segunda-feira, 2 de abril de 2012

Vale apena ler - História da manipulação da imprensa por Julio Cesar de Lima Prates.

"Se de um lado não temos um mapeamento dos aparelhos ideológicos em Santiago, de outro também não temos uma análise sobre como se comportam as forças capazes de influenciar os rumos da formação da opinião pública, embora saiba-se que é a imprensa local que mais atua nesse sentido. Essa atuação se expressa na força opinitiva dos jornais, em menor grau das rádios. O que acontece com as rádios é a pouca linha opinativa dos seus agentes e esse juízo não tem nada a ver com audiência. Nos últimos anos, um fato novo, em termos de imprensa, tem marcado profundamente a opinião pública devido ao peso da expressão opinitiva, tratam-se dos blogs.

De qualquer forma, é possível sintetizar que é da força dos jornais e blogs que emerge a fatia maior da formação de uma opinião pública abalizada. Concomitantemente, existe a força das opiniões pessoais dos agentes políticos, dos agentes educacionais, culturais, entre outros. É nesse imbróglio, que se gesta uma síntese.

O PP que hoje reina absoluto e hegemonicamente em Santiago, conta com o peso da opinião dos seus agentes e também com a complacência da imprensa. A recente eleição de CHICÃO, por exemplo, decorreu de um amplo pacto que forjou uma idéia de consenso e de unidade. Dentro desses dois polos formadores de opiniões, não houve uma só voz dissonante e mesmo as que, eventualmente, tenham chegado a se expressar, foram engolidas pela força neutralizante da imprensa local, especialmnte a blogueira e - em menor grau - pelos jornais. O que adianta uma pessoa "xis" dizer isso e aquilo se surge um órgão de imprensa com milheres de leitores semanais e diz algo bem diverso do que essa pessoa individualmente exprimiu? As opinões individuais, nesse contexto, tendem a serem engolidas.

CHICÃO jamais teria conseguido chegar onde chegou se não fosse o pacto e o consenso de imprensa em torno de seu nome.

Do digladiar das forças de oposições tradicionais, resta um consenso de que essas não existem mais. Nem para a edição do contraditório. E não que não se tenha tentado de tudo. Todas as fórmulas foram fracassadas, seja quando vieram por dentro, seja quando vieram por fora. De Burmann e Dionísio a Afonso Motta e Padilha.

A grande e única conclusão a que se pode chegar, gostem ou não, isso é uma constatação óbvia, é que o PP - até hoje - só não enfrentou a oposição da imprensa, nem dos jornais e nem dos blogs. É claro que o staff do poder tem uma leitura bem clara sobre a capacidade de fogo de cada um dos agentes da imprensa e leva tudo no maior controle e sem nenhum descuido, embora eu venha anunciando que está entrando areia a partir da uri."




Postado por Júlio César de Lima Prates às Sábado, Outubro 23, 2010

4 comentários :

  1. Aí ele estava só fazendo um alerta!!!hahahaha!!!!

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  2. Sempre, claro, subserviente ao partido que lhe paga, o Partido Progressista, aquele partido ancorado e assentado em Santiago e que é progressista não porque almeje o progresso de todos. Almeja antes, e principalmente, o progresso dos latifundiários, dos fazendeiros que herdaram suas terras através das capitanias hereditárias ou por grilagens mil. O partido que defende a extinção do Código Florestal para que possa arrasar de vez o que resta da nossa riqueza. Eu digo nossa visto ser um bem comum, de toda a humanidade. Claro que não é nossa. É deles! Enfim, não querendo estender-me demais em assuntos já estudados e condenados internacionalmente, o partido da TFP. O partido da UDR. Enfim, de tudo que for condizente com o atraso e com a manutenção de privilégios, mormente se pagos como dinheiro público, de todos nós. É aquele famoso contrato "caracu" onde eles entram com a cara e nós, o restante da sociedade, entra com o resto!
    O carancho#

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  3. Surgiu a cura do câncer! Pelo menos a do câncer santiaguense! Abaixo esses parasitas de dinheiro público!

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  4. Outro erro de avaliação do "estrategista" ao dizer que houve um pacto da "imprensa" em torno do nome do chicão. Se houve algum pacto, ou não (e não deveria ter havido), eu não sei. O que eu sei é que a sociedade como um todo, os cidadãos das mais diversas tendências ideológicas (inclusive de outras cidades da região), resolveram unir-se para reeleger um representante deste pedaço paupérrimo deste estado igualmente pobre. Se houve algum pacto foi um pacto não escrito em torno de um nome que, aliás, era o único representante da região.

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