quarta-feira, 18 de julho de 2012

Nada melhor”, diria meu avô, “quando os poderosos jogam suas diferenças no ventilador.

            Nada melhor”, diria meu avô, “quando os poderosos jogam suas diferenças no ventilador a sujeira do esgoto subterrâneo vem à tona e torna-se público.”

                  Esta postagem é um exemplo da sua sabedoria. Mostra-nos o submundo da guerra suja entre entes midiáticos e do conluio entre alguns poderes públicos municipais e parte da imprensa. Daquela “imprensa” das conveniências, dos interesses escusos, da venda e da negação dos fatos, das licitações fajutas. Da troca do interesse público pelo privado. Da troca de favores. Da falsa imprensa. Da informação maquiada e manipulada em favor do poder econômico que lhes paga e em desfavor da sociedade. A imprensa brasileira está podre. Corrompida e vendida. Faz da informação uma barganha negocial. Tente ler um jornal, assistir um noticiário televisivo, ler uma revista noticiosa semanal. É uma vergonha, um descalabro, nada se aproveita. É o mundo cão. É a apelação pela apelação. Nada mais choca. Nada mais chama a atenção. E depois disto, vai vender o quê? Depois da imundície humana, dos esgotos e da carne podre, vai vender o quê? A beleza? Sinceramente, penso que a imprensa noticiosa está num irreversível processo autofágico. Que assim como eu, muitos afastaram-se e negam-se a ser ludibriados por falsas manchetes. Que simplesmente não lhes consome, não lhes dá guarida nem atenção. Seu mercado encolhe dia a dia. Chegará o dia em que terá de rever suas estratégias negociais de manipulação e de venda das informações. Seu produto está com o prazo de validade vencido.

        Não fazer da coisa pública uma privada é uma das máximas da probidade administrativa. Conforme testemunhado diariamente, este princípio administrativo está bastante escamoteado e é urgente que os órgãos de controle, caros e onerosos aos nossos bolsos, criados especialmente com a finalidade de combatê-los, efetivamente os controlem, os fiscalizem e os denunciem ao poder judiciário.

              Vez por outra horrorizamo-nos com as cachoeiras que pululam no centro-oeste do país mas esquecemo-nos que apesar da seca e das chuvas modestas, as cachoeiras também jogam água suja por aqui, neste interiorzão tão distante. Guardadas as devidas proporções pois as verbas aqui são mais modestas. Possivelmente a luta por fatias, por seus nacos seja mais intensa.

               Mas é sintomático que as prioridades sejam constante e permanentemente invertidas em favor das aparências, das maquiagens, do faz-de-conta, desfavorecendo o social, a educação, a saúde, a infraestrutura, a água, o esgoto, o solo, a mobilidade urbana.

oCarancho#

Um comentário :

  1. O Oracy sabe ser hilário quando quer..
    Achei graça da "garagem" da cultura na nova quadra da rua dos poetas.
    E diz ele que em frente, na rua, tem o monumento gigante de concreto em homenagem à cuia, ha, he, hi, ho, hu.
    Embora eu acredite, pelo que eu conheço, que ao invés de erva, os cacos e as cacas vão encher a "cuia" é de xêpa de cigarros, latinhas de cerveja vazias, papéis de bala, papel e pauzinhos de picolés etc.
    Haja "curtura".

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