quinta-feira, 12 de julho de 2012

Seis negócios para você montar em casa.


                    Muita gente que decide montar o próprio negócio prefere fazê-lo em casa, ao menos no começo, para diminuir os riscos da empreitada. Entre outras vantagens, trabalhar por conta própria em casa permite um certo conforto e economia de tempo e de dinheiro. Mas atenção: você precisará ter muita disciplina para que isso não comprometa a sua produtividade. É fundamental delimitar o espaço físico entre a casa e o trabalho e tomar cuidado para que não haja interferência da família no dia-a-dia do negócio. Procure respeitar os horários. Nada de parar no meio do expediente para um cochilo ou para asssitir à TV. Você também não deve estar 24 horas por dia à disposição dos clientes. Lembre-se de que suas horas de descanso e de dedicação à família também devem ser sagradas tanto quanto possível.
                    Até pouco tempo atrás, trabalhar em casa era algo restrito a atividades como costura, produção de comida congelada e artesanato. Com o tempo, a lista foi crescendo e hoje inclui também atividades descoladas, como promoção de eventos, aluguel de som e luz para festas, agência de turismo, escritório de design para sites, criação de jogos para celulares e produção de incensos, velas e aromas. Se você se interessou por alguma dessas atividades, confira a seguir algumas dicas de empresários que atuam nesses ramos para você se dar bem.
                      Perfumes terapêuticos

                    A aromaterapia pode ser uma oportunidade para novos negócios dentro do setor de bem-estar. O mercado ligado ao bem-estar segue em alta no país. Um número cada vez maior de pessoas busca alternativas para equilibrar o corpo e a mente e para reduzir o estresse do dia-a-dia. Muitas atividades exigem investimentos relativamente altos, como a montagem de um spa urbano ou de uma clínica de terapias orientais. Mas se você tem afinidades com o ramo e não dispõe de muito capital, pode iniciar um negócio de produção de incensos, velas, sabonetes, sachês e outros aromatizantes, em sua própria casa, sem fazer grandes investimentos.

                SAIBA MAIS
                 O empresário João Pedro Hessel Filho, de São Paulo, que atua no ramo, diz que o ideal é você começar fazendo um ou outro item apenas e ir aumentando a gama de produtos à medida que for se firmando no mercado. Além de vender os produtos diretamente para o consumidor final e para as lojas, você pode formar parcerias com outras empresas do ramo, como as clínicas de terapias orientais.
           Há espaço também para quem quer oferecer serviços de aromatização de ambientes para empresas, como faz a aromaterapeuta e psicóloga Sâmia Maluf, da By Sâmia, de São Paulo. O trabalho consiste em estudar e mapear os problemas existentes no ambiente antes de definir que tipo de aroma será utilizado. Um consultório dentário, por exemplo, pode optar por óleos cujos aromas tranquilizem os pacientes. Para uma loja de doces, um cheirinho que estimule o apetite nos clientes pode ser uma boa ideia. Há também substâncias que instigam o aumento da produtividade. Mas é preciso se precaver com possíveis casos de pessoas alérgicas.
          É importante também tomar alguns cuidados com a segurança. Como a parafina e a glicerina, duas matérias-primas muito utilizadas na área, são inflamáveis, procure instalar o negócio num cômodo livre, bem ventilado e que não seja frequentado por crianças, nem por animais de estimação. Mesmo assim, convém manter um extintor de incêndio sempre por perto. É fundamental também conhecer bem as diferentes substâncias utilizadas na produção e seus efeitos. Algumas podem causar alergia em pessoas que têm problemas respiratórios.

3 comentários :

