Deputados do PP falam com cautela sobre criação da CPI do DAER

Líderes de bancada e de partido do PP, João Fischer e Adolfo Brito definem com a bancada, nesta terça (5), se assinam o pedido de CPI - Ramiro Furquim/Sul21

Felipe Prestes
A bancada do PP na Assembleia Legislativa decide nesta terça-feira (5), no horário de almoço, se assina o requerimento de criação da CPI do DAER. Antes da decisão, os deputados progressistas adotam cautela e evitam adiantar um posicionamento.
O líder da bancada, João Fischer, havia demonstrado na semana passada inclinação a esperar pelos primeiros movimentos da força-tarefa para ver se há necessidade de instauração de uma CPI. Agora, mantém a posição de que o partido deve permitir que o governo tome suas medidas, mas mostra irritação porque integrantes da base aliada declaram que a oposição pode conseguir as 19 assinaturas sem apoio dos governistas, o que coloca a pressão sobre o PP, único partido de oposição que não assinou. “Isto bota a gente junto com a oposição radical. A gente poderia só esculhambar com o governo, mas não faz isso. Dizem que quem não teme nada deveria assinar, mas não é bem assim. Acredito que o governo deve agir sem soberba de maioria”.
Segundo Fischer, outros deputados do PP também não gostaram deste argumento da base governista e isto “pode influenciar” na decisão do partido. “Estou lendo o material da nossa assessoria técnica, vamos tomar uma decisão bem consciente. Se for preciso, mais conversa, poderemos realizar mais reuniões para decidir”, diz.
O Sul21 conversou com mais quatro deputados progressistas e todos eles evitaram adiantar seu posicionamento antes da reunião. Veja o que eles disseram:
Adolfo Brito, líder do PP na Assembleia: “Vou ouvir a bancada amanhã. Sou líder partidário, não posso dar opinião antes de ouvi-los”.
Frederico Antunes: “O requerimento vai ser interpretado pelos técnicos do partido. Minha opinião será a da bancada. Neste momento, não sou contra nada, nem a favor”
Silvana Covatti: “Ainda não tenho opinião. Vou decidir amanhã na conversa com o partido”.
Pedro Westphalen: “O PP sempre foi a favor da investigação. Se é por CPI ou não, vamos decidir amanhã”.