Jorge Seadi
O maior acidente nuclear do mundo completa hoje (26) seus 25 anos com um prejuízo estimado de US$ 180 bilhões. O primeiro-ministro da Ucrânia, Nikolai Azarov disse nesta terça-feira que “as despesas para superar o acidente chegaram a 10% do orçamento anual do país”.
Azarov declarou que o acidente com a usina de Chernobyl, em 26 de abril de 1986, atingiu 145 mi quilômetros quadrados dos territórios da Ucrânia, Belarus e Rússia, com contaminação radioativa. “Cerca de 2,2 milhões de pessoas na Ucrânia receberam o status de vítima de Chernobyl”, revelou o primeiro-ministro.
Documentos indicam que 91 mil pessoas tiveram que deixar suas casas no dia seguinte ao desastre ocorrido numa madrugada. Azarov reiterou que a Ucrânia tem capacidade para assumir as despesas da planta que foi enclausurada em 2000 e que ainda abriga toneladas de combustível nuclear. O primeiro-ministro agradeceu à comunidade internacional os 550 milhões de euros arrecadados para construir um novo invólucro para o quarto reator da central e completar outros programas de desativação.
O primeiro-ministro disse também que “proibir o uso da energia nuclear seria o mesmo que proibir o uso dos computadores” ao responder sobre uma pesquisa em que 70% dos ucranianos não querem a construção de novas usinas nucleares e 39,4% consideram as atuais usinas perigosas.
Chernobyl espalhou 200 toneladas de material físsel com radioatividade equivalente a 500 bombas atômicas como a de Hiroshima. A radiação afetou mais de 5 milhões de pessoas, principalmente na Rússia, Ucrânia e Belarus segundo informe da Organização Mundial da Saúde.
Hoje, os presidente das Rússia, Dmitri Medvedev e da Ucrânia, Viktor Yanukovych vão homenagear as vítimas de Chernobyl, em Kiev, capital da Ucrânia, a 100 km da usina.
Com informações do Terra
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