  1. GRIPE A
    Leia a entrevista do infectologista Esper Kallás, professor da Unifesp (Federal de São Paulo), membro do núcleo de infectologia do Hospital Sírio-Libanês (SP).
    Folha - É justificado esse alarde em torno do aumento de casos da gripe A?
    Esper Kallás - Não há nada de diferente que justifique isso. Acontece que a cultura da gripe no Brasil é recente. A gente nunca deu bola para isso até a epidemia da gripe A, em 2009. Mas os casos de influenza sempre existiram.
    O que vemos hoje é o mesmo comportamento da gripe, como em todos os anos. É evidente que, em alguns anos, o impacto será maior, e, em outros, mais brando.
    E as mortes?
    Sempre existiram casos de mortes relacionadas ao influenza, mas a gente não as identificava. A maioria dos casos [atuais] é de gripe A, mas não é epidêmico. O grande receio é que entre um vírus diferente daquele que circulou nos anos anteriores, como ocorreu em 2009.
    Aí você pega uma população suscetível, o número de casos é maior. O segundo grande temor é quando entra um vírus que tem uma mortalidade associada maior, como o da gripe aviária, o H5N1.
    Esse sim matou metade das pessoas [infectadas].
    O que o sr. pensa sobre essa corrida em busca do Tamiflu?
    Na minha opinião, o Tamiflu é um remédio ruim. Tem eficácia pequena, e o beneficio aos pacientes é discreto. Tem uma janela de uso muito curta, no máximo 36 horas após o início dos sintomas.
    Dos casos que acompanhei, vi que em um número considerável [o medicamento] não muda a história, principalmente nos mais graves durante a epidemia em 2009.
    Os médicos que receitam precisam ter isso na cabeça antes de ir receitando indiscriminadamente. O uso do Tamiflu é muito restrito, só vale se você pega um caso mais exuberante, desde o início, ou para aquelas pessoas que estão em grupos de risco. A população em geral não vai se beneficiar com o remédio.
    Sem retenção de receita, há perigo de uso indiscriminado?
    Algum controle deveria ter, como se tem com os antibióticos. Na prática, transformar o remédio em tarja vermelha é liberar a venda, porque todo mundo compra sem receita nas farmácias. O que pode acontecer também é o vírus se tornar resistente à medicação, mas ainda não há comprovação de que isso ocorra.
    (Folha de São Paulo, quinta-feira, 12 de julho de 2012 jornalista CLÁUDIA COLLUCCI)

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    1. NÃO HAVERÁ USO INDISCRIMINADO (DE TAMIFLU), AFIRMA GOVERNO
      de São Paulo
      Para o diretor do departamento de vigilância e doenças transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch, não haverá uso indiscriminado do medicamento Tamiflu com a liberação da venda sem retenção da receita.
      Segundo ele, nas farmácias, o remédio ainda é caro e, nos postos de saúde, há um rígido controle para a sua retirada. "Nossa preocupação é justamente o contrário. Havia uma dificuldade de acesso ao medicamento."
      Ele afirma que esse pode ter sido um dos fatores que contribuíram para as mortes associados à gripe A.
      Maierovitch também contesta as dúvidas sobre a eficácia do medicamento e afirma que essa classe terapêutica é a única capaz de reverter sintomas da gripe já instalados.
      (Folha de São Paulo, quinta-feira, 12 de julho de 2012)

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    2. Gripe A provoca corrida por vacina no Sul
      No interior gaúcho, há registros de confusão e intervenção da polícia; doença já causou 23 mortes no Estado
      Moradores vendem lugares na fila; segundo Ministério da Saúde, não há como vacinar toda a população
      FELIPE BÄCHTOLD DE PORTO ALEGRE
      O medo da gripe A está causando correria em busca da vacina no Rio Grande do Sul. Nas cidades do interior, longas filas têm se formado. Alguns moradores viraram a noite na espera pela dose gratuita, e há registros de tumulto e intervenção da polícia.
      O Estado, onde 23 pessoas já morreram devido à doença neste ano, recebeu 800 mil doses extras da vacina. Em toda a região Sul do país, segundo o Ministério da Saúde, já são 69 mortes.
      A campanha do governo federal deste ano previa a vacinação de grupos restritos, como gestantes e idosos.
      Agora, mesmo com as doses extras, não há vacinas para todos no Estado. Assim, os municípios definem seus critérios de prioridade.
      Ontem, em Santa Rosa (a 486 km de Porto Alegre), a vacina foi aplicada por ordem de chegada. A fila começou a se formar anteontem para a distribuição das 9.000 doses.
      Situação pior ocorreu na última semana em Cruz Alta (a 343 km da capital). Em dois dias, 15 mil doses foram aplicadas. Houve confusão e até casos de venda de lugares na fila. A polícia foi chamada para evitar tumultos. Escolas municipais anteciparam as férias como precaução.
      Em Carazinho (a 285 km de Porto Alegre), o lote extra acabou em poucas horas ontem. O secretário municipal de Saúde, Mauro Mazzutti, afirma que alguns moradores fizeram "plantão desde as 4h" pela aplicação.
      "Tinha gente muito afoita, desesperada e causando pânico no resto da população."
      Na região de Santo Ângelo (a 434 km da capital), o Ministério Público recomendou a 83 prefeituras que vacinem prioritariamente crianças de até 12 anos. A medida não tem poder de lei, mas já começou a ser seguida.
      COBRANÇA
      Na rede particular, as doses custam a partir de R$ 50, mas estão em falta no RS.
      Na semana passada, a federação de municípios cobrou do Estado doses para todos. O sindicato dos professores também pediu a vacinação de todos os estudantes.
      Para o ministério, não há como vacinar toda a população. Segundo o último balanço, já houve 1.099 casos da doença, com 110 mortes neste ano no país.
      (Folha de São Paulo, quinta-feira, 12 de julho de 2012)

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