dos professores. Não adianta a propagandinha enganosa dizendo que aprovamos o pedrinho e o joãozinho nessa e naquela federal...aprovar em federal, hoje, não é mais é exceção, é regra, tal é a oferta de vagas. O curso de direito, no exame de ordem, atesta a total falência do ensino jurídico em Santiago.

E nem estou falando nos bacharéis e licenciados que não passam do lado de trás do balcão onde trabalham. Coitados, investiram em educação superior como promessa de um sonho e de mudança de status quo e vêem-se, depois de formados, mergulhados num abismo.

Sinceramente, eu até acho que o Clovis Brum tentou modernizar a URI, em alguns aspectos. Só que ele herdou uma herança maldita, sob dois aspectos, o intravenoso e o venenoso.

Se as universidades comunitárias que investem em Meritocracia, independente do sobrenome do professor, já andam com a água pelo pescoço, imaginem aqui em Santiago, onde os critérios para a seleção docente e de pessoal técnico e especializado sempre foi assentado em bases familiares, num patrocínio empreguista vergonhoso. (Tem exceções? Claro, principalmente nos últimos anos).

Agora, se ganhar a chapa liderada pela professora Aida, eu prevejo o pior para o ensino superior em Santiago. Ela vai seguir fazendo o que ela acha certo, vai seguir promovendo o empreguismo familiar e agirá de cabeça mais erguida ainda, posto que imaginará legitimada pela unção do voto (o que – a rigor – será verdadeiro).

Por isso, o voto em Chico e Michele – nessa conjuntura – é a única alternativa para não ver tudo afundado definitivamente. Insistir em parentes, insistir em montar uma estrutura universitária assentada em bases familiares, vai ser um caos para o saber e o conhecimento, ampliando o absurdo abismo que já existe. Nem se trata mais, nessas alturas, de discussão ética ou não, se trata – sim – de entendermos que em lugar algum do Brasil o ensino superior comunitário pode ficar a mercê de caprichos familiares, escolhendo apenas duas ou três famílias para gerir toda uma gama de concepções teóricas que existem na sociedade. Mesmo os centros universitários que são sabidamente familiares, sei que existem alguns, as famílias ocupam os cargos de direção, mas reconhecem que o ensino tem que ficar com quem tem formação e competência.

Será que a cegueira tomou conta de todos. Será que nunca pararam para ver as estatísticas desastradas do ENEM?

Será que estão todos entorpecidos?

Sinceramente, eu apenas me incomodo levantando e suscitando esse tipo de debate. Para a minha vida, tanto faz Chico ou Aida. Agora, existe um bem maior em jogo, existe um Princípio muito nobre envolvido nessa disputa, não se trata de uma parelha para um clube recreativo ou social, se trata de definirmos o futuro do ensino superior de nossa cidade e de nossa região.

É claro que quem tem interesse em seguir acomodado em boquinhas, mamando em tetas que são alimentadas com a venda de uma péssima educação, quem noutro lugar não conseguiria dar aulas porque não tem competência para passar num concurso público decente (desses que não seja de ralo), bem, esses tem mais é que defenderem a visão que prega o empreguismo familiar acima da qualidade do ensino e do mérito.

Só aqui se botam “doutores” frios coordenar cursos de graduação, quando na verdade só tem especialização. Essa é apenas uma conseqüência do que gera o conluio pessoal e familiar manipulando com o ensino superior de um povo."

Postado por Júlio César de Lima Prates às Quarta-feira, Junho 02, 2010

Nenhum comentário :

Postar um comentário